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[RP] Laços corrompidos

--Estalageira
Temos aqui um queijo muito bom, eu própria o comprei ontem no mercado. E fruta, temos pêras e maçãs. Nada muito requintado senhora, espero que sirva.

Greta ia anotando mentalmente os pedidos que lhe eram feitos. A estalageira não pôde deixar de reparar na singularidade daquele grupo: a jovem de cabelos negros tinha ares de astuta e um fulgor viperino nos olhos, por outro lado, a moça ruiva era bem mais delicada e parecia-lhe um pouco alheada da relação tensa entre a companheira e o homem sério e bem-constituído que as acompanhava. Assim que voltaram à conversa privada, Greta apressou-se a sair dali, não gostava deles.

MIQUELINA! Ó MULHER! SÃO DUAS DE CABRITO! - berrou com pouca compostura para o interior da cozinha. De lá veio um murmúrio mal-disposto regado a insolências que Greta ignorou, pois a estalageira estava já a preparar uma cesta para o pão e outra para as frutas, ao mesmo tempo que mantinha um olho no grupo.
Beatrix_algrave


Beatrix faz apenas sinal de que esperem a mulher se retirar. Ela também notou a reação do homem e está igualmente ansiosa por explicações.

Beatrix: - Sim, podem ser maçãs e peras.


Ela confirma e assim que a mulher sai ela também questiona o homem.

Beatrix: - Também estou esperando explicações, senhor Arnold. Acaso conhece os Nunes, ou sabe algo que não sabemos sobre isso?

Ela disse com voz dura e determinada.

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Arnold, roleplayed by Lady_moon
Arnold olhava para Beatrix e Nicole, as duas pareciam decididas em descobrir o que se passava.

Arnold riu pela primeira vez desde que ele e Nicole sairam de Alcácer.


-Vocês nada sabem, e ficarão sem o saber.- Olha para Nicole.- Milady devia ter mais cuidado, você sabe a sua condição e nem devem ser os Nunes que conheci, eles foram assassinados.

Remete se ao silêncio enquanto espera pelo seu almoço.
Lady_moon
-Eu sei a minha condição, preciso de saber se é verdade ou não o que aquela mulher disse. Investigue sobre os tais Nunes de Aragão, não quero que esconda nada.

Nicole sabia que Arnold não a iria desobedecer, as ordens de seu avô tinham sido bastante explicitas momentos antes da sua saída de Bristol.
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Beatrix_algrave


Beatrix: - Se não quer falar o que sabe, vou descobrir de um jeito ou de outro. Nem que seja do jeito mais difícil, Arnold.

Beatrix disse em um tom seco para o homem, bastante insatisfeita com a recusa.


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--Estalageira
Greta podia sentir o conflito a despoletar naquela mesa e não estava nada agradada com a situação.

Pra confusões já me bastam ali os do canto... - murmurou zangada - E estes bem que podiam sentar-se lá.

Por tal motivo, e com receio de exaltar ainda mais os ânimos, Greta esfregava aqueles três copos com especial afinco, cuidando para que não houvesse uma única mancha ou quebra. Quando por fim ficou satisfeita, empilhou os copos num tabuleiro e encheu-os de cerveja até ao bordo. Pegou também na cesta do pão e colocou no tabuleiro, a cesta de vime escuro fora decorada com um pano de renda branca e o pão quente, negro e coberto de sementes ainda fumegava. Com o tabuleiro seguro, a estalageira caminhou até à mesa, tendo cuidado para não entornar a cerveja.


Senhores... - saudou ao pousar cuidadosamente os copos na mesa - Aqui têm a nossa melhor cerveja, negra e importada da Inglaterra, uma delícia. - colocou a cesta com o pão estrategicamente no centro da mesa e acrescentou antes de se retirar - O pão está muito quente, tenham cuidado. O cabrito está quase quase a sair.
Beatrix_algrave


Beatrix levantou a vista para a mulher e agradeceu com um sorriso e um aceno de cabeça. Depois olhou para Arnold a procura de uma resposta.

Ela parecia tão calma quando sorriu, mas agora seus olhos verdes brilhavam e fuzilavam o homem ruivo.

O cheiro do pão era tão bom, e atiçava sua fome, mas essa não era maior que sua curiosidade.

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Lady_moon
Nicole bebericava a sua cerveja, quando a mulher mencionou que a cerveja fora importada, seus olhos brilharam, a cerveja portuguesa era boa mas nada era como a de sua origem e talvez por isso de vez em quando encomendava cerveja provinda de Inglaterra.

Tomou também para si um dos pães da cesta enquanto nota o olhar de Beatrix para o Arnold, este não aparentava sentir se intimidado pelos olhares de Beatrix.



-Lilla Nunes e Prudencia Nunes. Pena a Lilla viver no convento de Alcácer e Prudencia viver em Aveiro, talvez elas pudessem ajudar te.-Sorriu para Bea.. -Já pensaste que pode ser algum engano?
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Beatrix_algrave
Beatrix: - Engano? Ela sabia até o nome do meu pai.

Beatrix disse e tomou também da cerveja. Estava sedenta e aquela era a melhor maneira de matar sua sede. Agora ela achava que também Nicole estava a esconder coisas. Dirigiu um último olhar de desdém a Arnold, e voltou sua atenção para Nicole.

Beatrix: - Que Nunes são esses que foram assassinados?
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Lady_moon
- E aposto que também sabe outras informações.- Nicole suspira.-Qualquer um pode ter essas informações, eu as terei em algumas horas.Todo o cuidado é pouco.

Nicole olha para Arnold, não lhe sabia o primeiro nome mas sabia que eram Nunes.

-Não sei, um deles fora a minha primeira vitima.
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Beatrix_algrave


Beatrix não demonstrou surpresa com a informação de Nicole ter assassinado um tal Nunes. Nicole sempre foi cheia de surpresas, mas mesmo assim, ou talvez por isso, aprecia-lhe a amizade.

Beatrix: - Espero que não tenha sido parente meu, mas se foi, deve ter havido um bom motivo. Mas não deixo Lisboa sem descobrir algo. Talvez não fosse má ideia ir até a residência que a mulher indicou.

Ela diz e come um pedaço de pão e bebe cerveja. Essa não é considerada uma bebida fina, como dizem por aqui. Nobres preferem o vinho, mas ela não é nobre, é uma burguesa com uma certa condição financeira, e uma boa dose de liberdade, graças à solteirice e a orfandade. Bebe o que gosta de beber e ponto final. Apenas se nota alguma diferença nos gestos delicados e na forma de se expressar, por conta da boa educação que a família lhe proporcionou no convento. Também preza uma boa apresentação e boas roupas, mas por conta da profissão que o requer.

- Ah! e essa carne que não chega...

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--Estalageira
Está aqui o cabrito que pediste, Greta. - informou Miquelina com o seu habitual ar de desdém e descontentamento.

A estalageira recebeu as travessas, uma em cada mão, e aproximou-as do rosto, cheirando e observando a carne com rigor. A pele do cabrito estava tostada e os molhos escorriam deliciosamente, era possível discernir o cheiro a alecrim e salsa, Miquelina tinha-se empenhado. Quando por fim ficou satisfeita com a inspecção, acenou ligeiramente à cozinheira, dando-lhe autorização para se retirar. Com uma travessa apoiada em cada braço, dirigiu-se para a mesa onde aqueles três estavam.

Ora aqui está a carninha, muito tenrinha… - comentou com entusiasmo ao assentar uma travessa em frente a cada ruivoBom apetite! Com a vossa licença.fez uma pequena vénia e retirou-se.
Arnold, roleplayed by Lady_moon
-Rixas familiares, vinganças, muitos Nunes e Casterwill morreram nessa rixa.


Arnold decidiu contar a verdade para Nicole, quando esta tornasse matriarca dos Casterwill e soubesse que ele lhe escondera uma parte da sua história iria torturá lo. Ela tinha o mesmo olhar de seu líder e este era capaz de atrocidades.

-Eu farei o que a minha futura chefe pede, em poucas horas terei mais informações.

Arnold foca se no seu almoço e na sua caneca de cerveja
Lady_moon
Nicole sabia que a sua família tinha rixas com diversas clãs, sempre achara que aquele homem tinha sido um ladrão ou um mercador que não cumprira as ordens de Lorde Casterwill mas ao ouvir as palavras de Arnold ficava mais curiosa sobre o clã que vive a léguas de Inglaterra ainda estar vivo.

-Precisamos de mais informações sobre eles, e depois faremos lhe uma visita.- Nicole belisca o seu pão e come os pequenos pedaços deste. -Necessitamos de uma pequena guarda ou de mercenários. Conheces alguém de Lisboa que nos possa fornecer uma guarda?
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Beatrix_algrave


Beatrix responde, ignorando Arnold, que lhe irritava. Parecia um grande cão de caça de pelo ruivo.

Beatrix: - Sim, isso eu posso conseguir. Pensei em enviar uma correspondência a residência dos Nunes de Aragão e marcar uma visita. Vou até lá em paz.

Ela respondeu e passou a comer da carne, notando que apesar da pele um tanto esturricada, por dentro estava macia e suculenta. Quando finalmente terminou, pensou em ir ao quarto, lavar o rosto e escrever a tal carta.

Beatrix: - Vou escrever a carta, e talvez possamos ir até lá pela manhã. Vou providenciar também os mercenários que você quer. Isso não estava no orçamento, mas tudo bem.

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