[RP] Baile de Natal e Ano Novo de Braga

Após a abertura oficial feita na praça da cidade pelo prefeito Fitzwilliam e com a presença do Coral de Natal e de convidados da Coroa Portuguesa, entre eles o próprio rei e a rainha consorte, o salão do Baile foi finalmente aberto. Ali deveria se realizar o Baile de Natal e Ano Novo de Braga, do ano de 1464. Era um momento para proporcionar lazer e diversão a população da cidade.

Tratava-se de um amplo galpão decorado com motivos natalinos, como guirlandas e arranjos de flores, além de bandeiras coloridas e castiçais enfeitados que iluminavam o salão. Ali continuariam a ser servidas comidas e bebidas típicas, entre eles bacalhau à Narcisa, papas de sarrabulho, rojões de porco, canecas fumegantes de caldo verde, além das suculentas batatas alouradas e tigelas de arroz de Braga, com frango e linguiça.

O cheiro da comida sentia-se logo ao lado, pois o galpão armara-se bem perto das tavernas que serviam os deliciosos quitutes aos visitantes. Alguns vendiam-se também nas barracas ali perto na praça.

A boa música, a boa comida e a alegria da dança ajudavam a espantar o frio da noite. Ao lado do salão de dança uma mesa de acepipes foi disposta.

Aqueles que iam adentrando o salão de baile podiam escutar os primeiros acordes das melodias que animariam a noite executada por um grupo de músicos habilidosos.

Abertura do Baile

Saltarello Trotto

O prefeito ao terminar de falar na abertura das festividades desceu da plataforma, que estava ao lado fonte, que ficava no centro da praça da povoação de Braga.

A noite ia esfriando e todos se direcionavam para o salão.

Fitzwilliam foi em direção a Beatrix. Enquanto caminhava no rumo da ruiva e a via de longe lembrou-se do primeiro baile que foram juntos. Boas lembranças passavam por sua cabeça naquele momento. Ele se achegou e aproximando-se falou direcionando para Beatrix:

- Dama Beatrix? Gostaria de me acompanhar ao Baile?

Ele falou e fez uma vênia como se não a conhecesse, para brincar com a ruiva.

Os festejos de Braga em comemoração ao natal e ano novo eram tudo que se ouvia nos últimos dias e isso animou Nicollielo a viajar para Braga a negócios, ele imaginava que seria um ótimo momento.

Já em Braga Nicollielo estava indeciso se iria ou não a festa – Já estou velho, esta muito frio la fora, talvez seja melhor ficar por aqui – Porem a alegria em que a povoação se encontrara deixou Nicollielo com mesmo sentimento, um sentimento mais jovial e o espirito de festas o toma novamente! Durante a tarde, por estar cansado da viagem e também ser acostumado a dormir cedo, Nicollielo acaba dormindo durante a tarde e acorda somente no horário da festa, apressado, ele se apronta, veste seu grande casaco, ótimo para dias como aquele e vai para a praça da cidade, local onde ocorreria a festa.

Como já era de se esperar, ele estava atrasado novamente, a caminho ouve o som de alegria, as conversas, musicas natalinas e o cheiro da comida que fazia com que Nicollielo andasse ainda mais rápido.

Em primeiro ponto a beleza exuberante do lugar lhe chama atenção e em segundo o movimento, os que estavam sentados se levantam e todos vão em direção a um galpão – Será que cheguei na hora certa? – Pensa Nicollielo e segue o fluxo de pessoas até adentrar o salão do baile, lá se serve fartamente de boa comida e aguarda sentado o inicio do baile.

Beatrix sorriu e respondeu a vênia, agindo condizente com a brincadeira.

- Claro que acompanho caro prefeito, a musica já começou e precisamos abrir esse baile em grande estilo.

Ela disse e deu o braço ao seu amado esposo. Estava radiante de felicidade. Era o primeiro baile que ela e o esposo organizavam em Braga.

Assim que chegaram ao meio do salão, ela fez uma vênia para Fitz e aguardou que ele conduzisse a dança que principiava no salão agradavelmente iluminado.

Após a abertura oficial das festividades na praça da cidade, os presentes seguiam para o local do baile. A animação e o espírito festivo da cidade eram contagiantes e Aren decidi participar também do baile.
Adentra o local fascinada com a linda decoração e envolve-se ainda mais com a festividade da cidade. Logo avista o local onde servia-se a bebida e dirigi-se até lá para apanhar uma bebida e provar um dos deliciosos quitutes enquanto procura algum rosto conhecido para conversar.

Beatrix caminhava pelo salão com Fitz. Ao ver seu cunhado Samuel, ela acenou sorridente. Ela deu a mão ao esposo, e fez uma reverência e começou a dançar com ele um animado saltarello e em seguida o grupo de músicos já executava uma música mais lenta, a Branle de la Torche que andava fazendo sucesso nos bailes pelos reinos próximos e em seguida a La Canarie, ambas de um compositor bastante famoso no Sacro Império.

Beatrix sorriu e continuou a dançar com seu amado. Seus movimentos eram graciosos, ainda que fizesse um certo tempo que não dançava em um baile como aquele, pois há coisas que não se esquece tão fácil, e Beatrix amava dançar.

- O senhor é um dançarino magnifico, fico realmente honrada.

Ela comentou e sorriu, ainda dançando e se divertindo com Fitz. No salão outros casais dançavam e alguns comiam e bebiam da farta mesa.

Fitzwilliam seguia Beatrix pelo salão. Acenou também para seu irmão e cunhada e sorrindo piscou um dos olhos para Samuel, lembrando dos tempos da juventude.

Já fazia um longo tempo que não dançavam. A muito tempo Fitzwilliam não ia a um baile. Ele retribuiu a reverência e acompanhou a ruiva na animada dança. Era um momento de descontração e apesar da timidez Fitzwilliam não deixou de naquele momento aproveitar a companhia de sua esposa. Anos difíceis se passaram e aquele momento revigorava suas forças.

Ele sorriu para a forma como sua esposa continuava a brincadeira. Olhando em seus olhos e acompanhando o ritmo da música ele disse saindo um pouco da brincadeira:

- Eu me apaixonaria por ti quantas vezes fosse necessário.

E voltou ao tom da brincadeira.

- A honra é toda minha senhora.

- E eu é claro muitas vezes sucumbiria aos seus encantos e retribuiria essa paixão.

Beatrix sorriu para o esposo e prosseguiu com a brincadeira.

- Onde já se viu! Uma festa tão bonita e animada sem um bom vinho? Senhor prefeito, quando vai liberar aqueles barris do famoso vinho dos Henriques.

Ela disse após uma nova reverência ao final da dança. Beatrix estava realmente muito feliz e animada naquela noite e parecia não se intimidar apesar do frio que só não chegara em sua plenitude ao salão de baile por conta da lareira de pedra que fora montada ao centro do salão e que esquentava os que ali se encontravam para desfrutar da festa.

A noite fria parecia não entrar no salão que era aquecido pela lareira e os presentes que dançavam e confraternizavam.

Fitzwilliam sorriu para sua esposa ao ouvi-la declarar seus sentimentos de paixão por ele.

Ao fim da divertida dança Beatrix perguntara pelo famoso vinho dos Henriques.

- Ora, mas já deveriam estarem servindo! Vamos, pegarei um pouco para nós. Realmente com a mudança e o trabalho intenso na Casa do Povo não tem sobrado tempo para apreciar uma boa bebida.

Ele pegou a mão de Beatrix e a conduziu entre os outros casais que dançavam até as bebidas. Atravessou por entre algumas pessoas que tinham como único divertimento beberem as deliciosas bebidas que eram servidas aquela noite. Eles foram direto ao barril do vinho da família e serviu dois copos para ambos.

Ele aproximou o copo de seu rosto para sentir aquele aroma, fechando o olhos ele viajava no tempo e boas lembranças invadiam sua memória a medida que bebia o vinho.

- Como é bom sentir esse sabor de... casa. Agora sinto-me mais em casa do que nunca!

Ele sorriu e fez um brinde junto de sua esposa:

- Ao nosso novo lar!

Fitzwilliam se divertia com sua esposa, família e amigos. Era um momento de grande paz. Algo que a família necessitava. Longos e árduos anos de trabalho haviam passado e eles precisavam desse ar suave de tranquilidade. O norte até o momento fazia bem aos Henriques.

- Ao nosso novo lar, meu amor.

Aquele era o primeiro Natal em Braga e aquela festa tornara o momento bastante acolhedor.

Depois de desfrutarem do baile e do banquete, aos poucos o salão ia esvaziando. A festa prolongou-se por boa parte da noite.

Já cansada, Beatrix propôs retornar para casa com seu esposo Fitz. Aquela havia sido uma festa de Natal maravilhosa. Ela rezava a Jah que muitas outras como aquela se sucedessem.