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[RP] Sabá de Mabon no Porto

Atilia




Atília chegou ao entardecer acompanhada de duas jovens para preparar a festa de Mabon, a segunda celebração da colheita. A celebração marcava o início do outono e era muito importante para os adeptos da fé druídica, e há algum tempo Atília havia criado um círculo druídico no Porto. Normalmente os rituais aconteciam em um bosque mais fechado. Mas dessa vez o fariam próximo a um pomar. Àquela hora já não devia ter mais ninguém colhendo maçãs e ao final de setembro elas ainda poderiam ser colhidas, mas àquela altura era já a fase final da colheita e logo mais os campos estariam vazios. Os membros do círculo escolheram uma clareira, na fronteira entre o bosque e o pomar. 

Elas colocaram ali a mesa de madeira que trouxeram em frente a um salgueiro e a cobriram com uma toalha de linho vermelho de um tom vinho. Sobre a mesa começaram a dispor a decoração. Uma cornucópia trançada de vime, foi preenchida com diversas frutas, entre maçãs, peras, figos, ameixas, romãs e pêssegos frescos e bagas diversas como framboesas, groselhas e mirtilos.

Também espalharam sobre bandejas na mesa, quantidades variadas de nozes e avelãs, além de pães de grãos, de trigo, de aveia e gergelim. Tortas de nozes e mel e de maçã e canela. Trouxeram também um tacho para esquentar em um caldeirão, a cidra de maçã com canela e anis estrelado para esquentar a noite de outono que em breve viria.

Duas maçãs grandes foram preparadas para a criação de dois bonecos, que representavam Mabon e Modron. Com ramos de trigo, barbante, um pedaço de linho e fitas multicoloridas foi criada uma pequena Rainha da Colheita que foi vestida com um vestido branco de linho e foi disposta ao lado dos dois bonecos de maçã. Um estandarte de Mabon foi erguido próximo a mesa. Ela também foi decoradas com velas coloridas, amarelas, vermelho-escuras e  marrons, nas cores do festival. As próprias druidas fabricavam as velas, por isso além de cores, elas também tinham aromas de canela e de rosa. Incenso de mirra e benjoin também seria aceso para perfumar ainda mais a noite. Folhas secas de vários tipos e ramos de trigo foram dispersos sobre a mesa para embelezá-la, além de guirlandas de folhas e flores secas.

Atília orientava as suas pupilas na preparação. Ela estava portando um cajado de madeira, sua expressão era como sempre muito serena. Em seu rosto marcado pelas décadas brilhavam um par de olhos azuis que observavam a tudo atentos. Sobre os ombros estava uma capa marrom bordada com fios dourados e vermelhos vinho, na capa se destacava às costas um corvo negro bordado.  Enquanto as jovens druidas se esmeravam no preparo, outros rapazes e moças iam chegando para celebrar em honra à Deusa da Abundância e ao Deus das Colheitas e das Folhagens, honrando o Deus em seu aspecto de semente e a Grande Mãe em seu aspecto de Provedora.
Atilia


Os druidas continuaram montando a mesa para o festejo de celebração. Notaram um homem escorregando ali por perto, no pequeno córrego, mas nada que tirasse-lhes a concentração ou atrapalhesse a festa que preparavam.

Estranho um sujeito passar por ali àquela hora do dia, ao final da tarde, quando a noite já se aproximava. Talvez tenha sido atraído pelo movimento e as cores dos estandartes, ou mera coincidência. Mas nada excepcional aconteceu. Nenhuma delas sequer tomou conhecimento dos estranhos delírios da imaginação do sujeito, nem da interpretação errônea que ele fizera das suas ações. Sequer notaram sua expressão e muito menos imaginariam que mentalmente ele praguejava a palavra "bruxa", dirigida a eles e elas como um insulto.

A festa estava preparada para que durante a noite os membros da fé antiga fizessem seus rituais e entoassem suas canções em homenagem aos deuses e a chegada do Outono.

Passado algum tempo, Atília avistou um homem alto se aproximando com um traje em tons de cinza. Ele usava uma capa, mas o capuz lhe caia sobre os ombros. Acompanhavam-lhe uma mulher loira e uma mocinha também loira.

William_algrave


O homem se aproximou, e trazia Letícia pela mão e a jovenzinha pela outra. A menina era bela como Letícia e devia ter no máximo uns 15 anos.

Assim que aproximou-se de Atília, William soltou a mão de ambas, delicadamente e foi abraçar a velha druida.

- Atília, que felicidade te ver novamente. Vim para a festa e trouxe comigo Letícia e essa jovem. Bem, apresento-te minha filha, Eudoxya.

A jovenzinha sorriu e fez uma mesura a anciã.
Leticia


Letícia sorriu silenciosa. Por muito tempo ela não sabia ao certo se devia contar sobre Eudoxya. Manteve a menina, fruto de seu relacionamento amoroso com William em segredo, deixando-a aos cuidados de amigos em Marseille. Mesmo sua relação com William, foi mantida em segredo, e poucos sabiam que eles eram amantes.

Ela mesma ainda se sentia estranha, enquanto mãe. Ainda era uma palavra que a assustava. Só acalmava-se quando contemplava os belos olhos verdes de Eudoxya, que tinha os mesmos olhos de um tom verde acinzentado, que possuía William. Só depois de muito conjecturar resolveu apresentá-la ao pai.

William teve uma reação muito boa à notícia, e fez de tudo para que ela trouxesse a menina a Portugal. Desejava apresentá-la à sua família, especialmente à Beatrix e às fiandeiras.

Ela sorriu ao ver a filha fazendo a mesura delicada. E a confissão escapou de seus lábios.

- E minha filha.

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