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[RP-Fechado] Encontro diante d'As Portas de Caleth

Arcani



---- Encontro diante d'As Portas de Caleth ----
--- Parte 1 ---
-- Capítulo 1 --
- Flâmulas ao vento contra os céus do Norte -


[Outono - 1462]

O calor do verão começa a ceder sem muita vontade seu lugar aos primeiros frios do outono, pelo que aquelas primeiras semanas ainda eram marcadas por dias calorosos e noites frescas; mas ainda assim os dias começavam a encurtar-se e as horas de escuridão a alongar-se à medida que os dias desde o equinócio se transcorriam.

Chegavam nestes dias, rumores vindos do sul, de que exércitos preparavam-se naquelas terras para uma campanha invenal. Mas tais informações eram tidas sem maiores interesses pelas autoridades condais, que para então tinham em vista uma situação de maior urgência aos olhos do Conselho: Lamego.

As folhagens em tons do amarelado ao avermelhado já começavam a cobrir as copas das árvores, as trilhas nos bosques e as estradas entre os campos cobertos do dourado trigo estival maduro e o sol brilhava sobre as armaduras e vivas bandeiras que coloriam o exército portuense em sua marcha ao longo do Douro.

Enquanto isso ao outro lado do rio e da fronteira austral uma pequena comitiva fazia o cominho inverso ao do exército condal portuense, viajando de Viseu à Aveiro. A comitiva acompanhava ao Prior dos Azure, quem ao saber dos rumores que provinham do condado mais austral do Reino de Portugal decidiu viajar ao sul em busca de informações mais precisas e atualizadas que aquelas que lhe chegavam no distante Paço dos Arcanjos.

As informações que reuniu o velho prior eram preocupantes. Caravaneiros que faziam a rota oriental entre a Guarda e as cidades lisboetas do Crato e Elvas, diziam haver visto homens do segundo Barão da Serra da Estrela, conhecido guardense e rival político declarado de vários membros do governo coimbrense, contratando mercenários estrangeiros e recrutando os trabalhadores dos feudos do barão. Diziam que o mesmo havia sido visto em Alcácer do Sal em companhia do ex-Almirante Real, Kokkas de Monforte, conhecido também por haver invadido o condado coimbrense no passado, e que este reunia um exército próprio. E ao que parecia o governo lisboeta nada fazia. Já diziam as más línguas ao longo do reino, que o governo lisboeta era fantoche dos Monfortes.

Mas ao chegar em Aveiro, foram noticias vindas do Porto que preocuparam ainda mais ao velho Prior. O Exército Condal, do qual fazia parte entre outros membros do Conselho portuense a própria Condessa, havia sido derrotado nas aforas de Lamego incapacitando a seus membros, e que agora a cidade se auto-proclamava Vila Franca.

Imediatamente o Prior abandonou a busca por informações no sul, delegando a alguns de seus enviados esta tarefa. Tomou o caminho para o norte onde se reuniu com o Exército Rubicão Pro Porto, convocado às pressas para garantir o bem estar e salvaguardar o castelo contra os bandidos e oportunistas.

Assim, as Flâmulas dos exércitos começaram a agitar-se com o vento contra os céus do Norte...


Continuará...

(PS. Se alguém tiver interesse em participar no relato desta história por favor entrar em contacto comigo. Aos que eu tenha interesse que participem desta história, eu entrarei em contato. Caso não sejam nenhum dos dois, espero que desfrutem deste pequeno relato.)
Arcani


---- Encontro diante d'As Portas de Caleth ----
--- Parte 1 ---

-- Capítulo 2 --
- Entre o Douro e o Sangue -


[Outono - 1462]


O Exército Rubicão Pro Porto marchou sem demora ou resistência ao castelo da cidade do Porto, capital do condado de mesmo nome, ali era a sede de um governo que agora se encontrava incapacitado, feridos em combate perdido às portas de Lamego, a nave do governo deixada à deriva.

Uma vez instalados, deram inicio aos trabalhos para manter à flote o condado, protegido da ameaça imediata de bandidos e oportunistas, o Prior voltou seu olhar para outro problema que despertava na fronteira norte do reino.

Anos antes, a Galicia havia se tornado o refugio de grupos criminosos e agentes do desequilíbrio, mas há alguns poucos anos fundou-se naquelas terras a Enxebre Orde de Fisterra, que tomou para si a missão de limpar as terras galicianas da perfídia dos meliantes, mas a medida que a excelsa Orde cumpria com seu dever, os criminosos se refugiavam e reagrupavam na fronteira com Portugal. Assim, quando chegou-lhe as noticias de Lamego eles se apressaram em marchar ao sul. Mas os Azure os estavam vigiando, e haviam chegado as ordens do Prior de deter o avance deles a qualquer custo. E assim, no norte começou uma árdua batalha que tingiu a terra de rubro com o sangue daqueles que abnegavam e aqueles que defendiam o Equilíbrio.

Enquanto a guerra discorria, havia algo que ainda preocupava o velho Prior. O que era que havia incitado aos conselheiros portuenses a realizar uma ação tão insensata; teria sido apenas uma exacerbada mostra de ego, ou teriam outras intenções e forças atuando por trás de tão destemida e irresponsável ação. Ele precisaria de mais informações sobre o que realmente teria ocorrido e apenas alguém que tivesse estado no conselho naquele momento poderia saber. Assim ele enviou alguns de seus agentes em busca dos sobreviventes da batalha.

Encontraram um deles na Aldeia do Pinhal do Ruivo, gravemente ferida, Ava Frias Ribeiro ainda resistia. Por ordens do Prior a jovem recebeu a secreta visita de um Altai.

Os Altai, os Curandeiros do Corpo e Alma cuja missão é a dos médicos e clérigos, cuidando da saúde física e espiritual das pessoas, fazendo votos de abnegação e serviço, utilizam de sua arte e saber para salvar as vidas e as almas daqueles que trabalham em prol do Equilíbrio ou que recebem o beneplácito do Prior.

E assim, sempre que lhes foi possível um membro dos Azure esteve junto à ela, e ouviram e tomaram nota de seus momentos de desperta lucidez. Assim foi o relato dela sobre a batalha de Lamego...


Continuará...

(PS. Se alguém tiver interesse em participar no relato desta história por favor entrar em contacto comigo. Aos que eu tenha interesse que participem desta história, eu entrarei em contato. Caso não sejam nenhum dos dois, espero que desfrutem deste pequeno relato.)
Ava


Havia já alguns meses que o Conselho debatia a possibilidade de uma tomada da Cidade de Lamego. O prefeito por diversas vezes desrespeitara as leis vigentes no Condado chegando mesmo a ameaçar o Castelo.

A tomada foi organizada da forma mais discreta possível, uma vez que o Capitão referiu o elemento surpresa como crucial para o sucesso da missão. Porém existia um delator que não tardou em informar o prefeito de Lamego sobre os planos, o que permitiu a organização dos habitantes de forma a defenderem-se do Exército Condal.

Algumas baixas civis ocorreram na primeira tentativa de tomar a cidade, que depressa denunciaram a presença do Exército Condal, quando acorrerram em busca de ajuda para com os seus ferimentos. Entre essas baixas encontrava-se um membro do Conselho, que viajando tardiamente para ajudar, acabou por ser confundido e assassinado.

Mesmo assim a tomada prosseguiu como havia sido planeado e quase todos os membros do Conselho integrantes no exercito acabaram feridos, especialmente Ava que além de ter visto sua mãe ser assassinada pelo Exército ao qual pertencia, foi gravemente ferida por Cientista, que após disferir vários golpes sobre si, a deixou inanimada no chão, convicto de que esta estava morta.

Balyan sabendo do que se iria suceder, rapidamente acorreu a Lamego, mas aquando da sua chegada deparou-se com um cenário sangrento. Deparando-se com Ava aparentemente morta, rapidamente com a ajuda do seu fiel amigo a levou para a cidade do Porto, juntamente com o corpo da sua amada Carine e pediu auxilio a um médico, que lhe aliviou o sofrimento verificando que Ava estava viva, mas demasiado fraca, não sabendo se esta conseguiria resistir aos ferimentos.

Foram vários os dias que se passaram, em que esta variava entre estados de lucidez, alternados com delírios provocados pelas altas febres, nos quais via algumas caras junto ao seu leito sempre colocando-lhe questões relativas ao que se sucedeu em Lamego, uma vez que o Capitão do Exército desaparecera e nada havia comunicado sobre o sucedido.

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Arcani


---- Encontro diante d'As Portas de Caleth ----
--- Parte 1 ---

-- Capítulo 3 --
- De Glória e Sapos -

[Outono - 1462]

Alguns dias após a toma do Castelo do Porto, se avistou ao longe as bandeiras do Exército Real, liderado pelo próprio Rei de Portugal. Já lhes haviam chegado noticias de que arautos de Sua Majestade, que a nobreza portuguesa estava sendo convocada a cumprir com seu dever para com a Coroa e unir-se ao Exército Real. Portanto já era esperado o avistamento das bandeiras da Coroa e dos Nobres portugueses que atenderam ao real chamado. Mas naquele mesmo dia, chegou de Lamego a confirmação de que a cidade se proclamava Vila Franca, e a presença de um exército liderado por Dom Nelsinho reforçava essa proclamação.

A sombra da guerra cobria as terras do norte português. Com relação à Lamego a Coroa declarava uma postura mediadora, mas nas seguintes semanas pouco foi feito e a cada dia se consolidava cada vez mais a posição de Lamego como cidade independente. Com relação à toma do Castelo portuense, mensagens foram intercambiadas entre os dois exércitos, o que se aquartelava no castelo a fim de proteger-lo e o de Sua Majestade, até que se chegou a um consenso e o sangrento combate foi evitado, firmado pela dissolução oficial do Exército Rubicão Pro Porto e da liberação da real convocatória. Neste intermeio os conselheiros eleitos convalesciam e os mortos eram enterrados.

O relatório recebido sobre o relato da conselheira Ava, se encontrava com o selo quebrado sobre a mesa do Prior. Peões em guerras profundas comandados por forças que não entendem. As forças do Desequilíbrio reuniam suas forças e entre os mestres dos Azure havia a certeza de que não tardariam em fazerem-se presentes.

Ao longo do seguinte mês o frio se abateria nas terras portuguesas, novas eleições seriam realizadas no condado nortenho, e muitos Azure perderiam sua vida em combates abertos e escaramuças contra os vilões que buscavam invadir desde o norte. Seu sacrifício desconhecido pela maioria da população. Mas no sul o movimento aumentaria, até que o coaxar se fizesse escutar em terras coimbrenses. Quando tal ocorresse uma das piores guerras internas que o Reino haveria visto teria inicio.


Continuará...

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---- Encontro diante d'As Portas de Caleth ----
--- Parte 1 ---

-- Capítulo 4 --
- As tropas se movem ao Norte -


[Final do Outono - 1462]

Na fronteira norte a batalha contra os bandoleiros avançava acirrada, as perdas cresciam em ambos lados. Ao mando das tropas Erelim da Ordem de Azure estava o mestre Eleazar Sayyid. Naquele momento eles haviam conseguido uma leve vantagem contra aqueles agentes do Desequilíbrio, e preparavam uma ofensiva para expulsar-los para além das fronteiras portuguesas.

Os Erelim, guerreiros valerosos ainda que poucos em número dedicam suas vidas a aprender as artes da guerra e do combate, e aplicar seus conhecimentos em prol da defesa do Equilíbrio ainda a custa de sua própria vida. Seu sacrifício jamais é em vão.

No entanto no sul eram outras as forças que se movimentavam. Ao norte continuavam a chegar noticias de que dois exércitos se estavam reunindo em Alcácer do Sal, mas agora chegavam noticias mais preocupantes pois as noticias diziam que eles estavam em movimento. Apesar do atraso, eram noticias com poucos dias de atraso, e os exércitos não poderiam ainda estar além de Santarém. Eram tropas voluminosas que se moviam misturadas em uma massa de carne e metal hasteando bandeiras diversas e coloridas, mas dentre estas destacavam-se as cores da casa Monforte.

O tempo de Coimbra se preparar chegava a seu fim, e a guerra civil mais sangrenta da história do Reino de Portugal até então teria seu inicio. Enquanto isso no condado do Porto outra batalha tinha seu fim com o fim das eleições para o conselho condal e a re-eleição da Condessa Anna de Mello Bórgia Highlander Silva. Sendo ingressadas nas atas do tribunal condal processos por traição em contra dos membros do Exército Rubicão Pro Porto.

O Prior que naqueles dias se preparava para seu batizado aristotélico, não descartava ou desejava o que estaria por ocorrer a seguir.


Continuará...

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---- Encontro diante d'As Portas de Caleth ----
--- Parte 1 ---

-- Capítulo 5 --
- Invasões -


[Final do Outono - 1462]

Na igreja do Porto, os sinos batiam naquela manhã fria que marcava o inicio de grandes mudanças para o Reino e para a Ordem de Azure. O Prior dos Azure tinha naquele dia a cerimônia de seu batizado, algo que ele havia estado postergando já por muitos anos, e a catedral do porto agora abrigava a cerimônia que chegaria a seu fim com o encarceramento de Yochanan que culminaria com o tribunal emitindo a sentença de morte para o Prior.

Nas masmorras do Castelo do Porto, o Prior encontrou uma aliada inusitada, cuja força invadiria seus sentidos e mudaria para sempre a sua vida. Apenas no final de seu caminho o Prior reencontrava algo que havia perdido tantos anos antes. Um pouco de alegria. Alegria esta que ele manteve profundamente enterrada em sua sobriedade costumeira. De nada serviam as falsas esperanças à beira da morte.

Enquanto isso no sul, os exércitos cercavam já há alguns dias a cidade de Alcobaça, cidade fronteiriça e primeira linha de defesa da fronteira sul coimbrense. Antes do fim daquela estação no entanto a cidade cairia, e os mortos se acumulariam tanto no sul como no norte do reino português. Duas guerras eram travadas, uma a plena vista no Sul, e outra entre as sombras no Norte.

No Paço dos Arcanjos restavam apenas alguns poucos punhados de homens, suficientes para proteger a propriedade e a família do Prior, não mais do que cinquenta ou sessenta Azures. Os Altai, por ordens do Prior, marchavam já para o sul. Eles auxiliariam os feridos e dariam as últimas exéquias aos mortos, operariam aos que precisassem e acalmariam as dores dos que pereceriam além de qualquer ajuda. Tal era a missão dos Altai, sua vida dedicada à abnegação própria e ao cuidado dos necessitados de seu saber.

Às portas de Coimbra, sobre uma colina, o grupo dos Altai se uniu aos voluntários de todo o reino que ali se aglomeravam para auxiliar às vitimas da guerra. A doutora Leonor Telles era quem havia organizado aquele precário mas necessário hospital de campanha, e graças aos esforços daqueles destemidos a morte seria menos cruel para com aqueles homens e mulheres que a viram de perto enquanto defendiam seus lares. Aos Altai a morte, companheira constante, era algo que os havia endurecido além da comoção humana, mas seu respeito pela vida era o que mantinha seu vigor na constante luta contra a morte.

No final do outono, o frio e a morte invadiam o reino português, tempos escuros para as terras lusas apenas começavam.


Continuará...

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--- Parte 1 ---

-- Capítulo 6 --
- Sentença cumprida e Morte declarada-


[Inverno - 1462]

Dois dias depois do Natal de 1462, as neves invernais já cobriam as terras do norte do reino luso. Na fronteira com a Galícia, a Ordem havia perdido muitos homens mas havia conseguido conter a invasão que ameaçava Portugal, mas a guerra do sul já condenava o reino a um tempo de desequilíbrio sem precedentes na história daquele reino. No Porto o Prior dos Azure encontrava-se com a forca naquela manhã invernal, um passo de fé antes do fim.

Antes do final do ano o Príncipe Real mudaria, e o Barão da Serra da Estrela, que dias antes havia percorrido a estrada oriental e invadido a cidade da Guarda com o apoio da então prefeita da cidade quem abriu as portas da povoação de par em par para a entrada do exército invasor, seria nomeado pelo Rei como o novo príncipe de Portugal. Em Coimbra a noticia foi recebida como confirmação dos rumores que diziam que o próprio rei estava conspirando junto dos lideres do exército invasor de Coimbra, os motivos de Sua Majestade permanecem desconhecidos já que o Rei entrou em retiro, talvez para fazer a paz com Jah, ou talvez por vergonha de ver ao que ele havia levado o reino de Portugal, deixando assim ao Barão da Serra da Estrela como regente de Portugal. A declaração de uma guerra civil em contra de Coimbra, avalada pela Coroa, não tarda em chegar às praças públicas das cidades dos Reinos.

Novos tempos tinham sua alvorada em Portugal, pois apenas uma guerra é capaz de revelar a Verdade de uma nação. E enquanto o país dava seus passos em direção ao desequilíbrio o Prior dos Azure subia as escadas do cadafalso e fazia a rápida jornada que culminava em uma abrupta parada. Naquele dia se declarava a morte de Yochanan Flavius Viana, Prior da Ordem de Azure. A partir daquele dia a Ordem jamais seria a mesma novamente.


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--- Parte 1 ---

-- Capítulo 7 --
- A última filha de Ariadne -


[Inverno - 1462-1463]

Na fronteira norte a situação complicava-se. As primeiras neves do inverno haviam sofrenado o avance das tropas da Ordem e apesar de seu treinamento a notícia da morte do Prior foi um baque que afetou a moral dos homens. Um mal necessário ao plano do Prior, mas que fez com que os inimigos do Equilíbrio conseguissem deter completamente os avances da Ordem. Algo que apenas servia para alentar os ânimos daqueles que buscavam em sua verdade destruir o balance do mundo.

Com a moral debilitada e o impasse no qual se encontravam surgiram, entre as filas, rumores de espiões e agentes infiltrados que alertavam aos inimigos dos movimentos da Ordem, em seu orgulho muitos acreditaram nisso, e apesar dos esforços de Mestres e Oficiais, a suspeita e a desconfiança carcomiam o espirito daqueles soldados. O massacre que se seguiu foi o pior revés na história da Ordem, e veio das pérfidas mãos de Justino Aurora, segundo de Apolinário Celestino.

Em meio à nevasca que caia naquela noite, os acampamentos da Ordem foram atacados quase simultaneamente. a voz do alerta tardou em fazer-se escutar o inimigo encoberto pela cortina de neve, ao abrigo do elemento surpresa, tingiu a alva de rubro. Muitos morreram naquela noite de meados de janeiro infestada pelo clamor das armas e a fúria das chamas que queimavam as tendas dos acampamentos.

Dos 120 Azures que haviam marchado ao norte naquele outono, apenas uma vintena veria o novo dia e cinco mais deixariam o mundo a causa de suas feridas antes do pôr do sol. Eleazar Sayyid apesar de gravemente ferido sobreviveria.

Enquanto isso, em todo o mundo conhecido, começara uma caçada aos Azures, forçando seus membros a ocultar-se e ainda assim, assassinatos, desaparecimentos e estranhos acidentes ocorriam naqueles dias de inverno.

Do outro lado do mediterrâneo, uma coluna de fumaça se erguia sobre um antigo templo na cidade de Alexandria, o trágico incêndio ocultaria muitas mortes e iluminaria a cidade por três dias até que finalmente as chamas cedessem.

Em um discreto ateliê de tecelagem em um pequeno vilarejo no interior da Toscana, um tecelão é encontrado morto por um dos aprendizes que ali trabalhavam. O corpo do tecelão estava preso às vigas do telhado por inúmeros fios, como se estranhamente houvesse caído em uma macabra teia de aranha gigante, os fios traspassavam sua carne sem vida. Seu sangue formava uma grande mancha avermelhada e terrosa, com a textura da leite coalhada. Na luz que ingressava aquela mancha no chão abaixo do corpo dependurado de Gennaro Pezzano Amatucci era uma pátina que de não ser tão terrorífica chegaria a ser bela. Na borda daquela mancha podiam-se ainda distinguir algumas palavras escritas com o próprio sangue. Mas dentre elas haviam três que pressagiavam um destino temível: "resta apenas uma".



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