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Acampamento medicinal de guerra

Moritz
Delírio



Moritz escuta uma voz e abre os olhos. Estava escuro e parecia chover. Levanta-se rapidamente. Não sabia onde estava mas, conseguia ver o contorno de casas e imaginou está na povoação.

- Moritz!

Ouve seu nome novamente, mas não reconhece a voz. Tenta falar mais não consegue. Yo estare a sonhare, pensa e segue andando.

- Moritz!

Consegue ver uma mulher a sua frente. Segue-a. Esperare per favore! Não sai som da sua boca. Acelera os passos e com um impulso consegue segurar o braço da mulher que se vira. Era Rhyannon, o rosto ferido quase irreconhecível. Mas era ela e Moritz grita.


Moritz abre os olhos confuso. Ofegava e sente seu corpo todo se contrair. Era dor, uma dor muito forte e dilacerante. Olha para a mulher a sua frente. Segurava o seu braço firme. Olhando-a nos olhos junta forças para falar.

- Ayudare....ayu...dare Rhyannon! Per...favore!

Soltando o braço da mulher cai pesadamente na cama, desacordado.
--Criado_betuel


Betuel seguia novamente para a povoação. Não sentia mais medo. Sentia pena do patrão naquele estado. Ao chegar ao local é reconhecido por um meliciano que o viu anteriormente. O homem o chama.

- Temos mulheres aqui feridas. Leve-as para onde tem levado os feridos.

Betuel segue o homem. Ver mais gente feridas sentadas. Num canto estavam algumas mulheres. O homem passa adiante e lá estavam duas mulheres estiradas e uma delas reconhece rapidamente. Era Rhyannon a noiva de seu patrão.

- Por Jah que vivi!


Betuel fica paralisado olhando.

- Vamos me ajude a tirá-las daqui. Elas precisam de cuidados!

Betuel se move e ajuda a levá-las. A carroça pequena consegue acomodá-las bem. O homem tras uma manta e as cobre.

- Essas são Rhyannon e Sbcrugilo duas nobres guerreiras desse reino. A vida delas estão nas suas mãos rapaz. Agora vá...salve-as!

Betuel sai novamente dalí, agora mais amargurado que a primeira vez. Parecia voar enquanto seguia para o acampamento.
Sbcrugilo


Sb, que havia sido dada como morta, desperta por alguns momentos da insanidade que vive. Sente as dores lacerarem seu corpo e amaldiçoa a Guerra... Nota que a seu lado está um outro corpo ensanguentado, mas não reconhece e a dor a faz desmaiar de novo

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http://sbcrugilo.com.br/
Rhyannon
O corpo lhe queimava com uma calor intenso, mas não se lembrava de se aproximar de nenhuma fogueira. Ao tentar levar a mão a testa para limpar o suor q sentia impregnar a pele e os cabelos sente os braços entumescidos e não consegue move-los. Será que fora atada a uma fogueira? Sempre pensou que uma hora alguém ainda a acusaria de herege pelos cultos que por vezes fazia a Deusa na taberna do povo, mas não recordava de nada até que Corisco invadiu o moinho no dia anterior...Por Jah! O Exercito!

Tenta mais uma vez se mover e uma dor lancinante a atinge no ombro e na lateral do corpo. Tenta abrir os olhos, mas não consegue e é tragada pela escuridão novamente.

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--Criado.juliano


Juliano ajudava trazendo e levando os feridos, bem como transportando os suprimentos. Enquanto terminava de montar mais uma barraca para acomodar feridos, assusta-se ao ver que as mulheres trazidas eram a marquesa Sbcrugilo e a baronesa Rhyannon.

- Oh Jahzinho, que a menina sobreviva, por favor! - rezou baixinho enquanto ajoelhava-se ao lado do corpo dela por uns instantes. Desesperado, sai em busca das médicas, com uma anotação mental de que precisava mandar avisar a patroa e buscar o biruta do Corisco para ele ajudar.
Sissiedelweiss
Sissi estava cuidando dos feridos, e cada vez chegavam mais.. Mas uma leva lhe chamou atenção, eram duas mulheres..
Aproximou-se para ver quem eram.. Quando viu suas pernas travaram. Era sua prima Rhya e sua tia amada Sb.. Não sabia mais o que fazia, se chorava ou se pedia socorro... haviam passados segundos e que pareciam horas.. Ate que novamente teve domínio de si.
Ao ver Juliano ao lado de Rhya, fala:
- Vamos acomoda-las neste nova tenda. Chame Leonor, vou limpa-las para facilitar ver a gravidade dos ferimentos.. E que Jah esteja com elas..

Sissi começa a limpar aquelas duas pessoas que faziam parte de sua família, que amava tanto, pensou na tia Amber, em Charlotte. Chronnos e tio Horacius, em seus primos na França, em tio Goblins.. E as lagrimas não paravam de rolar de seu rosto.. Mas continuava limpando as duas e fazendo compressas de água para baixar a febre..

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"O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um descontentamento descontente.. É dor que desatina sem doer"
Leonor_telles


Leonor estava a terminar de acomodar mais 2 feridos que tinham sido trazidos em braços por soldados, vindos de Alcobaça. Estavam tratados e agora só o tempo e com a ajuda de Jah eles poderiam recuperar. Enquanto isso, apercebe-se da chegada de outra carroça que transportava mais feridos….Leonor olha para si e, apercebe-se que seu vestido estava todo manchado de sangue, sujo de terra e molhado das pastas curativas que ia colocando nas feridas abertas dos militares moribundos!!

Nisto, chama a sua atenção uns choros abafados e uns movimentos mais familiares e, a passos largos, aproxima-se de Sissie e do criado Juliano. Sente suas pernas a tremerem e um aperto no coração como temendo quem ia ver….Guerra no reino, cidades próximas, tanta gente conhecida, era previsível que a cada rosto aparecesse um familiar, um amigo, um amigo de nosso amigo!!! Mas nunca se está preparado para isso! Apesar de termos consciência de que é o mais provável acontecer, estamos sempre na expectativa de que não vai acontecer!!!

- Oh, Jah…não permitireis!! – pensava Leonor enquanto se aproximava dos feridos….seus olhos deparam com uns cabelos longos e ondulados….essa cor era-lhe familiar. Sente os olhos a encherem-se de água e sua visão fica turva!! Mas isso durou só por uns instantes!! Limpou os olhos ao longo da manga e abriu caminho entre Sissie e o Juliano. Rapidamente observa suas amigas Sbcrugilo e Rhyannon. Entre gemidos conseguiu avaliar a gravidade dos ferimentos. A situação era muito grave. Grita a Karlin uma série de pedidos de material e unguentos curativos e começa a fazer os curativos com uma destreza que ninguém poderia pensar que, momentos antes, se tinha emocionado a pontos de quase chorar!!

- Maldita guerra!! – vociferou como querendo arrancar de seu peito a raiva que lhe criava ver tanto sangue derramado!!

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Karlin
Aflito, lá vai chegando os instrumentos cirurgicos, pensando alto.
Que pena não ter acabado a disciplina de primeiros socorros, ainda está quase no inicio. Faz uma promessa a si mesmo, logo que a guerra acabe vou acabar o curso o mais rapidamente possivel.

Tanto sangue, tantos feridos e pensa para si.

Afinal porquê esta horrivel guerra?

Olha para a Sissie e decididamente arranja ainda mais coragem para enfrentar toda esta nova situação.

- Espero bem que estes desaparafusados que começaram a guerra caiam em si e retirem para o seu canto Gritou alto e furioso.
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Hiroshima


Hiroshima estava na Taverna de Coimbra quando entram alguns forasteiros procurando estalagem para dormir...

Falavam entre eles dos feridos que encontraram pelo caminho desde de Alcobaça até Coimbra. E como estes estavam a ser tratados por médicos numa colina perto das portas da cidade.

Hiroshima ao escutar isto, saltou da cadeira, pagou ao taverneiro e correu o mais que conseguiu para casa. Depois de um banho rápido, tomou a mala de médico, subiu ao cavalo já preparado e partiu ao encontro do desconhecido.

Na viagem curta, pensava:

- Uma coisa é defender a cidade no exercito como tenho feito. Outra é ser ainda mais útil ajudando os que estão feridos. Defender e curar. Defender e curar... dizendo para ele mesmo, em modo de oração e motivação.

Mal passa as portas da cidade para o lado de fora.... pensa...
- Como médico, vá Hiroshima, onde estabelecerias um acampamento... hum... só pode ser naquela colina onde o ar fresco circula melhor...

Galopando ferozmente, chega junto de um conjunto de tendas super organizadas, e embora a agitação dos que se moviam de um lado para o outro, percebe a harmonia das coisas e como tudo tem sentido...

- Com quem posso falar para ajudar? Diz Hiroshima a um soldado que descansava ainda coberto de gotas de sangue e mergulhando num cansaço enorme.

- Meu Senhor.... Mais feridos vão chegar em breve... ahhhh!!! Sabe onde posso beber água? ahhhhh!!! Sei que uma médica tratou um dos meus amigos. Ai!!!! Procure-a ali ... ahhhhh! mais à frente... hum!!! e se encontrar água, por favor traga, estou cheio de sede....

Hiroshima prontamente desce do cavalo, retira a água que trazia e dá ao soldado agradecendo as respostas dizendo para ele descansar... parte de súbito para o interior do acampamento...

Hiroshima aproxima-se de uma donzela elegante... e diz:

- Senhora, só podeis ser vós..

Desmontando do cavalo, coloca-se de joelhos e diz:

- Hiroshima Kalfani Torre, Senhor do Magis, ao seu serviço. Por onde devo começar?

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Leonor_telles


Leonor vê um jovem montado, bem parecido, dirigir-se a si deste modo:

- Senhora, só podeis ser vós... - depois desmonta do cavalo e prossegue colocando um joelho na terra - Hiroshima Kalfani Torre, Senhor do Magis, ao seu serviço. Por onde devo começar?

Hiroshima .....Hiroshima...este nome não era estranho!! Claro!! Este jovem tinha ingressado recentemente no Instituto Hospitalar Português!!

- Caro jovem, levante-se e agradeço desde já a sua disponibilidade. Aliás toda a ajuda é bem vinda!!

Entretanto vem um gemido forte e o jovem corre logo para socorrer...

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--Altai
ooc: trilha sonora para a leitura ^^ https://www.youtube.com/watch?v=-EQ6eHeBrhM&spfreload=1




O grupo chegava do norte na fria manhã, suas longas capas de viagem negra fazia com que seus corpos informes se recortassem como aparições sombrias na bruma que se erguia ao rás do solo na manhã fria de outono.

A guerra havia chegado ao Reino de Portugal, o metal tinia contra o metal, rios de sangue corriam na fronteira sul de coimbra, homens e mulheres lutavam para proteger suas terras dos rebeldes invasores.

Três dias se passaram desde que o grupo partira em direção ao sul, em seu meio duas pesadas carroças cobertas eram puxadas por bois e seus eixos chiavam enquanto giravam as rodas pelo caminho. Aos olhos alheios, aquela coluna de dez homens de fundo e quatro de largura que marchava a um passo marcial, acompanhando o andar das carroças, vestidos de negro com os rostos cobertos pelo capuz de suas capas e empunhando longos bastões de madeira escura e nodosa, compunha uma verdadeira visão. Evitavam os caminhos principais e percorriam o terreno entre os bosques, vales e colinas do condado coimbrense.

Até que na alvorada do terceiro dia desde a sua partida chegaram ali onde o Prior os havia enviado, um acampamento médico onde eram levados os feridos nas batalhas que se lutaram nas terras de Alcobaça.

Havendo ali chegado um dos que guiavam a coluna se separou desta em direção ao centro do acampamento em busca da pessoa a cargo. Um olhar atento revelaria a Cruz dos Altai bordada branco sobre o negro fundo do corpete da jovem que caminhava levemente sobre o terreno.

Os olhos amendoados de um pálido verde ressaltavam contra a pele bronzeada do rosto da jovem, suas feições eram harmoniosas, nenhuma particularmente bela em si mesma mas o conjunto resultava muito agradável. Os seios médios pouco ressaltavam nas vestes soltas como o hábito de uma freira, mas a cintura estreita estava marcada pelo cinto do qual pendia uma adaga em sua bainha. Sapatos cômodos e baixos completavam a estoica vestimenta.

Ao encontrar a encarregada do acampamento, ela se apresentou:

- Saudações minha senhora, meu senhor Prior nos enviou aqui para auxiliar-lhe no que lhe seja preciso para cuidar dos feridos ou dar a paz aos que não resistirão. - a voz da jovem não poderia ser mais comum, mas havia algo em seu falar que expunha os profundos saberes que ela detinha. - Podes me chamar Jordana. - Ela disse retirando o capuz. Seus cabelos escuros e cacheados tinham o brilho da seda na luz do sol nascente. - Trouxemos mãos capazes e provisões e estamos ao vosso serviço. - Ela completou fazendo uma vênia com a cabeça.
Moritz
Delírio



Moritz desperta novamente, novamente estava num lugar que parecia um vilarejo. Ainda choviscava. Levanta-se com dificuldade. Sentia uma dor forte nas costas. Ao tocar o lugar não havia ferimentos. Acha estranho. De pé, sente um forte latejar na cabeça que o faz fechar os olhos fortemente. Wo bin ich?

Confuso, fica a se perguntar onde estava. Lembra de ter visto Rhyannon e grita por seu nome, em vão. Não tinha absolutamente ninguém alí.

Caminha perdido na escuridão por entre ruas e casas vazias até chegar no que parecia um campo. Bem ao longe via uma casa e tentando mirar bem os olhos, nota uma luminosidade em uma janela. Segue para lá. Caminha ignorando as dores que sentia até tropeçar em alguma coisa e cair. Ao olhar para tras percebe que era uma pessoa, um corpo de alguém que já estava ali dias. Levanta com o susto e se depara com uma visão amendrontadora. Por todos os lados via-se corpos. Homens e mulheres que pareciam ter sidos mortos em uma batalha.

Paralisado alí, consegue se lembrar. O lugar estava diferente mais sabia onde estava. Não via-se mais luta só silêncio. Volta a caminhar deixando para tras os corpos caidos. Começa então uma busca desesperada.

Bitte nicht...

Implorava para não a achar alí. Que ela estivesse viva e bem em algum lugar. A casa começa a ficar mais próxima e a luz da janela começava a ficar mais forte e mais reluzente. A visão de sua morte começa a lhe atormentar.

Estava chegando com um pequeno grupo para a guerra que tinha se formado na casa do povo. Sabia que não iria conseguir impedir Rhyannon de participar naquele guerra. Durante todo um dia não tinha ainda lhe encontrado. Durante a noite recebe a informação de que ela estava por alí próximo e vai procurá-la. Sorri aliviado ao vê-la de longe em outro grupo a proteger uma barricada. De onde estava conseguia ver bem o lugar e nota que o pequeno grupo de Rhyannon estava em desvantagem em relação ao que se aproximava deles. Moritz corre mais não a tempo de ajudá-los. O grupo invasor se livra da barreira e ataca ferozmente o grupo de Rhyannon. Moritz apavora-se ao ver de longe três lutarem contra sua amada e a ferí-la. Tudo que ver antes de levar uma forte pancada na cabeça é Rhyannon caída ao chão. A visão de seu corpo virar-se inerte.

Tudo o que conseguiu dizer antes de sentir a espada invasora nas costas foi um "nein" de desamparo e ódio. Sem forças é tragado pela escuridão.

Se aproxima da casa e agora percebe que era a casa do povo. Seus muros estavam caidos e a luz que vira era apenas o que restara do fogo em uma janela. O silêncio parecia gritar em seus ouvidos. Lembra-se de onde tinha visto Rhyannon e solta um grito silencioso e abafado quando a ver caida ao chão.

Ajoelha-se diante dela e a vira segurando-a em seus braços.

Nein...bitte, bitte nicht!

Rhyannon não se movia. Seu rosto parecia calmo e sereno.

Bitte, du bist alles was ich habe! Bleib hier, bitte!

Lágrimas escorria por seu rosto enquanto implorava para que Rhyannon estivesse viva e que não desistisse.


Uma febre toma conta do corpo de Moritz. Fica agitado repetindo continuamente

Bitte, bleib hier!
Hiroshima


Hiroshima tinha passado a noite em serviço no acampamento médico, nos arredores de Coimbra. Ajudou imensa gente... que perdeu a conta.

Pediu permissão para a abandonar o acampamento a Dona Leonor_telles para ir descansar um pouco em sua casa. Esta prontamente lhe disse:

- O mandarei chamar assim que chegar um novo grupo. Também eu vou descansar. Traga alguns mantimentos da cidade, por favor.


Antes de ir a casa passou na Igreja da povoação... para descansar o espírito...
Foi então que estando lá, surgiu uma personagem (Tobias) vindo do acampamento, pedindo para Hiroshima regressar com urgência, a pedido Dona Leonor_telles. Um grupo tinha chegado com feridos e alguns para a ajudar a socorrer os que ali vinham.

Hiroshima, sem descansar voltou ao acampamento. Passou no mercado e adquiriu 10 sacos de trigo, mais 10 pedaços de carne, mais alguns mantimentos de enfermagem e voltou ao acampamento.

Já fazia 38 horas que não dormia... mas no seu sangue corria um amor sem igual por Coimbra... Mal chegou ao acampamento entregou os mantimentos na tenda dos mantimentos e voltou-se para os feridos que aqui e ali se encontravam.

Não imaginava que era um grupo tão grande. Pensava Ele.

Depois de ajudar aqui e ali, colocando e limpando algumas feridas, enquanto mudava de tenda, deparou-se com uma menina pequenina e inconsciente no cimo de uma carroça. Parecia até que alguém a tinha esquecido ou dada como morta...

Hiroshima sentiu a pulsação fraca da bebé e a levou para uma tenda... colocou-a sobre uma espécie de cama, fez alguns curativos e a deixou descansar.



Pensava sobre os horrores da guerra... será que ela sobrevive? como irá viver depois? tão só e sozinha no mundo.... esta guerra já cansa. Quando virá a paz...?

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Phoenorix


Phoenorix chega à cidade escoltando uma carroça carregando feridos, quando esta pára ele olha em volta e repara que o número de feridos é muito maior do que imaginava,

O ambiente estava pesado, o cheiro a sangue e desinfectante pairava no ar, ouvia-se gritos de dor e gemidos por todo o lado, várias pessoas corriam de um lado para o outro, ajudavam em tudo o que podiam, muitas delas mesmo não sendo cirurgiões barbeiros ajudavam noutras tarefas, desde o desinfectar tiras de tecidos para ligaduras até o segurar dos doentes que precisavam de cirurgia.

Todos pensavam o mesmo, "maldita guerra", lia-se muito bem nos seus rostos, a frustração e revolta inundava o ar juntamente com todos os odores.

O carroceiro faz-lhe sinal e Phoenorix ajuda a transportar os feridos nas macas.

Transportar os corpos parecia uma tarefa fácil comparada com a de todos os outros, "há quanto tempo esta gente não dorme?", perguntou-se mentalmente, "não há tempo para descansar, não, senão quem é que irá fechar os rasgões na carne deste homem? ou cortar o braço do daquele antes que infecção se espalhe? Eles não têm esse luxo."

Quando se aproximou da carroça para transportar o último ferido o carroceiro faz sinal:
- Está morto, não aguentou a viagem, leva-o para aquele lado e enterra-o numa das covas feitas.
- Não o devíamos transportar para ser enterrado na terra dele? - Perguntou Phoenorix.
- Este infeliz é um ninguém, não tem família ou alguém que o chore, deve ter sido um dos muitos recrutados à ultima da hora, aposto que nem arma trazia.

Phoenorix pegou no defunto, enrolou-o num lençol e colocou-o à sombra, depois despiu o manto, retirou a espada da cinta e passou a hora seguinte a cortar ramos para fazer uma "cama" de lenha.
Colocou lá corpo com a cara virada para o céu, tirou dois cruzados da bolsa e colocou-lhe nos olhos, numa fogueira apagada à horas, passou com os dedos na cinza e desenhou um símbolo na testa do defunto, depois disse umas palavras e por fim deitou-lhe fogo.

Vestiu-se e passou uns dez minutos a olhar para a fogueira, disse mais algumas palavras voltou ao acampamento.
Leonor_telles


Leonor estava a tratar de um ferido que tinha vindo a arrastar-se de Alcobaça até ao acampamento, sozinho, quase sem forças, ensanguentado, uma ferida exposta na coxa esquerda sem contar cortes menores de espada que se espalhavam por diversas partes do corpo, incluindo a face.

Nisto, sua irmã gémea, Vst, veio chamá-la, murmurando que se aproximava um grupo de pessoas com capas com capuz preto, duas carroças cobertas puxadas por bois, uma jovem com a Cruz dos Altai bordada ....Leonor não estava a perceber nada!! Pediu a Vst que terminasse de cuidar do ferido e veio cá fora do acampamento ver quem tinha acabado de chegar.

Vê uma jovem vestida de forma simples mas a rigor, e no seu corpete realçava a Cruz dos Altai. Pendia dos seus ombros uma capa negra. Assim que se aproximou o suficiente foi logo falando:

- Saudações minha senhora, meu senhor Prior nos enviou aqui para auxiliar-lhe no que lhe seja preciso para cuidar dos feridos ou dar a paz aos que não resistirão. Podes me chamar Jordana. Trouxemos mãos capazes e provisões e estamos ao vosso serviço.

Leonor retribuiu a vénia humildemente e respondeu:

- Sejam bem vindos! Estamos à mercê de ajudas de uns e outros, todos em prol dos feridos e moribundos da guerra. Estávamos mesmo a precisar do apoio moral e do clero. Sintam-se à vontade e recomendaria que começassem pela ala sul, a tenda maior, onde se acumulam os moribundos e os sem esperança de recuperarem das atrocidades da guerra. Só hoje tivemos 4 amputações de membros inferiores. A febre e as infecções têm vindo a crescer de forma estrondosa. Estamos a ficar sem os bens essênciais tais como água potável. - entretanto fez sinal a Jordana que a acompanhasse e continuou - venha, vou mostrar-lhe o acampamento.

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