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[RP] Elfyn... ou digo "Elfyna"...?

Auren
Naquele dia primaveril, em que não fazia frio nem calor, Auren percorria a rua que conduzia à Casa do Povo de Alcácer quando algo de estranho lhe passou à frente dos olhos. Ao longe, um animal do tamanho de um gato atravessou a rua aos saltinhos. A pequena Salaciensis parou a sua caminhada e ficou a pensar naquilo, por momentos pensou que aquele gato se tratava de Elfyn, o seu arminho.

- Mas que coisa...? Deixei-o em casa, tenho a certeza...

Auren retomou a caminhada mas aquela estranha sensação que algo não estava bem continuou a martelar-lhe a consciência. E incapaz de continuar sem pôr a limpo aquela situação a jovem parou e tomou a direcção que o suposto gato levara ao atravessar a rua. Pouco depois deu por si diante dos estábulos de uma velha albergaria. O cheiro de palha velha e húmida era forte e um óptimo repelente de clientes. Mas isso não inibiu Auren. Ela colocou as mãos abertas em torno da boca e gritou lá para dentro.

- Está aí alguém...? Ou algo? Hmm... Elfyn...?

Não teve qualquer resposta ao seu chamamento. Mas quando estava prestes a virar as costas ao estábulo e a retomar o seu caminho até à Casa do Povo um som abafado vindo do interior do edifício meio arruinado chegou-lhe aos ouvidos. Ela virou-se e deu por si de olhos arregalados sem querer acreditar no que via. Era Elfyn com um rato morto na boca... e atrás de si... meia dúzia de pequenos arminhos bebés a rastejar atrás de si e a guinchar.
E para aumentar ainda mais a espanto da pequena salaciense Elfyn guinchou em resposta para os bebés, ou talvez para Auren..., e deitou-se com a barriga branca para a frente. Os bebés apressaram-se a rastejar na direcção da barriga... e do leite.

- Elfyn!!! - gritou Auren, chocada com a revelação - És uma Elfyna?!
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Johnrafael.


-Não poderemos descer no Porto, o cais está lotado.

O dono da embarcação que vinha de França informava a John Rafael que teria que arranjar outro lugar para descer, afinal. John estivera em Varennes para participar de partidas de Soule Royale pelos Lobos, a equipa local.

-Em Aveiro, pois, que nos deixem em Aveiro e de lá seguimos viagem...

-Não posso, tenho data marcada para entregar mercadorias, e tenho passageiros que vão para Alexandria. A próxima parada será em Alcácer do Sal. Pode enviar um pombo a amigos de lá para conseguir onde ficar.

-Pois deduzirei os custos da viagem de volta ao Porto da quantia que vos ia pagar!

O capitão deu de ombros. Ele era apenas o chefe do barco. Não era ele quem recebia o dinheiro, que consertava os barcos. Era só mais um peão.

E assim, algum tempo depois, John Rafael de Viana Lobo e sua esposa Fllora desceram em Alcácer do Sal, a terra de SM a finada Rainha Ana, a quem servira como Mestre-de-Armas. Acomodaram-se na casa da Senhora Cândida, que criara a esposa de John desde tenra idade, e o jovem arauto saiu então em busca da prefeita, a pequena Auren, para que ela o ajudasse a conseguir um carro com um bom cocheiro que os levasse ao Porto de forma rápida. Mas a petiz não estava na Casa do Povo.

Meio perdido, afinal nunca antes estivera ali, perguntava a um e a outro. Um disse que a tinha visto ir em direção da Casa do Povo, mas outro disse que a vira entrando nos estábulos das estalagens próximas.

-Que fazia lá, num me pergunte. Só a vi chamar alguém lá dentro e depois entrar. Mas foi mesmo agora.

Seguiu em busca dela então. Chegando do lado de fora do tal estábulo, chamou.

-Auren? Prefeita, estás aí?
Auren
Uma voz vinda de fora dos estábulos chegou aos ouvidos de Auren e pareceu estar a chama-la. A Salaciensis levantou-se indecisa entre deixar Elfyn com as suas crias, tinha medo que ela fugisse com elas para outro sítio, ou ignorar o chamamento.

- Prefeita, estás aí? - a voz chamou-a novamente.

Auren suspirou, não estava com paciência para assuntos da Casa do Povo, só queria ficar com Elfyn e brincar com os bebés dela até ficarem mansinhos e se deixarem pegar ao colo. Mas a sua consciência (uau, Auren tem consciência pesada!) dizia-lhe que deveria pelo menos responder, e assim fez.

- Estou aqui! - gritou com um pouco de irritação na voz

A pequena levantou-se e caminhou entre a palha velha e castanha de humidade, com cuidado para não pisar nenhuma cria que fugia dos seus movimentos abruptos e do rastejar da capa.

- Estou aqui! - resmungou para o jovem fidalgo à sua frente que nunca o tinha visto antes - Deseja alguma coi...?

Antes que pudesse terminar a questão só viu Elfyn esgueirar-se dos estábulos com um filhote na boca, provavelmente para o mudar de sítio.

- Eii!!! Anda cá minha malandra! - gritou irritada para o arminho em fuga.
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Johnrafael.


E então que notou a cena que se desenrolava naquela húmida e um tanto malcheirosa estrebaria. Auren estava cuidando de uma família de arminhos. Notou também que a miúda não lembrava de si, ou mesmo da prefeitura. Mas a miúda não estava mesmo com a mínima vontade de lembrar de nada, John via em seus olhos que ela estava suficientemente entretida fazendo miminhos àquelas criaturinhas, que perseguiam a mãe pela palha. E então uma lembrança veio a sua mente. Conhecia aquela mãe.

-Elfyn?- Mas como? Ele não era um arminho macho? Lembrava de Elfyn (e de suas mordidelas) na coroação, e em todas as cerimônias onde fora Mestre-de-Armas para Ana de Monforte. Sabia que o animalzinho, de alguma forma, era uma herança da finada para Auren. Mas que ele era ela, bem... aquela constatação fora sem dúvida surpreendente. - Mas ele não era um macho? Epah, que coisa...

Ajoelhou sobre a palha e ajudou a juntar novamente todos os filhotes.

-Não seria bom arranjar uma cesta para colocar essa família dentro?

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E se o chão desabar, que nos leve aos dois. Vou agarrado a ti.
Auren
O fidalgo parecia pretender falar com ela mas Auren tinha algo mais importante para ser resolvido, e com a máxima urgência!

- Elfyn!! - continuou a gritar para o arminho que continuava a fugir de si com a cria na boca - Anda cá, não fujas!

A pequena prefeita correu atrás do arminho e conseguiu agarrar-lhe a cauda. Ignorando a irritação do animal e as tentativas de lhe morder a mão, a Salaciensis tomou-o pela folga de pêlo atrás do pescoço com uma mão e a cria desorientada com a outra.
Pretendia regressar ao estábulo, arranjar-lhe lá um ninho até lhe encontrar um mais decente. Foi quando lá voltou que reparou que o fidalgo ainda lá estava, já quase se tinha esquecido dele!

- Sim - respondeu-lhe - Queria-lhe fazer um ninho de trapos num local mais discreto, aqui há muita gente a passar... não no estábulo, mas na rua - Observou novamente o jovem forasteiro com mais atenção e desta vez reconheceu-lhe vagamente as feições - Já alguma vez lhe vendi uma maçã? - perguntou-lhe sem muita certeza... já tinha impingido maçãs a tanta gente que a memória por vezes a atraiçoava.
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Beatrix_algrave
Beatrix fez uma viagem tranquila até Alcácer, e sobretudo rápida, em especial graças ao seu veloz cavalo Desheret, de pelo marrom avermelhado.

Mesmo rápida era uma viagem cansativa, mas mesmo assim, Beatrix chegou bastante animada. A primeira coisa que fez foi uma visita à Auren. Como lhe informaram que ela se encontrava nos estábulos, aproveitou e pediu que alimentassem e dessem um pouco de água a sua bela montaria.

Fazia tempo que estava devendo a Nicole e Auren essa visita. Estava bastante curiosa para saber também se era mesmo verdade a história sobre haver uma mesquita em Alcácer do Sal.

Mas isso ela perguntaria depois.

Enquanto Desheret se alimentava, ela andou pelos estábulos à procura da prefeita.

- Tão criança e já prefeita. Vejam só como as coisas são. É de dar inveja a muito marmanjo.

Beatrix pensou e sorriu.
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Johnrafael.
-Creio que arranjo uma cesta na casa da senhora minha sogra. É justamente por isso que estou aqui, procurava a ti para me conseguir uma carruagem que me leve até Sintra, mesmo que seja para aluguel. Venho de Varennes e ainda tenho de atender à instalação do Instituto Hospitalar em Lisboa antes de seguir por fim para o Porto. Vou buscar a cesta.

Saindo do estábulo, deu de cara com aquele rosto familiar.

-Senhorita Beatrix, que bom revê-la. Que fazes na Salácia? Está na casa de Nicole, sim?

Mas não era, não ainda. Beatrix estava em busca da pequena prefeita.

-Auren? Há encontrar a petiz dentro daquele estábulo lá, donde eu acabo de sair. O arminho deu cria. Sim, aquele que foi da mãe dela... - John comentava aqueles assuntos da forma mais discreta possível, pelo que ouvira, a criança não mantinha uma relação saudável com a memória de sua finada mãe. - Eu pensei que o bicharoco era macho, mas no fim das contas era uma bicharoca. - sorriu. - Estou indo à casa de minha sogra, buscar uma cesta para colocar todos dentro. Vá até lá e veja-os, guincham tal qual a porta velha duma taberna.
Johnrafael.


-Creio que arranjo uma cesta na casa da senhora minha sogra. É justamente por isso que estou aqui, procurava a ti para me conseguir uma carruagem que me leve até Sintra, mesmo que seja para aluguel. Venho de Varennes e ainda tenho de atender à instalação do Instituto Hospitalar em Lisboa antes de seguir por fim para o Porto. Vou buscar a cesta.

Saindo do estábulo, deu de cara com aquele rosto familiar.

-Senhorita Beatrix, que bom revê-la. Que fazes na Salácia? Está na casa de Nicole, sim?

Mas não era, não ainda. Beatrix estava em busca da pequena prefeita.

-Auren? Há encontrar a petiz dentro daquele estábulo lá, donde eu acabo de sair. O arminho deu cria. Sim, aquele que foi da mãe dela... - John comentava aqueles assuntos da forma mais discreta possível, pelo que ouvira, a criança não mantinha uma relação saudável com a memória de sua finada mãe. - Eu pensei que o bicharoco era macho, mas no fim das contas era uma bicharoca. - sorriu. - Estou indo à casa de minha sogra, buscar uma cesta para colocar todos dentro. Vá até lá e veja-os, guincham tal qual a porta velha duma taberna.
Beatrix_algrave


Ficou surpresa ao ver John Rafael ali, e o cumprimentou cordialmente.

- Bom dia, senhor John Rafael. Sim, vim a Alcácer visitar minha prima Nicole. E o senhor como está? Vim aqui também pois gostaria de ver a prefeita Auren.

Diante da notícia sobre o arminho arminha, respondeu.

- Exatamente, eu soube disso. Nicole me disse que Auren estava com uns arminhos muito fofinhos. Queria muito ver.

E quem sabe carregar algum se ela me desse.

- Vou fazer isso então, entrar para vê-los.

Disse sorridente e animada, despediu-se de John Rafael e foi ver os arminhos.

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Auren
Auren ficou a matutar nas palavras de John Rafael. "Uma cesta?". A pequena estranhou inicialmente a ideia, afinal ela estava habituada a usar as cestas para transportar fruta, nunca animais... e muito menos arminhos. Mas pensando e imaginando bem a situação, até era capaz de ser curioso e fofinho guardar os arminhos numa cesta e transporta-los por aí como se não fossem os animais irrequietos e ariscos que são.
E enquanto John não chegava com a cesta para acomodar as crias elas teriam que ser vigiadas, não fosse Elfyn tentar fugir com elas novamente. Por outro lado ele pedira-lhe para lhe encontrar uma caravana que o levasse até Sintra. A pequena salaciense considerou logo o pedido um tanto específico de mais, se lhe conseguisse arranjar algum mercador que estivesse para partir para Montemor ou Santarém nesse dia já era uma sorte, quanto mais para Sintra... aquele vilarejo real tão frequentado por nobres emproados e com pouca fama de terra de negócio. Mas qualquer coisa se haveria de arranjar, senão fosse uma caravana de algum mercador de boa aparência e confiança seria uma carroça de um agricultor qualquer. A ideia de ver o jovem fidalgo portuense a partilhar a carroça com nabos e couves cheias de terra e caracóis colocou um sorrisinho trocista na cara de Auren, pagaria para ver isso acontecer!
Enquanto se perdia nestes pensamentos maliciosos ruídos de passos a pisarem a palha chegaram aos seus ouvidos apurados. A pequena retirou a capa dos ombros e estendeu-a no chão para colocar n'ela os arminhos até John chegar com a cesta. "Terá que ser uma cesta bem grande", pensara momentos antes quando olhou para o tamanho de Elfyn.

- Quem está aí? - a pequena pegou o arminho adulto e encostou-o a si - Ei! Quem é que está ai?! Eu ouvi passos! - questionou mais alto, ignorando as arranhadelas de Elfyn e a sua vontade de se libertar dos seus braços.
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Beatrix_algrave


Beatrix ouviu a voz que questionava e não tardou a responder anunciando sua presença. Não fossem achar que ela era uma invasora ou assaltante que vinha na calada do dia, em pleno sol.

- Bom dia Aurem. É a Beatrix, prima da Nicole. Cheguei de viagem hoje.

Disse e já se apresentou.

- O senhor John Rafael me que você estava aqui. Nicole me contou que Elfyn ou Elfynna deu cria.

Enquanto falava admirava as fofurices encantada.

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Auren
Auren ficou calada a olhar para a senhora ruiva, nunca a tinha visto antes embora já tivesse ouvido Nicole falar sobre a sua prima. Mas mais espantada ficou com a velocidade com que a notícia do nascimento das crias tinha corrido pelas ruas.

- Ahm... sim, claro... estava a tentar mantê-las juntas enquanto ele não volta com a cesta... pareceu-me que ele gostava de ficar com uma - a pequena olhou para as crias desorientadas em cima da sua capa, já tinham os olhos abertos e pareciam começar dar uso às quatro patas - Ainda são pequeninas para serem separadas do Elfyn... ahm da Elfyn! Só se forem alimentadas à mão, com leite de cabra ou ovelha - comentou sem nunca desviar os olhos das irrequietas criaturas.
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Beatrix_algrave


Notando o olhar confuso de Auren, Beatrix logo notou que ela não se lembrava dela.

- Ficar com uma? Eu ficaria felicíssima pequena se me desse algum filhotinho ou filhotinha de presente. Eu amo arminhos. Mas já vi que não se lembra de mim. Comprei de você uma maçã uma vez. Também estava no Baile do Equinócio, quando você caiu enrolada em uma cortina e com um esquilo te mordendo.

Ela diz e ao lembrar acaba rindo um pouco.

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Auren
- Ahhhh!! - exclamou a pequena ao reconhecer a jovem ruiva - Peço desculpa, a minha memória é traiçoeira, já não me recordava desse baile... nem do esquilo pff - tentou pôr de lado aquelas lembranças embaraçosas e decidiu mudar de assunto - Quer um arminho? Hmm... até lhe agradeço que os leve, não tenho como ficar de olho em tanto bicho quando eles forem grandes! Se um arminho já é o que é, imagine-se sete! - fez uma pausa para pousar Elfyn junto dos filhotes - Quer escolher um deles?
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Beatrix_algrave


- Sim, quero.

Beatrix respondeu e se abaixou, olhando os arminhos pequenos mas já travessos. Fechou os olhos e estendeu um dedo, que um arminho quase abocanhou por brincadeira.

Escolheu o arminho que quase a mordeu, que por sinal era uma arminha, ao menos ela pensou ao examiná-la.

- Se essa também vier a dar cria vou ter que dar um jeito também, espalhar arminhos por Portugal.

Ela riu e ficou pensando em um nome.

- Que tal chamá-la de Hermione?

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