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These are the verses of troubadour in Campaign of Gold Mines of County Lisbon.

[RP] "Lá rumai às minas d'ouro"

Anne_laura


- Oh, como o sol começa já a descer cedo! - disse Anne para si própria. A rapariga passou o dia ocupada em distribuir panfletos e nem se lembrou do resto das coisas que tinha para fazer. Dirigia-se para a praça principal no final do dia, na esperança que todos pudessem ver e conhecer a mensagem que o Condado pretendia passar. Mas todo o percurso percorrido cansou-a, mesmo a cavalo. Enquanto caminhava ao lado de Gouveia, perguntou-se se estaria a ter aquele trabalho todo por ser o membro com menos idade do conselho... - Cá para mim a avó está a obrigar-me a trabalhar de borla... Espero ter um banquete quando chegar a casa.

Ao aproximar-se de uma árvore, bem no centro da praça, Anne apoiou o papel com uma mão, tirou dois pregos que trazia num bolso e colocou-os na boca para os apoiar. Depois de alguma ginástica, o papel ficou toscamente pregado à árvore.



Colocou-se em cima do Cavalo e, como era hábito, declamou a trova em voz alta para todos os que não sabiam ler. Poucas eram as pessoas na praça, mas esperava que a mensagem fosse espalhada.

Eis cidadão honrado,
Que não olvida o Condado.

Lisboeta mui caro,
Mesmo tu oh viajante
Fazei um bem duradouro.
Escutai então bem claro:
Ao Condado dai amparo,
Co espírito ajudante
Lá rumai às minas d'ouro!


Com o sentido de missão cumprida, Anne fez um sorriso de satisfação. Esperou alguns momentos no local, à espera que alguém tivesse dúvidas.
Porém, tinha alguma pressa em regressar a casa, pois tinha de organizar os seus comprovativos para jogar na Lotaria das Minas. Além disso, a fome apertava e a imagem do banquete ainda não lhe tinha saído da cabeça.

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Aristarco

OOC: tempo mais tarde...





Aristarco caminhava um tanto com a cabeça nas nuvens, por assim dizer, a pensar nos planos que lá fazia, quase a não mui perceber o que se passava em seu entorno, o que não faz uma introspecção, algo singular; às vezes se encontrava naquel’ esquisito estado de desatenção, mas nada parecido com aquele de inspiração, ao contrário, fugidio como só ele, quando nem sempre havia de se chegar a um fito ou algo parecido, logo vedes, como são os tais estados d’alma, inusitados.

Quando algo lhe chamou a tal atenção por lhe tirar daquel’ estado “ausente” (ao menos temporariamente...), um burburinho ali próximo diante uma velha árvore retorcida que se encontrava naquela praça, a levar jeito, dali ser testemunha do lugar antes que chegasse a se tornar uma cidade, se assim poderia dizer.
Alguns falavam animadamente, outros mais ao largo, e curioso como ele, o trovador foi lá saber o que se passava, oras, afinal tudo é razão para neste mundo inquerir (não havendo uma espada a contrariar, mal não faria d’algo se atinar – dava até mote de trova, oras).

Dito e feito: caminhou e perguntou algo a um conviva um tanto animado ali, do que exatamente se tratava aquilo. Aquel’ outro, pediu que lesse um cartaz afixado na árvore, que conclamava o povo a se dirigir para as minas auríferas, segundo a precisança do Condado, além de rumores mais generosos para com os mineiros, possibilidades mais.

Quando leu o cartaz, onde já se viu isto, conhecera mui bem aquelas palavras!

Perguntou ao homem como aquilo fora parar ali, enquanto o outro em resposta lhe explicou acerca da donzela em montaria, descrevendo a cena que se dera.
O trovador sorriu, porque reconhecia inevitavelmente pelas palavras do homem, a donzela Anne que estaria a divulgar aquela causa importante, mas que azar, não esbarrara com a moçoila, "pelo bom Sado".
Agradeceu ao homem pelas informações e se despediu.

Voltou ao seu estado “ausente”, desta vez a pensar acerca das cousas das minas d’ouro, já havia mais substância para se dedicar.
Por um momento ficou a matutar onde melhor estaria neste momento, em função do brilho reluzente que o metal tanto atraia; havia boas perspectivas agora que se dava conta.

Se fosse uma estada na boa vila de Avis, residia uma certeza de mui velhos e bons amigos após a faina diária, algo essencialmente reconfortante... Também faria algumas pesquisas dos rumores que se irradiavam, certamente.
Se fosse em seguida ao Crato, talvez pudesse também encontrar mestres-carpinteiros a fazerem bons preços de madeira, para a construção de sua estante em casa (os livros precisariam ser bem alojados, eis um dever); afinal também havia matéria de madeira à vontade naquela plaga.
Por outro lado se fosse o trovador em Évora, talvez encontrasse algum alaúde mourisco para adquirir junto ao mercado, eis algo que jamais saía de sua mente.
Sem dizer que para lá em Elvas mais a leste, comeria os famosos e irresistíveis pãezinhos batizados, uma iguaria que jamais esquecera depois que experimentara; em verdade, talvez houvesse que trabalhar bem para manter a forma de gente, e não deixar a forma arredondada lhe tomar corpo, tamanho gosto daqueles pãezinhos que seriam consumidos em boa quantidade.

Havia deveras bons motivos para se encaminhar naquelas vilas com minas d’ouro, sem dúvida: coçava o queixo a pensar naquela questão, com tantas possibilidades benévolas e mui bem vindas para si e para a coletividade; quase tropeçou em um toco pelo caminho...


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| Scholar: humanist thinker | Minstrel of al-Gharb al-Ândalus | Flemish-breton of Iberia: al-Musta'rib |
Jadhe


Rindo ao ver Aristarco tropeçando ....

- Cá estou em Elvas, todo dia estou na mina de ouro... e cá estao familiares tmbem... é ouro que nao acaba mais!!! Um viva as minas de ouro...

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Rodrigo


Ouvindo fafafá a respeito da ida às minas, Rodrigo esclareceu orgulhoso:

- Pois me encontro a ir todos os dias à mina lá por minha povoação Lisboa!

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Conimbricensis


Conimbricensis seguia encolhido, mastigando um naco de pão duro. O frio finalmente abateu-se sobre Avis, e ele não tem ainda roupa que o abrigue desta praga.

Ao passar por uma árvore deparou com um texto afixado. Movido pela sua curiosidade natural, encarou as letras mas não as pôde compreender, pois não sabe ler. Por sorte um vizinho passava por ali perto e leu-lhe o conteúdo.

"Mas que beleza, as formas e a métrica, a poética! Um dia haverei de saber ler, e então hei-de ler todos os livros do mundo. Mas por enquanto às minas eu irei, o Condado ajudarei e o corpo aquecerei!"
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