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[RP] Casa da Babilónia

--Conselheiro


Depois de ler o aviso afixado no Porto, o Conselheiro sentiu-se indignado!
Decidido a ter uma conversa definitiva, ou por outro motivo qualquer que não vem ao caso, dirige-se à Babilônia numa carruagem discreta, sem nenhum brasão que a identificasse.

Pelo caminho vai pensando e resmungando:
Ora, mas quem esta meretriz pensa que é! Chamar-me gordo? Isso que tenho não é gordura, é sinal de prosperidade!
Olha para a barriga avantajada e dá batidinhas, satisfeito:
Quanta prosperidade...

Sebento, eu? Só porque ficamos dias e dias para decidir as menores coisas, sem que possamos sair para tomar banhos ou dormir com a esposa?
Arrepia-se ao lembrar da esposa, velhusca e mal cheirosa, a voz de taquara rachada ecoava pelos corredores da imensa casa, a gritar com ele, com os filhos e criados... brrrr!

Mas é o protocolo! Temos de seguir o que está escrito, estamos para servir à lei... ou não? Ademais, se em sessenta dias fizessemos muitas modificações, os sucessores teriam muito trabalho para as desfazer todas, temos sempre de pensar na classe...


Dá sinal e a carruagem para numa viela lateral, desce, e no caminho as pernas vão amolecendo... Já não tem certeza de conseguir expor suas idéias sem os companheiros por perto, afinal, esta sua decisão nem foi à discussão, muito menos votada!

A ira foi baixando, juntamente com a libido. Deu meia volta, entrou na carruagem e gritou para o cocheiro com a voz autoritária do costume:
- Toca para o Castelo!
Baquero, roleplayed by Maria_madalena


Baquero saíra do quarto com um sorriso de puro prazer e um andar mais animado, era um homem diferente. A sala estava vazia, mas o gordo homem sentia-se capaz de cumprimentar as poltronas e tapetes. O seu corpo movimentava-se ao som de uma qualquer música que só os seus ouvidos sentiam.

Ah... que moça tão jeitosa era esta. - pensava enquanto bailava pela sala - Assim vale a pena viver. Prazeres da vida... e que prazer.

Já próximo da porta, Baquero volta-se uma última vez para olhar Marilu. Sente calor novamente, mas não tem consigo mais moedas. Feliz pela noite e alimentando a expectativa de um próximo encontro, atira-lhe um beijo com as grossas mãos e sai.
Marilu, roleplayed by Maria_madalena


Parada algures no meio da sala com os braços ao longo do corpo, Marilu sorria. Impossível não o fazer quando um homem gordo e desastrado como aquele, dava um espectáculo assim. As suas carnes flácidas oscilavam provocando ondulações divertidas, e Marilu tentava abafar o riso.

Apesar do sorriso, os seus olhos eram um pouco vagos, desprovidos de brilho. A única coisa que a consolava eram as parcas moedas que ganhara naquele dia. Certamente mais do que a lavrar um campo de sol-a-sol, mas não o suficiente para viver desafogada.

A sala ficara vazia. Incomodada com o silêncio, envolveu o corpo numa capa velha e remendada e abandonou a Casa da Babilónia. Para si, aquela noite chegara ao fim. Outras viriam...
--Sentinela


Depois de uma hora inteira, Demétrio deixou o quarto com Madalena. Ele parecia bem satisfeito e relaxado. Não estava mais tão tímido e até sorriu quando entregou à mulher um saquinho de veludo com algumas moedas.

Era o suficiente para pagar a hora inteira e mais um bom agrado pelo "serviço extra". Ele entregou isso de forma muito discreta, como se temesse que o gesto em si, pudesse ofender os brios da mulher.

Ele não prestou mais atenção se havia outros olhares na sala. Parecia sem dúvida mais seguro de si, e antes de partir, tomou Madalena suavemente pela cintura, deu-lhe um beijo e sussurrou perto do seu ouvido.

Demétrio: - Foi uma hora maravilhosa, espero poder repetir em breve.
Maria_madalena


As faces da meretriz estavam ruborizadas e os cabelos em desalinho. O seu rosto transmitia a serenidade e o cansaço do final de uma noite. Noite essa que por sinal terminara da melhor forma.

Madalena recebeu o saco de veludo com expectativa. As suas delicadas mãos envolveram-no com algum recato, não queria parecer demasiado ávida pelo dinheiro. O saquinho era suave ao toque e pesado aos sentidos. Um sorriso de satisfação desenhou-se no seu rosto e os seus olhos encontraram os de Demétrio, expressando gratidão.

O gesto que se seguiu fê-la sentir um ligeiro estremecimento, mas a meretriz retribui o beijo com vivacidade e sem hesitar.

Sempre que desejares. - murmurou com o rosto encostado ao seu.

Agradada ficou a vê-lo partir, não escondendo o sorriso.

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Narrador, roleplayed by Maria_madalena


O silêncio nocturno era apenas interrompido pelo leve rufar das folhas que agora despontavam e pelo ocasional sopro de vida animal. As ruas estavam desertas, os sinos não tocavam, a vida não fervilhava.

A noite é quebrada. Os primeiros vestígios de luminosidade surgem agora nos céus ébano e a tímida lua perde o destaque que nunca tivera naquela noite. Algures ouve-se um galo cantar, não tarda para que a cidade acorde, as ruas se encham, os sinos toquem e a vida fervilhe. Entre as casinhas amontoadas surgem pequenos clarões de velas, talvez sejam as mães que madrugam, talvez os pais já de enxada na mão, talvez sejam apenas crianças ansiosas pelas brincadeiras do dia.

O sinal é claro. As criaturas noctívagas recolhem agora... o seu tempo acabou.
Maria_madalena


Sozinha na Babilónia, Madalena não se delonga, leva apenas o tempo necessário para recolher os seus pertences e cobrir o corpo com a capa. Lá fora o dia já se iniciava. As velas estão apagadas e a porta trancada. Aquela noite terminara.

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Antonieta


Antonieta caminhava em passos curtos pela noite escura. As sombras alongavam-se, parcamente iluminadas pela fraca claridade que provinha de algumas janelas. Os sons adensavam-se e os seus passos ressoavam na escuridão.
Os dentes batiam-lhe involuntariamente na boca e ela enrolou-se mais na capa, mas duvidava que fosse só frio. Aceitara o convite de Madalena de experimentar trabalhar na Babilónia. "Apenas uma noite" - dissera-lhe ela. As pernas tremiam-lhe e sentia os dedos suados. Duvidava que fosse só por uma noite.
Aproximava-se depressa demais da porta. Alguns grupos de pessoas aglomeravam-se à porta das tavernas: as palavras sussurradas, os risos exagerados, o juízo bebido e as conversas subiam de tom.
Antonieta não estava habituada à noite. Tapou mais a face com a capa e seguiu pela rua.

Enfim, chegara. Era uma porta escura e pesada, não chamava a atenção. Tocou a sineta. A porta abriu.

Lá dentro o ambiente estava quente. Alguns candelabros e velas tornavam o ambiente quase agradável, com a sua luminosidade bruxuleante, as suas sombras inquietas. Mas, o fumo e os incensos tornavam o ar irrespirável. Antonieta sentiu-se tonta.
Uma canção suave era entoada por uma moça de voz cristalina e irrompia pela sala, cobrindo as conversas siciadas entre os presentes.
Viu mulheres, em poses provocantes, dispersas pelos bancos e sofás, lançando olhares e arrastando consigo os homens sedentos de um devaneio, de bolsos cheios de moedas e esperanças vãs.
Localizou Madalena ao fundo da sala, sorrindo para um homem velho. Acenou-lhe timidamente. Madalena inclinou-se suavemente sobre o cavalheiro que acompanhava e sussurrou-lhe algo ao ouvido. Depois levantou-se e veio ter com ela.
Helena , roleplayed by Maria_madalena


Helena já não era nova e o rosto enrugado era o espelho do seu cansaço. Em casa deixara 6 filhos, famintos e maltrapilhos, que apenas lhe conseguiram umas ancas largas e um corpo roliço. Desconhece os pais daquelas criaturas que lhe atormentam os dias, mas não as nega. Sentada num banquinho, com pouca roupa, espera por algum cavalheiro que aprecie as suas formas volumosas.

A ruiva que acabara de entrar prende-lhe a atenção e Helena endireita-se um pouco no banco. Não tem um rosto muito bonito, mas toda ela é fogo. Apesar do evidente receio, os seus olhos são ferozes e as feições exóticas. Helena sente-se ameaçada. Estaria aquela moça ali para a substituir? Ninguém gosta de velhotas gordas... O seu rosto fica vermelho de raiva.
--Matthias.
Sailor and plague doctor. Someone will say, the two worst jobs in the world. Scurvy, hunger, disease, black bubbles. What seemed too disgusting for most people, was customary at this man. Spend his life on the ships or in the filthy streets of any village was the way Matthias found not to starve.

But now he was the physician of the plague (not only heal the plague, often not even that could heal) and scurvy, and diseases of the sea. And each time he stopped in a port, went in search of Blood Oranges, which were the best to heal the sick sailors. The food on board was awful, unless you were the captain.

On land, Matthias make a point of walking always dressed in his work clothes and wearing his beak mask. Possibly have no other clothes to wear. Also avoid the people approach him. To those who had the courage to approach, he ask one of the few things that could speak in Portuguese:

-Sabes onde posso encontrar laranjas sanguíneas?

That day, Matthias not found many oranges, but found some sailors from his ship in a house a little away from the hustle and bustle of the markets, where grocers hawked their wares, but there was no blood orange. In a wood plaque, it could be read: Casa da Babilonia. His friends called, and he entered.



Quote:
[Google]

Sailor e peste médico. Alguém vai dizer, os dois piores empregos do mundo. Escorbuto, fome, doenças, bolhas pretas. O que parecia muito nojento para a maioria das pessoas, era costume para este homem. Passar a vida a bordo dos navios ou nas ruas imundas de qualquer aldeia foi a forma encontrada Matthias não morrer de fome.

Mas agora ele era o médico da praga (não só curar a praga, muitas vezes nem sequer que pudesse curar) e escorbuto e doenças do mar. E cada vez que ele parou em uma porta, saiu em busca de laranjas sanguíneas, que eram o melhor para curar os marinheiros doentes. A comida a bordo era horrível, a menos que você fosse o capitão.

Em terra, Matthias fazem questão de andar sempre vestido com suas roupas de trabalho e vestindo sua máscara de bico. Possivelmente não têm outras roupas para vestir. Além disso, evite as pessoas se aproximam dele. Para aqueles que tiveram a coragem de se aproximar, ele pediu uma das poucas coisas que poderia falar em Português:

-Sabes onde posso encontrar laranjas sanguíneas?

Naquele dia, Matthias não encontrou muitas laranjas, mas encontrei alguns marinheiros de seu navio em uma casa um pouco longe da agitação dos mercados, mercearias, onde vendiam suas mercadorias, mas não havia laranja de sangue. Em uma placa de madeira, pode-se ler: Casa da Babilonia. Os amigos dele chamado, e ele entrou.


Maria_madalena


Madalena graceja e sorri tentando manter o interesse do velhote à sua frente. Não fala muito, não é para isso que lhe pagam, limita-se a ouvir, acenar com a cabeça e ocasionalmente tecer um comentário vago. Entre conversas entediantes e situações da vida quotidiana, a meretriz vai observando discretamente a sala. Pelo canto do olho, vê a cabeleira ruiva que lhe acena e sorri genuinamente. Por momentos, julgara que Antonieta não viria.

Senhor, desculpai-me...volto já. - sussurra ao ouvido peludo do velhote, entregando-lhe um copo com whisky.

Pode ser que já ressone quando voltar... - pensa maliciosamente.

Madalena caminha de forma confiante até Antonieta. O seu corpo bem feito era realçado pela falta de roupa e alguns olhares masculinos desviam-se na sua direcção.

Bom ver-te por aqui. - confidencia-lhe agradada, olhando-a de alto a baixo - Talvez fosse melhor tirares essa capa... - e indica-lhe com um dedo um pequeno cabide localizado na parede adjacente à porta de entrada.

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Antonieta


Antonieta ficou visivelmente aliviada quando Madalena se lhe dirigiu. Notara alguns olhares agressivos de algumas mulheres na sala e ficara pouco à-vontade com alguns olhares lascivos da parte do sexo oposto. Teria de se habituar, pensou para si.
Sorriu abertamente para Madalena e ficou contente de ouvir a sua voz quente e afável. Seguiu o seu conselho e pendurou a capa. Sacudiu os cabelos ruivos que penteara cuidadosamente antes de sair de casa, tal como ela lhe indicara. O vestido que ela lhe emprestara era justo e colava-se-lhe ao corpo. Os seios pareciam querer sair do decote a qualquer momento e Antonieta ia puxando o tecido discretamente, quando achava que ninguém estava a reparar. Baixinho, sussurrou à amiga:

- O que faço? Procuro alguém? Espero? Ai, sinto-me tão nua.

Antonieta não dissera tudo. Sentia-se nua. Mais que isso. Sentia a sua alma despida de si, da sua consciência, dos princípios que os pais lhe tentaram incutir em criança e que a vida lhe tirara.

Respirou fundo e afastou os pensamentos. Notava o desejo nos olhares masculinos e sentiu-se bonita. Deixou o decote descair e não o voltou a puxar para cima. Via-se determinação e volúpia nos seus olhos. Já que era para ser, então que fosse.
Maria_madalena


Madalena observava compenetrada a figura esguia de Antonieta. Não parecia a rapariga que conhecera há dias atrás: os cabelos emaranhados estavam agora sedosos, os gestos eram mais confiantes e o sorriso mais limpo. Quando a capa finalmente saiu, a meretriz susteve a respiração. O vestido que lhe emprestara assentava-lhe que nem uma luva, realçando as delicadas formas femininas. Antonieta era uma pequena flor a desabrochar, irradiando sensualidade e candura.

A Júlia escolheu bem... não lhe vão faltar clientes.

O que faço? Procuro alguém? Espero? Ai, sinto-me tão nua. - perguntou-lhe inquieta.

A meretriz tomou a mão de Antonieta entre as suas e puxou-a para um canto mais recatado da sala, perto do armário das bebidas.

Vês estes homens? - inquiriu ao mesmo tempo que lhe indicava a sala com uma mão - Desejam-te. - a mão dirigiu-se aos seus cabelos e tocou-os - Os teus cabelos levantam tempestades e ateam fogos, só tens de confiar em ti.

Com um corriso amigável, Madalena procurou duas canecas limpas e colocou uma bebida amarga no seu interior, entregando uma a Antonieta - Bebe, vai ajudar-te enquanto esperas.

O seu olhar percorreu atentamente a sala.

Vamos arranjar-te um bom homem. - assegurou-lhe.

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Antonieta


Antonieta aceitou a caneca que Madalena lhe estendeu. Engoliu de um trago a bebida amarga e as lágrimas assomaram-lhe aos olhos, enquanto o líquido descia rudemente pela garganta.
Recompôs-se e olhou em volta. Praticamente todas as mulheres estavam acompanhadas. E os homens, esses, nenhum estava sozinho. Aliás, à excepção de um que acabara de entrar. Vestia de forma engraçada. Umas vestes compridas e uma máscara em forma de bico que fez Antonieta sorrir, divertida. Madalena deu-lhe uma cotovelada e ela escondeu o riso. Pôs os lábios em beicinho, como a amiga ensinara, e olhou fixamente para o recém-chegado, lançando-lhe sorrisos doces, convidativa.
--Matthias.
Everyone stared as he entered. A man wearing mask beak was unusual in a place like that. He attracted all the attention. The sailors said, "Matthias, take this mask, here there is no ill." But Matthias was unmoved. He asked for a glass of rum and drank. Watery, mixed to yield more. He picked up the bag and ate an orange blood. The mask had only slightly raised. Which then turned down when he noticed a girl wandering there. Yes, he knew what she was and what she was doing there.

Her hair was as red as fire. She looked a little disheveled and misplaced. She was thin and small. There was even something delicate in his face, despite the voluminous neckline and frayed dress. There were many more chubby, best embodied, but something in that girl had caught attention. She was red like a blood orange. Not for a second he hesitated.

Jabs, jabs, ich will, dass Mädchen. dass rothaarige.

Jabs, one of the sailors of the schooner that brought Matthias, "the serpent of the Rhine", old, bearded man and a drunkard, gave a few words with the woman who was on his lap, so she stood and went where was the red girl.


Quote:
Todos olharam quando ele entrou. Um homem usando máscara bico incomum que em um lugar como aquele. Ele atraiu toda a atenção. Os marinheiros disseram: "Matias, tomar essa máscara, aqui não há nenhum doente." Mas o que Matthias impassível. Ele pediu um copo de rum e bebeu. Aquosa, misturado para produzir mais. Ele pegou a bolsa e comeu uma laranja de sangue. A máscara tinha apenas ligeiramente aumentado. Que, em seguida, virou-se quando notou uma menina vagando lá. Sim, ele sabia o que o que o que eo que ela está fazendo lá.

Seu cabelo era vermelho como fogo. Ela parecia um pouco desgrenhado e equivocada. Ela era magra e pequena. Havia até mesmo algo delicado no rosto, apesar do decote e vestido volumoso gasto. Havia muitos mais gordinha, melhor encarnada, mas algo em que a menina tinha chamou a atenção. Ela estava vermelha como um laranja de sangue. Nem por um segundo, ele hesitou.

Jabs, jabs, eu quero aquela garota. que ruiva.

Jabs, um dos marinheiros da escuna que trouxe Matias, "a serpente do Reno", velho, barbudo e bêbado, deu algumas palavras com a mulher que o no colo dele, então ela se levantou e foi onde estava o menina vermelho.
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