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[RP] Laços corrompidos

_narrador_


Ao subirem a escada e após seguirem para a direita por um pequeno corredor, deram com uma porta larga de dupla banda que foi escancarada para que o grupo entrasse todo de uma vez. Ali havia um salão espaçoso, com poucas mesas. Um ambiente reservado, certamente para festas mais privativas. A decoração era de um luxo duvidoso. Havia duas janelas, ambas cobertas com cortinas de cores vivas. Rodrigues estava preguiçosamente estatelado em uma poltrona que parecia confortável. Em frente a ele havia uma mesa com a refeição semi-devorada constando de uma galinha assada, um belo pão e uma jarra de vinho pela metade. Uma meretriz o servia, e ele fez um gesto para que a mulher se vestisse e dali se retirasse. Ela o fez rapidamente e saiu dali.

Rodrigues, agora estava ladeado por seus homens e pediu que o grupo se aproximasse.

Ao lado dele estava uma figura conhecida tanto de Nicole quanto de Arnold e Beatrix. Era o mesmo homem que tentara atacar as duas na carruagem, no caminho de volta para a estalagem, após a visita delas a Juliana.

Ele parecia estar ali para entregar uma carta a Rodrigues, pois em cima da mesa estava uma carta com o selo rompido, o selo dos Nunes de Aragão. O olhar do homem dirigiu-se para o grupo e fixou-se em Nicole e Beatrix, um sorriso de desdém e malicia se desenhou no rosto dele, ao reconhecer a ambas, apesar do disfarce.

Rodrigues notou isso, mas ele mesmo concentrou o olhar em outra figura conhecida. Ele certamente reconhecera a presença de Norman, desde que este pusera o pé naquele bordel, mas a principio não viu nada de errado nisso e não fez nenhum comentário ou insinuação. Na verdade Norman dava mais credibilidade ao disfarce do grupo. Mas este disfarce seria logo revelado pelo lacaio de João Nunes.

- O que foi, são teus amigos?

Rodrigues perguntou para o mensageiro, que respondeu após uma risadinha infame.

- Não, mas essa mocinha ruiva tem algo que me pertence. Deveria estar cravado no peito dela agora, mas isso ainda poderá ser feito.

Ao perceberem o que estava acontecendo, os homens que ladeavam Rodrigues sacaram suas espadas.

Aqueles que subiram com o grupo, os cercaram por trás, um deles avançou sobre Beatrix agarrando-a e puxando-lhe o chapéu, revelando a longa cabeleira ruiva da moça, destruindo de vez o disfarce.

Diante do ataque a ruiva cravou neste mercenário o punhal que tomara do mensageiro de João Nunes, o maldito traidor da família.

O combate se iniciava, e o grupo de Nicole e Beatrix mais uma vez estava em desvantagem.


Cada um declara suas ações para os próximos três turnos. Há dez inimigos incluindo Rodrigues. As posições estão definidas no mapa.

Legenda
peças brancas - inimigos - (cavalo = Rodrigues, peões=mercenários)
peças pretas - aliados

Beatrix e Nicole - C6
Arnold - B6
Valjean - D6
Norman - A6
Astolfo - E6

Membros da OA - posição a definir (todas externas)
Eleazar


Eleazar seguiu o grupo a uma distancia prudente, sem afastar a vista do grupo das duas jovens. Eles entraram no quarto ao fundo do corredor, e discretamente os cinco Grigori avançaram pelo corredor. A um sinal de Eleazar, dois deles entraram em outra habitação que se abria à esquerda e sem se importar pelos que estavam ali dentro saíram pela janela equilibrando-se na saliente que cruzava o muro externo até chegar nas janelas do quarto do lado.

Os três restantes esperaram junto à porta, prontos para intervir no momento que fosse necessário. Eleazar ouvia com atenção, pedindo aos Nove que tudo saísse de acordo ao plano daquele grupo, qualquer que fosse, e que eles não tivessem que intervir. Mas quando ouviu: " Não, mas essa mocinha ruiva tem algo que me pertence. Deveria estar cravado no peito dela agora, mas isso ainda poderá ser feito. " Soube que não havia volta atrás, o grito de dor que se escutou em seguida foi o sinal de que a luta havia começado no interior.

Eleazar lançou um olhar final aos dois homens que o acompanhavam, e recebendo o assentimento destes indicando que eles estavam prontos, entraram caminhando, as espadas desembainhadas pendiam de suas mãos a um lado apontando ao solo.

Os três agora bloqueavam a porta, Eleazar um pouco mais a frente que seus companheiros. Ao outro lado das cortinas os dois homens esperavam o sinal para entrarem.
Norman.
Norman notou com algum desagrado que nenhuma das mulheres infames daquele local se aproximou de si. Observou durante algum tempo a loira que se aproximava de Arnold. Tinha a tez pálida e os lábios cheios, as feições de um anjo, não estivesse ela tão conspurcada. Aqueles pensamentos não se alongaram muito mais, pois tinha assuntos mais prementes para tratar. Rodrigues olhava insistentemente para si e o desconforto crescia no mercenário que, apesar disso, nada fez para tentar esconder a sua identidade, seria uma tarefa fútil e de total inutilidade.

Ficou subitamente mais nervoso assim que Arnold se levantou para interpelar o homem que se dirigia ao Rodrigues. O seu olhar estava atento, tentava ler nos lábios a conversa que àquela distância era inaudível não sendo bem-sucedido. A sua mão direita desceu discretamente até ao punho da espada acariciando-o, sabia que não tardaria até ter de usá-la. Por essa altura, Arnold estava de volta ao grupo, dando sinal para que o seguissem. Levantou-se prontamente e seguiu-os, ainda foram trocadas mais algumas palavras entre Arnold e os homens do Rodrigues, palavras que não o confortaram, mas também não o inquietaram, até finalmente subiram as escadas.

Acabaram num salão amplo e com poucos obstáculos, habituado como estava a situações de combate, Norman soube que aquele não podia ser um bom presságio, a sala tanto podia ser utilizada para festas de tom carnal como para contendas. Sentado numa poltrona estava Rodrigues, o coração do mercenário retumbou ruidosamente, enchendo-o de adrenalina. Assim que o Rodrigues sorriu desdenhosamente, Norman soube que o disfarce das mulheres tinha terminado ali. Segundos depois o olhar dele estava fixo sobre si e o mercenário permaneceu imóvel, o rosto fechado numa máscara de crueldade e desprezo, tal como sempre.

As espadas dos homens do Rodrigues foram desembainhadas e, ao mesmo tempo, Norman desembainhou a sua. A carnificina ia começar...


1º turno: deslocação de A6 para A5
2º turno: atacar A4
3º turno: atacar A4
--Arnold
Habituado a situações de desvantagem numérica, Arnold desembainhara a sua espada, esperando que os seus companheiros aparecessem o mais rapidamente possível.

Tinha urgência em dividir a sua atenção entre o Rodrigues e Nicole.


1º turno: deslocação de C6 para B5
2º turno: atacar B4
3º turno: atacar B4
Lady_moon
Tal como para Arnold, aquela desvantagem era um cliché dos últimos dois anos, Nicole suspirou de alívio mentalmente ao ver a desenvoltura de Beatrix para com o lacaio, desembainhou a sua espada.

Preparava se para usar também a sua adaga, a mesma adaga que usaria no Nunes de Aragão, caso conseguisse sobreviver...

1º turno: deslocação de C6 para C5
2º turno: atacar C4
3º turno: atacar C4

_________________
Beatrix_algrave


Após a queda do corpo do mercenário ao chão, ainda com o punhal cravado em seu peito, os homens de Rodrigues não perderam tempo e avançaram sobre o grupo.

Aquele ataque acendeu-lhes a fúria. Eles imaginavam uma batalha já ganha, por estarem em maior número e ali se deram conta de que o inimigo não se entregaria assim tão facilmente.

O primeiro dos mercenários que atacou, era colega do mercenário que Beatrix matara e na impossibilidade de alcançar logo a ruiva, atirou-se contra Norman, saindo de trás de um dos companheiros e avançando para a linha de frente do combate. Contudo, em sua ação movida pela raiva, ele errou o golpe e Norman não teve dificuldades em defender-se.

Os outros mercenários rapidamente foram tomando a iniciativa para o combate, valendo-se de sua vantagem numérica para tentar cercar o grupo.

Um dos mercenários que estavam próximos a porta desferiu ataques contra Nicole, acertando-a com um golpe de raspão em seu braço, mas conseguindo com outro golpe perfurar seu tórax, esse golpe rasgou-lhe a carne e causou-lhe intensa dor, mas não atingiu nenhum órgão vital. Ainda assim, Nicole começou a perder sangue e sentiu a dor cada vez mais forte quando tentava usar sua adaga, tento dificuldades para manter-se de pé.

Beatrix e Arnold viram isso, e temeram que o golpe sobre Nicole fosse fatal. Aquilo certamente mudava a situação e causou preocupação em ambos, principalmente em Beatrix que não sabia haver ali algum socorro externo que logo se manifestaria.

Beatrix partiu em socorro da prima, atacando aquele homem que ferira Nicole. Com um golpe violento contra o peito do mercenário ela enfiou a espada atravessando-lhe o corpo. Quando ela puxou a lâmina ele caiu sem vida ao chão.

Arnold iria atacar esse mesmo mercenário, mas ao ver que Beatrix já matara o agressor de Nicole, ele ainda hesitou entre atacar o próximo alvo ou socorrer sua protegida, mas ao ver que Nicole ainda se mantinha em pé, ele optou por atacar um mercenário que se interpusera entre ele e Rodrigues. Arnold conseguiu ferir bastante o mercenário com seus ataques, mas esse ainda se mantinha de pé e não recuava.

Outro mercenário que estava cercando o grupo por trás, atacou Astolfo, mas esse desviou habilmente.

Infelizmente, Valjean não teve a mesma sorte, e um dos mercenários cravou-lhe a espada na garganta. Valjean sentiu o sangue sufocar-lhe e nem sequer pode gritar, enquanto caiu ao chão agonizante e praticamente morto.

Norman atacou com sanguinolência um mercenário logo à sua frente e apesar da habilidade desse em se defender, não consegui desviar de um dos golpes de Norman que fez um corte profundo e doloroso em seu braço direito, praticamente decepando-o. Ele entretanto, não ia se render tão fácil e sacou uma main gauche da cintura.

O combate era sangrento e desagradável de presenciar. Astolfo viu a forma como Valjean caíra, mas sabia que nada mais se podia fazer, e ele tinha que salvar sua própria pele. Ele atacou o mercenário que tentara atingi-lo, e abriu-lhe um talho na garganta, e quando este caiu, Astolfo terminou de matá-lo com um golpe na cabeça.

Aproveitando que Arnold havia avançado para atacá-lo e que um dos mercenários o retinha, Rodrigues procurou atacá-lo pela esquerda. Arnold ainda desviou de um dos golpes de Rodrigues, mas esse atingiu sua lateral, perfurando sua armadura de couro, e abrindo um ferimento logo abaixo do braço.

Nicole mesmo ferida, partiu em socorro de Arnold e atacou Rodrigues, sendo bem sucedida em habilmente cravar sua adaga nas entranhas do inimigo. Rodrigues cambaleou para trás e apoiou-se em uma das cadeiras, mal ficando de pé. Mais um golpe e ele sucumbiria.

Antes que pudesse desferir o golpe final em Rodrigues, um dos mercenários se interpôs e atacou Nicole, felizmente, fazendo apenas um ferimento de raspão em seu braço, mas como Nicole já havia perdido muito sangue, sentiu esse golpe de maneira mais intensa.

O mercenário que Norman atacara tentou revidar com a main gauche, acertando-o próximo da cintura. A arma fez um pequeno e doloroso talho na carne de Norman. Mas ao sentir seu próprio sangue fluir, ele ficou ainda mais sedento do sangue alheio.

Enquanto, Rodrigues evitava um novo enfrentamento que poderia dar cabo de sua vida, seus mercenários avançavam sobre os inimigos, e apesar das baixas que sofreram, ao verem que tanto Arnold como Nicole estavam feridos, procuravam atacá-los.

Um dos mercenário que insistia em evitar o avanço de Arnold em direção a Rodrigues, mesmo ferido, atacou Arnold e conseguiu atingi-lo com um golpe na coxa. Arnold agora penava para se manter de pé, mas não permitiria que Nicole fosse novamente atacada.

Nada estava decidido, aquela era ainda uma batalha sem vencedores, apenas mortos e feridos. Lá embaixo, os sons de música e as risadas das meretrizes e seus fregueses abafavam o som do choque das lâminas e dos gritos de dor. Para os combatentes, esses últimos eram os únicos sons que realmente importavam. No ar havia o cheiro de sangue, fluídos e vinho misturados, pois algumas garrafas sobre as mesas se partiram por conta da fúria dos combates e agora era difícil de definir se as manchas rubras no chão eram sangue ou vinho, provavelmente ambos.




Resultados

Mortos - Mercenário 10 E7, Valjean, Mercenário 8 (C7), Mercenário 9 (D7)
Feridos - Nicole (7 de dano), Norman (2 de dano), Mercenário 4 (A4 6 de dano), Mercenário 5 (B4 5 de dano), Arnold (9 de dano), Rodrigues (8 de dano)

Nesse próximo turno é assim que fica o novo mapa de combate:
Mapa de combate

OBS: Hora bastante propícia para os membros da Ordem se manifestarem e indicarem posições no salão e o que farão.

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Eleazar


- Agora! Grigori ataquem! - Foi o grito que Eleazar deu ao entrar no quarto, escancarando as portas com um chute bem posicionado e com a espada em riste e uma adaga na outra mão. Seguido pelos dois grigori de negro passou um olhar rápido pelo quarto percebendo a situação ao tempo que os dois que aguardavam junto às janelas ocultos pelas pesadas cortinas quebravam os postigos das janelas e invadiam o quarto.

Eles tinham o elemento surpresa, pois aqueles que ali lutavam acreditavam estar sós. Então aproveitando o momento partiram diretamente ao ataque, defendendo o grupo que vigiavam a tantos dias...

Eleazar liderou o combate saltando pelo corpo desfalecido de Valjean e atacando o mercenário que se encontrava mais adiante. Ao seu lado um dos Grigoris atacava outro dos mercenários após desviar-se de um surpreso Astolfo. Um pouco mais atrás outro irmão de negro atacava outro mercenário junto à porta.

A confusão se instalava ao outro lado do quarto também quando os postigos que cobriam as janelas eram destroçados pela entrada de outros dois homens vestindo as negras vestes da Ordem, e enquanto um deles atacou aos mercenários que a pouco haviam estado atacando a Norman e Arnold, o outro colocou-se junto a Norman antes de partir ao ataque ao mercenário que atacava a Arnold.

A cena que encontraram ao entrar era de sangue, dor e morte, e aquele dia ainda estava longe de terminar enquanto os metais se chocavam e as carnes eram partidas.



Movidas:
1ro turno:
Grigori 1 entra pela janela 4
Grigori 2 entra pela janela 6
Eleazar entra pela porta ao D7
Grigori 3 entra pela porta ao D7
Grigori 4 entra pela porta ao E7

2do turno:
Grigori 1 ataque A4
Grigori 2 movida defensiva A5
Eleazar movida D6
Grigori 3 ataque C7
Grigori 4 movida E6

3ro turno:
Grigori 1 ataque B4
Grigori 2 ataque B5
Eleazar ataque D5
Grigori 3 ataque C7
Grigori 4 ataque E5
Lady_moon
A concentração de Nicole, apenas se focava nos seus inimigos, no entanto o seu foco lhe dera frutos envenenados, um dos mercenários lhe acertara no toráx, Nicole mordera os lábios de forma a não gritar, tentando não distrair os seus companheiros.

Agradecera mentalmente, pela ajuda de Beatrix, Nicole tentava se levantar mesmo que o seu corpo contrariar se as suas ordens, numa última tentativa conseguira ajudar o Arnold, seu guardião, seu pai, contra o Rodrigues.

Com uma lufada de ar, tentou recuperar as suas forças contra os restantes mercenários.

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Norman.
Um dos primeiros mercenários a atacar tinha os olhos postos na ruiva, mas Norman bloqueava-lhe o caminho, tendo este de investir contra o sádico assassino. A fúria mal controlada que ardia nos olhos do seu adversário disse-lhe de imediato que o combate não duraria muito tempo. Deixou-o atacar primeiro, defendendo-se do golpe com facilidade, apenas para contra-atacar rapidamente, rasgando-lhe a barriga num golpe certeiro.

Os mercenários iniciaram o cerco, uma jogada expectável dado que estavam em vantagem numérica.

Após o cair daquele primeiro mercenário, Norman atacou com violência o que se seguia. Este era sem dúvida mais hábil e ponderado, fazendo o combate durar mais do que breves segundos. A lâmina certeira da sua espada atingiu o inimigo no braço, um golpe profundo que quase o decepou. Norman gargalhou, o esgar de dor e horror no rosto do adversário um autêntico prémio de consolação. Praticamente impossibilitado de utilizar a mão da espada, o homem sacou de uma main gauche.

Com esta nova arma, o mercenário conseguiu atingi-lo próximo da cintura, fazendo um golpe fundo o suficiente para que o sangue fluísse com abundância. O rosto de Norman adquiriu contornos ainda mais violentos e não lhe faltou determinação nos golpes que se seguiram.


1º turno: atacar A4
2º turno: atacar A4
3º turno: atacar A4
_narrador_


Quando o combate iniciou-se, os membros da Ordem já tencionavam entrar e faziam esforços para adentrar aquele amplo cômodo. Felizmente para eles, os mercenários de Rodrigues que guardavam as portas haviam se deslocado sobre o grupo de Nicole e Beatrix e entretidos no combate, não notaram a manobra dos membros da ordem até que fosse tarde demais e estes entrassem no salão já em ações de combate.

Com a chegada dos gregori da Ordem de Azure, aquela batalha tomava agora um novo desenho.

Ao perceber a entrada deles no salão, Rodrigues de imediato pensou que o melhor seria arrastar-se até um alçapão em um canto e por lá descer, antes que a morte o colhesse na lâmina de algum de seus inimigos que agora o superavam em número. Ele lançou um olhar rápido para os mercenários que estavam perto. O que estava mais próximo a ele procurou bloquear um novo ataque vindo de Norman ou Nicole. A jovem Casterwill não estava mais em condições de combater. Arnold também estava muito debilitado. O jeito era contar com a ajuda dos gregori para equilibrar aquela batalha.

O mercenário a esquerda de Norman o ataca, errando os golpes e apenas arranhando de leve o braço esquerdo dele. Norman até riria, se tivesse algum senso de humor naquele momento, mas seu olhar era de uma fúria atroz. O mercenário que estava à direita extrema do salão, recuou para atacar Beatrix, passando por cima do corpo sem vida de Valjean, que recebeu dois golpes, sendo o primeiro de raspão e o segundo um ferimento mais profundo em seu braço. Felizmente ele a atingira em seu braço esquerdo e apesar da dor, a ruiva ainda conseguia combater.

Eleazar foi o primeiro dos Gregori a cruzar a porta e assim que o fez, foi em direção ao mercenário logo a frente de Beatrix e que se preparava para ataca-la. O azure com um único ataque trespassou o inimigo com sua espada, matando-o. Era mais um inimigo que cai diante daquele audaz combatente.

O único mercenário que estava mais perto da porta foi surpreendido pela entrada do azure, mas antes que pudesse alcança-lo, foi interceptado pela espada de Astolfo, que desferiu dois golpes preciso no inimigo, acertando o braço e o tórax do mercenário. O último golpe foi fatal, e mais um inimigo perecia.

O mercenário que fora atacado por Norman, persistia, tentando atingi-lo com a main gauche, mas ele parecia cada vez mais fraco pela perda de sangue e errou seus golpes. Aquela era sua derradeira tentativa, pois dessa vez, a espada de Norman rasgou o ventre do atacante. O sangue misturado com tripas que jorravam do violento talho deu a Norman uma satisfação indescritível de prazer. Aquele homem teria uma morte lenta e dolorosa.

Beatrix mal se recuperara da surpresa do auxilio que ali chegara através de homens que ela nunca havia visto antes. Pela intervenção de Eleasar ela sabia que estavam ao favor dos seus, e isso deu-lhe ainda mais ânimo para o combate. Com esse ânimo ela revidou os ataques que sofrera, atingindo o mercenário inimigo com um golpe braço desarmando-o e outro golpe, dessa vez fatal,no tórax. O terceiro golpe, no pescoço, garantiu uma morte rápida ao inimigo.

Os demais Gregori que adentraram a sala terminaram de derrotar os mercenários inimigos. Destes apenas Rodrigues permaneceu vivo, ainda que agonizante. Ele foi impedido antes que pudesse escapar pelo providencial alçapão. Seu olhar era uma mistura de dor e desespero, quando foi trazido até Nicole e Arnold por um dos Gregori.

No salão havia mortos pelo chão, felizmente, a maioria dos mortos eram inimigos. Do grupo apenas Valjean caíra, mas todos com exceção de Astolfo, o careca, guardariam alguma lembrança daquela batalha em seus corpos.



Nicole (7 de dano) Beatrix (5 de dano), Norman (3 de dano total), Arnold (9 de dano), Astolfo (0 de dano), Eleasar (0 de dano), Gregori1 (0 de dano), Gregori 2(0 de dano),Gregori 3, Gregori 4(0 de dano).
Mercenário 2(D5 morto), Mercenário 7 (C7 morto), Mercenário 4 (A4 morto), Mercenário 1 (B5 – Morto), Mercenário 3 (E5 Morto), Mercenário 5 (B4 Morto), Mercenário 6 (B6 Morto), Rodrigues (8 de dano)
Eleazar


A situação havia mudado com a entrada deles e agora com a maioria dos inimigos mortos era necessário cuidar dos vivos.

- Joaquim, Bastião auxiliem aos feridos, comecem pela Casterwill e o Nunes. Cuidem de que eles sobrevivam a estes ferimentos. - sua voz era autoritária, e sabia que Nicole o reconheceria daquela noite tanto tempo atrás. Aquela noite em que se encontraram por primeira vez. Ele ainda não confiava nela, mas tinha ordens, e o Prior tinha planos para ela, e até aquele dia ela deveria ser mantida viva.

- Ezequiel, vigie a este daí - ordenou, indicando a Rodrigues enquanto embainhava a espada e se dirigia a uma mesa onde uma carta ainda tinha o selo dos Nunes. Ele tomou o documento e o leu cuidadosamente antes de entregar-lo à Beatrix. - Senhorita Nunes, acredito que devas ler isso.

O último dos grigori estava já junto à porta, ninguém passaria por ali sem a permissão de Eleazar, fosse para dentro ou para fora daquele quarto. Após entregar a carta, puxou uma das cadeira e se sentou próximo de onde estava Nicole e Arnold sendo atendidos por Joaquim e Bastião. - Ezequiel acredito que eles devem ter algumas perguntas a esse daí, façamos as honras de apresentar-los formalmente. - disse indicando que o homem fosse levado junto a eles.
Beatrix_algrave


Beatrix ainda estava surpresa pela presença daqueles homens de vestes negras. Quando o combate cessou e os mercenários de Rodrigues estavam todos mortos ela se deu conta realmente do que aquela presença devia significar. O único dentre eles que não parecia surpreso era Arnold. Certamente eram seus aliados. Mas por que nada disseram, por que não confiaram nela?

Beatrix ficou aliviada ao ver que Nicole e Arnold tinham os ferimentos tratados. Por um momento ela temeu que não veriam de novo a luz do sol, e que todos morreriam ali. De todo modo ela estava grata pela presença dos homens de negro.

O homem de pele queimada de sol e cabelos negros dirigiu-se a ela e entregou-lhe uma carta que estava sobre a mesa de Rodrigues. Ela já suspeitava do que aquela carta significava. Ali estava a prova de que seu primo João Brito Nunes traíra a família. Ele estava passando informações aos Casterwill em troca da cabeça dela e de Nicole e a possibilidade de tornar-se o futuro patriarca dos Nunes. Ele certamente era um tolo em acreditar que os Casterwill o deixariam vivo.

Só quando sentou-se para ler a carta é que Beatrix deu-se conta de que seu braço sangrava e que também ela estava ferida. Após ler Beatrix guardou a carta no bolso da calça, então ela rasgou com um punhal um pedaço de tecido do casaco e tentou estancar o sangue. Pegou uma das garrafas de vinho que ainda estavam inteira e lavou o ferimento antes de o tapar. A dor fez lágrimas lhe aflorarem aos olhos.

Havia sangue e morte por toda parte, e seu ferimento não era nada comparado ao que se via naquela sala. Com o curativo improvisado, ela foi ver as baixas. Quando se aproximou do corpo de Valjean, confirmou que o mercenário impertinente estava morto, ao menos morreu em combate honrado. Ela fez o sinal da cruz e encomendou sua alma em prece para Jah. Em pé ela fez uma prece rápida por todos os mortos ali.

- Que Jah os receba e os julgue com sua justiça.

Ela sussurrou em voz baixa, e persignou-se, por aquela almas perdidas.

Beatrix olhou para Astolfo e viu que não estava ferido. Talvez fosse o único ali. Norman estava ferido e ela se aproximou dele com uma faixa de tecido que arrancara da camisa de um dos mortos, a camisa do mensageiro de João que era a mais limpa, apesar do sangue.

- Quer ajuda?

Ela disse oferecendo-se para fazer um curativo naquele homem grande, feio e de olhar assustador. Ao menos era uma ajuda enquanto ele não recebia o socorro dos homens de negro. Quanto antes deixassem aquele lugar melhor. Ela estendeu um tecido umedecido com vinho para tocar-lhe a carne, na lateral embaixo do braço onde o sangue fluía através de uma profunda ferida.

Havia sangue coagulado nos cabelos ruivos de Beatrix e em sua roupa. A maior parte felizmente, pertencia aos mercenários que ela matara.

Enquanto atendia Norman, ela olhava para Rodrigues, tão covarde que tencionara fugir. Ele merecia que o deixassem ali, agonizando até a morte dentro daquele baú. Mas antes o interrogariam. Ela sabia bem o que os interrogatórios de Nicole significavam.

Como Astolfo estava bem, e sem ferimentos ele analisou a sala, aquilo que mais o interessava. Tomou a bolsa de moedas que estava sobre uma das mesas e foi ver o que havia no baú de Rodrigues. Esse ficou furioso ao ver que o mercenário conseguiu arrombar a fechadura sem dificuldades.

No interior havia joias e muitas moedas de ouro, alguns cálices de prata e dois cortes de tecidos caros. Era o pequeno tesouro particular de Rodrigues. Também haviam várias cartas com o timbre dos Casterwill, dos Russel e dos Nunes.

Astolfo quase morreu de felicidade ao imaginar que algo daquilo seria dele, quando fizessem a partilha.

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Norman.
Homens vestidos de negro entraram no combate e entre estocadas e defesas, Norman observou-os e respirou de alívio ao perceber que eram aliados. A garantia da vitória apenas lhe aumentou o ânimo e intensificou os seus golpes.

Norman foi atacado por um mercenário à sua esquerda ao mesmo tempo que os ataques de main gauche persistiam. O desajeitado à sua esquerda falhou os golpes, atingindo-o apenas de raspão no braço. A ousadia incauta daquele mercenário despertou-lhe uma fúria possessa e a partir daquele momento Norman urrava de cada vez que desferia um golpe, procurando terminar rapidamente com aquele combate. De cada vez que a sua espada rasgava a carne do mercenário oponente uma sensação latejante de prazer avivava-se sob as suas calças. O golpe final rasgou a barriga do adversário e o cheiro violento a sangue e tripas invadiu-lhe as narinas num travo sublime. Um urro de prazer escapou-lhe por entre os lábios e o seu corpo contraiu-se em espasmos. Ofegante prendeu o olhar nas orbes praticamente vazias do mercenário que jazia em agonia à sua frente e sorriu ao ser invadido por um espasmo final. Uma pequena mancha havia-se formado nas suas calças e no seu rosto havia uma satisfação macabra.

A ruiva aproximava-se de si e Norman olhou-a de soslaio, observando com deleite a forma como ela estava coberta de sangue e com as roupas destroçadas, revelando mais do que era suposto.


- Quer ajuda? - inquiriu-o com boas intenções e Norman voltou-se para a encarar de frente. Não lhe iria recusar a ajuda.

Aquele ambiente de morte e sofrimento atiçava-lhe os sentidos de tal forma que quando a ruiva lhe cobriu a ferida com uma tira de tecido embebida em vinho, já ele estava novamente desperto, uma excitação insuportável crescia em si. Pensou na ruiva deitada sob si, pensou nos golpes de punhal que lhe poderia desferir naqueles seios fartos e em como se deleitaria com o gosto férreo do sangue que fluiria. Tinha-a observado a fazer uma prece pelos mortos e agora ansiava por a fazer sofrer, queria amordaçá-la e atá-la, corrompê-la de medo, magoá-la, tornar cada respiração dolorosa até o rosto dela estar coberto de dor. Desejava ardentemente enterrar-se dentro do seu corpo suplicante por misericórdia, mesclar o seu prazer com a dor indescritível que lhe provocaria. O seu corpo palpitava a cada pensamento e Norman deu por si a revirar os olhos enquanto sentia as mãos delicadas dela sobre o seu corpo.


- Talvez precise de outro curativo. - disse-lhe indicando o ferimento no braço e numa tentativa de prolongar aquele contacto, queria levá-la para um local isolado.
Beatrix_algrave


Beatrix não percebeu em nenhum momento as intenções torpes de Norman, julgando aquele olhar fruto da dor que ele sentia ao receber o curativo. Ela atendeu o pedido do homem, fazendo um novo curativo com uma tira de tecido embebida em vinho, agora no braço.

- Sente-se por favor, pois assim alcanço melhor.

Ela pediu e indicou uma cadeira ali perto. Apesar de inocente sobre as intenções de Norman, Beatrix sentiu um mau pressentimento em relação a ele. A verdade é que nunca gostara de Norman. Havia nele algo ruim, algo diferente dos outros mercenários que conhecera.

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Lady_moon
Caretas de dor surgiam no rosto de Nicole enquanto os azures cuidavam das suas feridas, olhou para Arnold e o mesmo parecia ter a mesma linha de pensamento que Nicole, iriam assassinar lentamente o Rodrigues.

-Alguém o torture, só assim teremos respostas desse...-Nicole murmurou com um sorriso de escárnio.- Lentamente...

Nicole fechou os olhos enquanto tentava respirar com as dores.
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