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[RP Semi-Privado] As Terras do Ermitão

Yochanan


Sereno e sério o Prior adentrou a cabana, acenou com a cabeça para William e Bento que desjejuavam, Benas a um canto rezava uma prece silenciosa e Bettino alimentava aos cavalos já atrelados para partir assim que os passageiros estivessem prontos.

Yochanan caminhou até o quarto onde havia dormido Ava para ver se a jovem já se havia despertado. Encontrou-a vestindo-se e tomou um momento para observar-la discretamente. -se tão só os tempos fossem outros- pensou o Viana quando a jovem lhe fez um sinal. Ele se forçou a não exibir mais emoção que aquela que um pai dedicaria a uma filha ao ingressar ao quarto. Quanto menos ela estivesse envolvida com ele durante este período atribulado, menos males estariam sobre ela. Ele devia manter Ava afastada, pelo bem dela.

Ele tocou com gentileza as costas de Ava ao tomar os atilhos e atar o corpete, e lhe disse ao firmar o laço sobre o nó: -Não tardes muito, devem partir o antes possível. Já passaram muito tempo longe da cidade.

E sem dizer mais palavra virou-se e saiu do quarto.

Pouco tempo depois estava junto à porta da cabana vendo o coche partir. Viajariam por terra ao sul até Miranda, ali uma embarcação os estariam esperando para levar-los até uma pequena vila pesqueira nas margens do Douro, ali a um transporte estaria esperando para levar Ava até a cidade do Porto, e os demais seguiriam para o norte em direção ao Paço dos Arcanjos.

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--William_algrave


Após deixar Ava na cidade do Porto, e de recomendar todo o cuidado, William tratou de cumprir com sua parte na missão que lhe fora destinada. Assim, a carruagem tomou o caminho do Paço dos Arcanjos. Era lá que o corpo do suposto prior deveria ser entregue à família Viana para que lhe prestassem as devidas exéquias.

Era sem dúvida uma missão delicada, levando em conta o estado em que o corpo se encontrava. William esperava não ter que dar muitas explicações, mas se o tivesse, saberia como se portar.


Continua no Paço dos Arcanjos
Narrador_do_ermitao


Nas terras do agora ermitão Viana, o tempo passava com a lentidão própria dos dias sem horas. Mas ainda assim o velho Prior sabia que para além das fronteiras imaginarias daquele refúgio temporário o mundo se encontrava imerso nas caudalosas correntes da mudança. Ele demorou longos meses para perceber que se a Ordem como tal, se seguisse seu caminho acabaria por tornar-se um agente do desequilíbrio, e em sua busca por manter o Equilíbrio acabaria por destruir-lo. Agora a perda de tantas vidas pesava-lhe nos ombros e na alma, aquele pecado era seu e sua era a culpa das consequências que agora viviam.

O riacho de águas frias cortava o pequeno vale coberto de neve, nenhuma chama estava acessa naquela noite, apenas a lua minguante iluminava debilmente a paisagem enquanto o céu coalhava de estrelas. Trágica a forma que havia encontrado para livrar aquela que provaria ser a batalha mais difícil que alguma vez empreenderia. Aquela não seria uma batalha apenas contra os inimigos conhecidos, mas contra si próprio.

Havia chegado o momento de terminar algo que tivera seu inicio muitos anos antes no Casarão da família Viana em Aveiro quando ele a havia encontrado... o Prior sentado como um escriba da antiguidade em uma pedra saliente no meio do rio escutava a pequena cascata que caia junto a casa enquanto escrutava os céus em busca de um sinal...
Yochanan


Yochanan passou a noite em vigília, observou o trajeto das errantes e o movimento dos astros, viu a lua cruzar as constelações e abriu sua mente e seu espirito para flutuar nas correntes da trama dos mundos até encontrar o rastro daquele a quem buscava. Poderia ter feito a busca de form mais ativa, mas isso também significaria que ele teria deixado seu rastro e se exporia a ser encontrado, e aquilo era algo que o Viana não desejava naquele momento. Portanto desde que havia se recuperado ele fazia essas incursões, deixando-se levar pelas correntes do Fluxo, não agia ou deixava marcas, apenas se deixava levar como uma folha na superfície de um rio ou uma mente em devaneios.

Antes que a primeira luz da alvorada tingisse o mundo com sua dourada luz, naquela que era a hora mais escura da noite, o Viana despertou satisfeito, havia conseguido tocar levemente a consciência dele. Depositava sua fé que o Alvorado entenderia. Ele não poderia fazer muito mais além daquilo.

Sentia suas juntas rijas e seus músculos doloridos pelas longas horas de imobilidade no frio da noite invernal e levantar-se da pedra lhe arrancou um gemido de fatiga.

- Já não sois tão jovem, meu senhor Prior - disse a voz rouca que Yochanan conhecia tão bem e que produziu que um sorriso se abrisse em seus lábios. - Não deverias esforçar-os tanto ou vos vais exaurir. - completou Teodoro olhando para o Viana de pé sobre a pedra.

E ainda assim eu devo, Maese - ele fez uma pausa enquanto virava em direção ao herbolário. - Queiram os Nove que eu resista até que minha labor conclua, ou os juro que morrerei na tentativa.

O velho mestre herbolário assentiu, ele conhecia a determinação do Viana assim como a dor pela qual ele estava passando por ter que fazer o que tinha que ser feito. Ambos ficaram em silêncio apenas observando a água correr em seu leito, em torno à pedra sobre a qual Yochanan estava. Com o passo firme o Prior cruzou de um salto a distância que o separava da margem, e por pouco não perdeu o equilíbrio ao aterrissar no terreno úmido. Com um gesto da mão, já em terreno firme, indicou à Teodoro que entrasse na cabana.

- Irei preparar um pouco de chá para nós, e então me poderás contar sobre o que ocorreu no Paço em minha ausência e como minha filha está. - disse o Viana quando cruzaram o pórtico. Pouco tempo depois o ar tremeluzia sobre a chaminé, enquanto o sol despertava o mundo para um novo dia. Há quilômetros dali Carmelo liderava as tropas restantes da Ordem em direção ao Castelo de Portelo

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Alvorado


Nas noites escuras, sempre o que lhe acalentava era o brilho das estrelas. Era delas que vinha sua força e sua forma.

Naquele dia fora dormir cedo, já havia dias que algo o incomodava, e quando os primeiros raios de Sol entraram pela janela o despertando, ele abriu os olhos quase num susto. Levantou cuidadosamente para não despertar sua senhora que ao lado dormia...

-- Então é isso, meu Prior? É isso mesmo que quer?

Enquanto recebe os raios do sol em seu rosto, passeia os dedos pelo anel que usa - o anel de Citrino há muito entregue a si - sua mulher desperta.

-- Tudo bem, meu amado?

Ele sorri para ela e volta para a cama.

-- Sim, amor, tudo bem...

Mas ele sabia que essa não era bem a verdade.
Yochanan


Alguns dias se passaram. Em Portelo, Carmelo havia conseguido quebrar o cerco imposto por Justino Aurora, segundo ao mando de Apolinário Celestino, e salvo os quinze azures que se refugiavam lá. Agora as forças remanescentes da Ordem passavam as três vintenas e se dirigiam ao sul, Justino havia perecido no combate e seus subordinados, longe de seu jugo, debandaram de regresso ao norte ao perceber que não seria tão fácil acabar com os Azure.

Neste mesmo tempo Teodoro visitou o refúgio do Prior, levando noticias dos eventos que ocorreram desde a "morte" do Viana, e como sua família estava vivendo sua morte. Aquelas últimas noticias foram as que mais entristeceram Yochanan.

- Me entristece ter que fazer isso com a minha própria família Maese. - ele havia confessado ao velho herbolário.

- Sacrifícios são necessários meu senhor Prior, e é pela própria segurança deles. - Lhe respondeu a voz rouca de Teodoro.

- Eu sei, Maese, eu sei, mas ainda assim.

- Tire de vossa dor a vossa força para enfrentar este inimigo e então poderá retornar a eles.

- Mas será que eles me quererão de volta? Eu já lhes causei muita dor e sofrimento.

- Apenas o tempo revelará essa resposta meu senhor, mas fizestes tudo o que esteve ao vosso alcance para manter-los seguros, agora deves ter fé no Equilíbrio.

- Obrigado Maese. Agora devemos nos separar, vossa arte será inestimável para nossos irmãos presos em Portelo. E eu devo partir para o Porto. - ele suspirou. - O fim se aproxima.

- Não meu senhor, apenas um novo inicio.

A lua iniciava seu ascenso quando os dois se despediram uma vez mais diante da porta fechada da cabana. Seus caminhos se separavam ali, e a história avançava nos braços do Tempo...

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Yochanan


Viajou rápido e sem atrasos para o oeste, chegando ao Porto quando estava sendo batizado um novo barco no porto da cidade, e para lá se dirigiu esperando poder ter apenas um vislumbre de alguns de seus familiares, ou ao menos de sua irmã Vivian, quem ele esperava não faltaria a um evento desse tipo no porto no qual ela dedicou tantos meses de trabalho.

E ele desfrutou de ver-las a ela e a sua filha, ainda que na distância e brevemente, mas vê-las bem apesar de tudo lhe deu a força necessária para continuar. Mas foi no batismo de Rosinha que ele pode estar mais perto, talvez até mais perto do que seria prudente estar. Ele se manteve na capela lateral, participou da cerimônia dali, arriscando alguns olhares à nave principal. Viu Sissi, John, Vivian e Celly, viu Sancha e Imaculada, e Rosinha, a mistura de inocência e picardia no rosto da jovenzinha lhe lembrava o porque ele lutava.

Aquela mesma noite ele deixaria a cidade, já havia passado muito tempo ali, e não era possível postergar mais o que viria. Ele viajou até uma pequena vila de pescadores na costa portuense, e dali enviou uma mensagem clara e nítida pelo éter, uma mensagem que nem o pobre de espirito de Apolinário poderia deixar de perceber, até porque era uma mensagem direcionada diretamente a ele. - Estou aqui! Venha por mim, sozinho!

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--_narrador_


Aquela noite, Apolinário Celestino trancara-se em sua sala. No cômodo escuro apenas uma vela iluminava o aposento. Desde que ferira um dos olhos no combate com Letícia e William o homem usava um tapa-olho, mas o órbita vazia onde antes habitava seu olho ainda doía. Assim, era com um olho só que ele vislumbrava com a parca luz as linhas das cartas que recebera com notícias que ele julgara excelentes. Assim foi nas noites anteriores, mas naquela noite, seria diferente.

Tudo estava indo como ele desejava e enquanto lia, um sorriso de prazer se desenhava em seu rosto. Os azures caíam um a um, mas não era de boas notícias que aquela carta era feita, ao menos não para Celestino. A continuar a ler a carta, sua expressão mudou, e o sorriso metamorfoseou-se em um esgar de ódio. Uma dor lancinante se fez sentir na órbita do olho e ele atirou a carta ao chão. O cerco em Portelo fora quebrado e Justino Aurora morrera em batalha. Morrera aquele a quem Celestino considerava seu braço direito.

Enquanto se recompunha daquele revés, ele teve uma sensação estranha. Sua cabeça doeu ainda mais, e ele teve a sensação que um murmúrio chegava aos seus ouvidos.

"- Estou aqui! Venha por mim, sozinho!"

Ele sacudiu a cabeça como um cão raivoso que rejeita o jugo da corrente. Aquilo o perturbara. Por um momento ele julgou que aquilo fosse o espírito maldito do prior Yochanan chamando-o do além-túmulo. Diante desse pensamento, ele sorriu.

- Ah! Eu ainda irei ter contigo nas trevas do inferno. Mas antes vou terminar minha obra. Só lamento que não esteja aqui para ver a decadência que causei a todo que te rendia glorias.

Um de seus lacaios que lhe trouxe uma jarra de vinho olhou-o a falar com as trevas e tremeu parado a porta.

- O que fazes parado aí. Deixa-a sobre a mesa e saia.

Ele disse ao lacaio, aborrecido com seu olhar de medo. Sua aparência tornara-se ainda mais repulsiva, e a forma como o olhavam o zangava deveras. Culpa da meretriz maldita. Mas ela seria punida, nessa e na outra vida.
Yochanan


Passaram-se algumas horas, e o sol já se elevava no horizonte, enquanto o Prior auscultava o éter em busca de algum indicio de que Celestino viria por si. Despertou de seu transe balançando a cabeça de lado a lado. -Ao que parece terei que ser mais incisivo com este cabeça dura. - ele disse a si mesmo suspirando.

Ele olhou ao redor memorizando os traços daquela vila, escolheu como epicentro daquela imagem mental a praça da cidade com sua fonte e seu marco foral outorgado tantas décadas antes. Adicionou à imagem um sentido de urgência, um sentimento de necessidade dele estar ali naquele lugar o antes possível. Reuniu todos esses elementos em um único pensamento conciso e guardou-o.

Respirou profundamente e sentou-se, as costas apoiadas contra o marco foral, as pernas cruzadas, na posição do escriba ele fechou os olhos e enviou essa mensagem sem palavras à Apolinário Celestino. Ele esperava que com isso seu inimigo viesse a ele.

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--_narrador_


E Apolinário Celestino deitou-se, perturbado pela insistência do prior, aquele local cuja imagem lhe fora enviada mentalmente ocupou seus sonhos, que tornaram-se pesadelos. Havia em seus pensamentos um sentido de urgência, ele teria que ir ao lugar para o qual era convocado. O sentido daquele chamado o intrigava, era como um presságio mau que ele não conseguia evitar.

Como o sono não veio, por volta das dez badaladas ele chamou novamente um de seus lacaios e ordenou que lhe aprontasse montaria. Ele iria no meio da noite ao local para onde era convocado. Poderia ser uma armadilha ou poderia ser o chamado do seu triunfo. Ele seguiu com um séquito, mas em determinado ponto, pediu que eles lhe esperassem, e atendendo ao que a voz em sua cabeça dizia, ele seguiu sozinho, caminhando pelas trevas.
Yochanan


Ele esperava por Celestino sentado junto ao marco foral na mesma posição na qual havia estado quando enviou a mensagem à seu inimigo. A noite estava escura, encoberta por uma treva incomum que a tênue luz prateada da lua encontrava difícil de vencer. Ele o viu surgir das sombras, quase uma aparição surgida das profundezas do tártaro, sombra errante e maldita, cruzando para a praça parcamente iluminada pelo luar.

A cada passo dele as sombras pareciam aumentar, mas era apenas uma nuvem solitária que cruzava frente à lua ocultando sua luz, a primeira de uma tempestade que se aproximava no horizonte longínquo.

- Estava lhe esperando Estevão Lavre. Esta noite tudo terminará, de uma forma ou de outra. - o Prior disse, se levantando e desembainhando a espada que estava cruzada em seu colo. A lâmina brilhou com um brilho etéreo e mortiço ao capturar brevemente num lampejo o luar. Uma linha alva em contraste com o negrume das vestes de combate do Viana, uma armadura leve e justa contra o corpo que lhe permitia mover-se sem dificuldade e forte o suficiente para aparar o golpe de uma lâmina à curta distância.

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Estevão Lavre, roleplayed by Beatrix_algrave


E Apolinário deixara o cavalo e caminhava pela praça deserta como um naufrago à deriva, procurando um remanso. Ao ouvir seu nome verdadeiro, seus olhos se fixaram no vulto que surgia através das sombras. Há muito que aquele nome não era dito e soou estranho aos ouvidos que o receberam. O olho único de Lavre vislumbrou a figura sombria do prior. Era como se através das sombras ele tivesse chegado ao recôndito de um de seus pesadelos. Enquanto desembainhava a espada, um sorriso torto como um esgar tomou os lábios do homem.

- Temia que esse encontro nunca ocorresse. Que do inferno para onde foste enviado não pudesse vislumbrar a minha obra. Queria causar-te dor, ferir a Ordem maldita que virou as costas ao meu pai. Percebo que meu trabalho não foi em vão.

Ele dizia, aproximando-se de maneira lenta e pensada, escolhendo os passos, cercando a presa antes do ataque.
Yochanan


Terrível é a sombra que recobre vossa alma jovem Lavre. - disse o Prior, o som da lâmina deixando a bainha claro e cortante contra o silêncio sepulcral da noite. - És filho de meus pecados, mas não por isso deixas de ser responsável pelos vossos atos. Ainda que em parte servistes mais à Ordem do que imaginas, então não, vossa labor não foi em vão ainda que não percebas o alcance que ela teve. - Ele caminhava fazendo um grande círculo em torno à praça e à Estevão, a lâmina da espada baixa junto ao corpo, a ponta quase roçando as pedras que calçam o piso da praça.

- Mas a Ordem jamais virou as costas ao vosso pai, pois ele morreu servindo um ideal, um propósito maior que ele, maior que todos nós, assim como morreram muitos, antes e depois dele. - disse o Viana, a voz clara e serena deixava entrever tons de cansaço, não físico, mas espiritual. - Mas não te iludas menino, pois "Vossa Obra" da qual tanto te orgulhas - ele disse com um claro tom de ironia nessas palavras. - Não é tua, mas és apenas uma ferramenta de forças mais antigas que a própria Ordem. - Ele concluiu sorrindo, procurando vislumbrar na parca luz as expressões de Estevão às suas palavras.

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Estevão Lavre, roleplayed by Beatrix_algrave


As palavras do prior parecem atiçar ainda mais a nuvem de ódio, negra como fumo que paira sobre a alma de Estevão.

- Não subestime minhas obras, caro prior. Ao contrário de meu pai, não me vejo cumprindo desígnio algum que não o meu próprio desejo. Se erro é por minha vontade não para o torpe deleite de um plano traçado por outrem. Meu pai foi um tolo, sacrificou-se por nada, morreu por palavras vãs. Se eu morrer aqui será pelo fogo do meu desejo de vingança e nada mais. Contudo, minha desgraça se perpetuará. Não serei esquecido facilmente.

Ele ia dizendo tais palavras inicialmente com calma, até sua voz tornar-se áspera e feroz. ao final desferiu um golpe de espada com violência contra o prior, entretanto, o aço encontro apenas o aço. A espada de Estevão era a mesma de seu pai, sua herança natural. Ele afastou-se pronto para um novo ataque, presumindo uma defesa mas buscando um ponto fraco na guarda de seu inimigo.
Yochanan


O Prior sorriu ante as palavras de Estevão, e ainda sorria quando aparou o golpe que ele desferiu contra si, um golpe torpe com mais força e brutalidade que habilidade e destreza.

Ambas lâminas vibraram com o embate e o tinir do golpe ressoou na noite escura como um sino bem afinado. Estevão se afastou novamente e a dança recomeçou. Ambos caminhavam agora em circulo ao redor do outro, em uma dança sem música além do eventual golpe de aço contra aço.

-És um tolo, Estevão, se pensas isso. Vosso pai sacrificou-se por uma causa maior que ele, e ele deu sua vida para que hoje existisse, em vossa dor perdestes o teu caminho e agora não passas de um Destruidor. De um agente do Desequilíbrio. Não podes ver não é Estevão? És apenas um cordeirinho em pele de lobo. Uma marionete que se crê gente. Um tolo perdido entre os Espinhos da própria dor. Sinto pena de ti, pois apenas serves um propósito que nem conheces. - Dizia o Viana calmamente, sem levantar a voz, enquanto caminhava observando ao inimigo, seu ódio seria sua força e sua perdição.

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