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[RP] A Busca

--Gregorio.


Belluno, Alpes Italianos.
16 de agosto, 1461


-Non poteva succedere! Qual è il bisogno? - Gregório bradava com raiva, dentro da sacristia, para um mensageiro.

-Prete, Non è colpa mia, La lettera è venuta di Roma. E che hai ricevuto un'altra lettera, dal Portogallo.

O mensageiro indicava-lhe a outra carta, vinda de Portugal. Há muito tempo não recebia cartas de Portugal. Abriu-a e sentou-se, mas antes de começar, deu um passa fora no mensageiro.

Ebbene, andare via, ragazzo. Io non ho bisogno di te.

O mensageiro partiu e Gregório ficou lendo a carta de sua terra natal. Algo não parecia estar indo bem em terras lusitanas.


-Não pode acontecer! Qual é a necessidade?
-Padre, não é minha culpa, A carta veio de Roma. E vós recebestes outra carta, de Portugal.
...
-Bem, agora vá embora rapaz, não vou precisar de ti.
Johnrafael
[RP em Construção. Favor Apagar esse Post]
_________________

Senhor de LisesArauto de Armas PortoCavaleiro da Ordem da Bússola de OuroFamília Viana
--Gregorio.


Carta a écrit:
Gregório,

A menina não quis retornar. Ficou na rua.

Não há mais nada que possamos fazer.

Ela já está crescida.


Por muito tempo, o velho padre Gregório esperara aquela data, mas não pensou que aconteceria isso tudo justamente agora. Seu poder residia em Belluno, e os visitadores não poderiam descobrir suas artimanhas e como enriquecera.

A primeira carta se mostrara um baque, mas a segunda foi pior. A menina crescera sem saber de nada sobre si, sobre sua origem, sobre seu sangue. Agora estava na rua. Sozinha, Indefesa perante todos.

-Minha filha... - o peso na alma do velho era enorme - como eu pude...






.narrador.



31 de outubro de 1448, 18h00 - 13 anos atrás.

Uma bruxa era preparada para ser queimada em praça pública. Em torno da cena horrenda, populares, inquisidores, curiosos e muitas pessoas com uma revolta interna, abafada pelo medo dos duros castigos. A noite começava a cair mas a lua era grande no céu e refletia no imenso lago que enchia e transbordava dos olhos da senhora de vestes rasgadas, mãos cheias de bolhas de queimaduras antigas, pés vermelhos de sangue coagulado de quem ja tinha sido bastante torturada.


Os gritos da senhora já não eram de dor nem de pedido de clemência, ja tinha desistido de tudo, já não acreditava nos homens - por um instante passa os olhos em redor procurando aquele que cometera o mesmo pecado que ela, o pecado de amar, mas que não tinha sido chamado em nenhuma das audiencias com a Inquisição. Queria tanto que ele estivesse ali... Que ao menos dissesse que nada foi em vão... Ela tanto o protegeu, omitiu seu nome que provavelmente era sabido dos inquisidores. O amor lhe rendeu apenas chagas, passar por maquinário cruel, feito exclusivamente pra provocar dor, para matar aos poucos, arrancar a dignidade atraves dos ossos, carne e pele. Mas ele não estava ali. Olhou então para uma bonequinha nos braços de uma mulher de preto. A criança, em contrapartida, não deveria estar ali, não devia testemunhar essa desgraça, não devia... oh meu Jah... não devia nem existir.


A bruxa pensava em Jah nos seus últimos minutos. Era a única forma de não enlouquecer e não piorar tudo, não acabar com a vida de sua filha e de seu grande amor. Seu amor tinha proteção de bons padrinhos, mas ela, pobre mulher, que direitos tinha? A criança seria facilmente jogada na fogueira se dissessem ser filha de uma bruxa, antes sem mãe do que morta. A dor já lhe punia severamente, às vezes achava que ia morrer a qualquer momento, mas então uma dor mais forte aparecia. Sentia ânsias de vômito quando via a movimentação ao redor de si, trazendo elementos para atiçar a fogueira. "Onde estaria ele? O que estaria fazendo? Estaria sentindo dor? Talvez merecesse, ele fez votos, eu não... Perdão, Jah, quero ir pura, já paguei pelos meus pecados, me leva, Senhor, me leva rápido, antes de..." Um choro convulsivo a tomava mais uma vez, labios ressecados, corpo magro, macerado em jejum de justiça, amarrada com maior necessidade do que sua pouca força débil precisaria, um caco de uma vida dilacerada ainda sentia pavor ao pensar no seu corpo pegando fogo.


Mas aconteceu. Para horror e asco de uma multidão, para regozijo de alguns outros, para desespero de uma criança inocente. A menina ainda não falava pois tinha apenas um aninho, mas desde a perseguição que sofreu nos braços da mãe, ainda bebê, já sabia sem precisar dialogar com ninguém, que as pessoas eram más.

--Gregorio.


Não quis ir à praça naquela noite. Não foi ver a bruxa perecer nas chamas. E não foi porque, pela primeira vez na sua vida, teve medo. Todas as súplicas foram inúteis, todos os planos falharam. Não conseguira provar a inocência daquela mulher. Não porque ela não fosse bruxa, mas sim porque era sua amada.

Naquele dia, perdera a conta das preces que fizera a Jah pela alma da jovem. À noite, quando a multidão se reuniu para presenciar o castigo de Maria, a bruxa, Gregório recolheu-se à sacristia da Igreja do Porto, onde pôde apenas chorar o martírio de Maria, a pobre. Que do alto de sua humildade e pequenez, envolveu de encantos o coração do diácono. Que se entregou a ele sem medos ou pudores, e deu-lhe uma pequena filha. A mulher que, por amor, preferiu a morte a revelar a identidade de seu amado. Ao ouvir os gritos histéricos do populacho, deu-se conta de que Maria já fora ao encontro de Jah.

Pouco depois, uma mulher chega à porta lateral da sacristia.

-Gregório! Gregório! Abra!Bão incendiare o casebre da Maria!

Abriu. A fiel guardiã de sua amada trazia nos braços o fruto de seu único amor. Uma menina pequenina e frágil, alva como a lua e de cabelos negros como a noite.

-Nom consegui trazere mais nada, Gregório. Esta pobrezinha não tem mais nada. Só a ti.

Tomou a filha em seus braços, era apenas um bebezinho, e a sorte já lhe era muito cruel. Embalou a menina com um cântico suave, para que não acordasse, enquanto com outra mão apontou uma bolsa de moedas, mandando que a mulher a apanhasse.

-Urraca, nesta bolsa tem algum dinheiro. Preciso que vá pelas ruas e compre roupas, mantas e tudo o que para a menina. Tenho medo do que os Inquisidores possam fazer comigo.

A mulher saiu, e algum tempo depois, estava de volta, com algumas poucas mantas e cueiros. Ninguém queria vender as coisas a Urraca, pois ela parecia uma bruxa. E enquanto a velha cuidava da menina, os Inquisidores retornaram à sacristia.

-Gregório, temos algumas perguntas para vós.– falou-lhe o mais velho dos quatro inquisidores.

-Que quereis saber, mestre inquisidor? Tudo o que sabia eu, vos disse. Mataste uma inocente, disse-vos e mais, provei-vos. – Uma chicotada atingiu a face de Gregório.

-Não te esqueças, diácono, que aqui somos nós a fazer as perguntas. – falou o mais baixo, com cara de rato, brandindo o chicote. – e quem é a velha com a criança?

-Uma peregrina. A criança é filha de sua filha, que morreu de peste na Guarda. Veio deixar a menina no convento, não pode criar. É errado acolher uma pobre mulher na igreja, Senhor Inquisidor? – mais uma vez o chicote atingiu-o.

-És surdo, diácono? Disse-vos que aqui nós é que fazemos as perguntas. Venha conosco.
--Gregorio.


Acompanhou os inquisidores até os fundos da igreja, onde foi preso em duas correntes. Seria castigado por "ingenuidade". O Mestre Inquisidor começou a fazer-lhe perguntas.

-Sabias que a mulher era uma bruxa?

-Ela não era bruxa. Era uma filha de Jah e frequentava às missas.

-MENTIRA! – gritou o cara de rato, acertando as costas de Gregório com o chicote.

-Gregório, não mintas! Sabias que a mulher era uma bruxa?

-Mestre Inquisidor, aquela mulher era batizada. Era uma filha de Jah! ERA INOCENTE!

-MENTIRA! – gritou mais uma vez o cara de rato, aplicando-lhe outra chicotada.

A tortura seguiu-se por mais alguns minutos. A mesma pergunta, a mesma resposta e a mesma punição.

-BASTA DIÁCONO! Se sabias que ela era uma bruxa, conta-nos!

“Conto-vos e matam a mim como mataram a pobre Mulher...” Sentindo as pernas doerem e as costas em carne viva, deixou-se desfalecer. As correntes apertavam-lhe os pulsos, as lágrimas desciam pelos olhos.

-Mestre Inquisidor, acolhi aquela mulher em meu rebanho. Aconselhei-a, confessei-a, acompanhei-a em suas preces. Não posso dizer-lhe que era uma bruxa, pois a mim nunca revelou-se uma. Não sei de mais nada.

O Mestre Inquisidor olhou para Gregório de alto a baixo, antes de aplicar-lhe uma bofetada na face.

-ESTÚPIDO! Se não podes sequer reconhecer uma bruxa, como há de guiar seus fiéis? Não ficarás mais um dia nesta igreja!

Soltaram-lhe, e ele voltou para a sacristia. A velha Urraca limpou-lhe as feridas, enquanto ele juntava seus pertences.

-Urraca, não ficarei mais no Porto. Junte todo o dinheiro que tenho e esconda junto com a menina.

Enquanto os inquisidores faziam os preparativos para partir, deixando o cara de rato como diácono substituto, Gregório escreveu à Madre do Convento de Santa Galadrielle do Douro.

Citation:
Madre Filipa,

Durante a execução da bruxa, deixaram esta menina na porta da Igreja. Rogo-vos que cuide dela até que cresça. Junto a ela, há algum dinheiro. Parece ser alguma bastarda. Este dinheiro estava aí, e creio que deva ser usado em benesse desta pobre filha de Jah, que não tem culpa de ter vindo ao mundo. Não deixem-lhe faltar nada.

Gregório.


Antes do alvorecer, já haviam partido. A velha e a criança foram deixadas no convento, e os homens prosseguiram, rumo ao nascente.



Mensageiro, roleplayed by Johnrafael


Porto, Dezembro.

-Senhor, procuro uma moça mendiga. - perguntava o mensageiro a todos que passavam,.

-Há muitas por aí, só escolher.

-Senhora, procuro uma moça mendiga...

-E pra que eu ia querer saber de mendiga?

O homem parou a porta de uma forja, e chamou o jovem ferreiro que estava ali. Johnrafael saiu e o homem perguntou.

-Senhor, procuro uma moça mendiga. - o jovem mensageiro pediu novamente a informação.

-Não há muitas raparigas a mendigar. Elas se recolhem nos conventos que as acolhem. Sugiro que busque por lá.
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