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[RP] A Tipografia

Sylarnash

Um novo dia sorrateiramente se fazia mostrar através de uns fortes raios de Sol matinais por entre algumas densas nuvens que se acumulavam no céu. A vida na propriedade do conde começara sempre cedo e naquele dia não era exceção, à parte do Conde que demorava sempre um pouco mais a levantar-se, mas naquele dia ainda nem o desjejum tinha tomado e já se encontrava no escritório a organizar alguns documentos.

Um rapazito entrara de rompante, e descontraidamente, no escritório, pela cara que fizera, ao colocar os olhos no conde, depreendera-se que não esperava encontra-lo ali.

- So-Sor Conde! - exclamou engasgado o rapaz - Desculpe, não sabia que já estava a pé.

O Conde sorrira ao aperceber-se que o jovem ficara realmente embasbacado com o dar de caras consigo. Encostando-se no cadeirão, quando até então folheava alguns papeis sobre a secretária, Sylarnash sorriu.

- Não faz mal. - disse condescendentemente Sylarnash - Conta-me lá, o que trazes aí de tão importante?

O rapaz parecera mais aliviado ao ouvir a resposta do Conde e aproximara-se da secretária de Sylarnash. Ele elevou as mãos ao nível daquele móvel que poucos centímetros era mais pequeno que ele próprio e pousou sobre o mesmo, num espaço ainda livre, alguns envelopes.

- Não sei ao certo o que é, são algumas cartas, mas nada mais sei. - o rapaz pousara as cartas e Sylarnash de imediato as levantara afim de as observar, o rapaz deixou sair novamente um pedido de desculpas - Desculpe - e saiu deixando o Conde ali no mesmo lugar, empanturrado em papel.

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Sylarnash
O cedo erguer do conde não passara, de forma alguma, despercebido ao pessoal da residência. Alguns, os mais astutos, já tinham notado que aquele decorrer de eventos se repetia semana após semana num dia específico e portanto a estranheza desses era menor, mas não nula. Ainda a manhã não tinha terminado e os afazeres para aquele dia já tinham sido despachados. As cartas que chegaram já tinham sido despachadas. As ordens, e as tarefas dos servos para o dia já tinham sido remetidas. Os poucos, mas importantes, comunicados foram também cuidadosamente expedidos. Enfim, não fosse aquele um dia impar na semana do conde, alguns poderiam dizer que a vida de Sylarnash era um mar de rosas.

Logo após o almoço, no jardim da Residência do Conde em Aveiro concentravam-se algumas montadas e uma carruagem.

- Partamos!? - perguntou retoricamente Sylarnash aos cavaleiros e ao cocheiro que no exterior aguardavam a sua chegada - Pelo caminho de regresso ainda desejo passar pela Casa do Povo para ver como está o meu primo mais novo. - disse conde entrando para carruagem

Na formação típica, que Sylarnash aprendera num passado já algo distante e que instruíra a todos os seus cavaleiros de elite, a comitiva rumou ao sul da povoação. No interior da carruagem apenas o conde e o seu Acólito Gregório Brás seguiam, num profundo silêncio.

Pouco mais de três quartos de hora passaram desde que partiram e o grupo chegara ao seu destino - A Cripta de Dom Nortadas, falecido Rei Português e familiar do Conde de Óbidos. Após adentrar, seguido apenas pelo seu acólito, e tendo os homens d'armas ficado no exterior, Sylarnash despendeu longos minutos em oração, umas conhecidas em português tendo o acólito acompanhado o rito, outras, e em maior quantidade que as portuguesas, em francês.
Mais alguns minutos se passaram, o pequeno momento de oração dedicado ao falecido monarca e ao Altíssimo terminara e Sylarnash saíra da cripta em direção ao transporte.

- Mudança de planos. Já se faz tarde, não passarei hoje pela Casa do Povo. - os cavaleiros subiram aos seus cavalos e Sylarnash dirigiu a palavra ao acólito que subia à carruagem. - Parece que hoje demoramos um pouco mais, o sol já começa a pôr-se.

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Sylarnash
A viagem de regresso correra como de costume, sem sobressaltos e pacificamente. Pouco depois de chegar à Residência em Aveiro, chegara a hora de jantar. No final, como era prática comum, Sylarnash reservara algum tempo para a leitura. Naqueles últimos dias, tratava-se de uma obra inglesa sobre os antigos tempos daquelas terras e as formas como os senhores lutavam pela sobrevivência da sua linhagem.

Sylarnash virava lentamente a página enquanto relia um parágrafo por pura curiosidade de interpretação quando nota que Rodrigo descia.

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Rodrigo_capelo


O Velho Senescal sabia que não iria durar para sempre, a sua idade avançada sugeria que, embora mantivesse uma perfeita condição psicológica, o seu corpo não iria manter-se no mesmo estado que a mente e que ele seria o causador da sua morte. De longe a longe algumas complicações surgiam, ora uns súbitos problemas respiratórios, ora algumas dificuldades motoras que o obrigavam a agarrar-se ao pedaço de madeira que o ajudava a movimentar-se. Apesar de tudo, considerava-se uma pessoa saudável e em forma.

Viúvo, sem família e aos serviços de um senhor nobre, Rodrigo Capelo poucos bens possuía além de uma pequena e pobre residência em Óbidos. Pelo contrário, a nível de conhecimentos e experiência, poucos poderiam competir consigo, algo pelo qual Rodrigo se sentia imensamente rico. Um dos novos ofícios que Rodrigo tinha vindo a praticar e que acabara, mais tarde ou mais cedo, por dominar fora a arte do desenho e escrita gráfica.

O Senescal tinha em mente iniciar nos arredores de Aveiro um pequeno estabelecimento afim de colocar não só em prática a arte que dominara mas também com o intuito de passar algum tempo e envolver-se mais com a comunidade local. Pelo início da noite, após dar algum pensamento à ideia durante os últimos dias, Rodrigo procurou o conde afim de expor as suas ideias.

- Senhor Conde dá-me licença? - Perguntou o velho homem obidense


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Sylarnash
De longe a longe, enquanto o conde passava o sarau acompanhado por Rodrigo Capelo que fazia tenções de lhe fazer companhia. Naquela noite Rodrigo trazia algo entre mãos, possivelmente algo para leitura, ou para escrever, suspeitou Sylarnash. Ao ouvir o pedido de licença, Sylarnash convictamente respondeu.

- Sim, claro, faça favor Rodrigo, sente-se. - disse Sylarnash sorrindo

E então Sylarnash voltou à leitura, enquanto o Senescal se sentava e acomodava.

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Rodrigo_capelo


O Velho Senescal espalhou parte dos papeis sobre a mesa de madeira trabalhada que à sua frente se encontrava. Olhou para o conde e tomou a palavra.

- Senhor Conde tenho estado a pensar, procuro me envolver mais na vida da cidade daqui. Faz já vários meses que aqui nos encontramos e pouco ou nada tenho conseguido ajudar a comunidade aveirense. - justificou o velho homem a sua sensação de inutilidade - Tenho vindo a aperfeiçoar a minha técnica de desenho e escrita, penso que possuo, agora, uma excelente qualidade.

Dito isso, o Senescal apontou para alguns dos seus desenhos e foi descrevendo-os.

- Penso que reconhecerá este. - disse Rodrigo entregando o desenho a Sylarnash - Fi-lo quando passei alguns dias na Propriedade na cidade de Braga. - fazendo um sinal para um segundo desenho sobre a mesa continuou - Esta ilustração fi-la já à alguns meses, algures durante o Torneio de Justas da Corte dos Nobres. - apontando para os restantes três desenhos sobre a mesa completou - Aqueles três desenhos são, as ruínas da antiga igreja de Aveiro que desenhei a semana passada quando dei um passeio pela povoação, um desenho livre que fiz sobre a tapeçaria presente no salão de jantar, e por fim ali no canto está um rascunho de um convite para um casamento que acabei de ilustrar esta tarde. O que acha? - terminou Rodrigo


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Sylarnash
O Conde Sylarnash observava com atenção o detalhe e perfeição das pinturas do seu amigo, eram sem dúvida extraordinárias e dignas de um profissional.

- Rodrigo, estão fantásticos os desenhos. - disse Sylarnash sorrindo - Terás com certeza sucesso, mas o que pensas fazer? Como pensas envolver-te mais na vida em sociedade aqui em Aveiro com este tema?

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Rodrigo_capelo


Orgulhoso pela aprovação do seu senhor, o Senescal sentira-se feliz.

- Eu estava a pensar em abrir uma pequena loja onde pudesse oferecer os meus serviços de desenho e escrita à população. Algo simples, sem grande aparato, algo no centro de Aveiro. - sorriu Rodrigo- Infelizmente não tenho capacidade para sozinho abrir uma pequena Tipografia. Não poderei sustentar a mesma sozinho, e todos os materiais que precisarei adquirir dariam um rápido gasto às minhas poucas poupanças - disse lamentando Rodrigo


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Sylarnash
Sylarnash dera uma pequena gargalhada ao ouvir a primeira exclamação de Rodrigo, uma gargalhada que rapidamente terminara com as preocupações e inabilitações do seu amigo em cumprir o seu desejo. No final de o ouvir, expressou-se.

- Sabeis muito bem que o dinheiro nunca foi um problema. - disse Sylarnash - Nunca neguei te ajudar, ou alguém que de ajuda precise, então sabendo que o único problema seria a falta de ouro para investir, e havendo talento jamais deixaria mal. - fechando o livro que se encontrava anteriormente a ler, Sylarnash pousou-o e retomou a palavra - Apoiar-te-ei, irei contactar alguns conhecidos com experiência na arte do desenho e escrita no sentido a obter uma lista do que é necessário adquirir e também em breve procuraremos um local para a tipografia. - disse o Conde levantando-se - Falaremos e combinaremos as coisas com maior rigor e detalhe amanhã. - colocando a mão sobre o ombro de Rodrigo terminou - Irei me retirar. Boa noite! - despediu-se Sylarnash dirigindo-se aos seus aposentos

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Sylarnash

Dois dias se passaram desde que o Conde tivera tido aquela pequena conversa sobre as pretensões do Senescal. Entretanto Sylarnash contactara os seus conhecidos na área, contactara também o agente imobiliário nomeado pela Casa do Povo de Aveiro para tratar dos assuntos relativos aos edifícios em posse da mesma.

Sylarnash dava alguns passos pelo jardim da sua residência. Já haviam passados vários dias desde que havia, calma e descontraidamente, despendido alguns momentos a observar a natureza. Aquele último conjunto de passadas levaram-no até perto da entrada principal, alguns metros à frente encontravam-se os dois guardas posicionados à entrada da residência.

Um homem a cavalo aproximava-se da residência, ao aperceber-se um dos dois guardas de serviço saiu dos portões e esperou a chegada do homem. O homem que na verdade fazia um serviço de mensageiro desceu do seu cavalo e mantendo numa das mãos as rédeas do animal apresentou uma mensagem ao guarda.

- Do meu senhor para o Conde Sylarnash - anunciou o mensageiro

O Conde de Óbidos ao ouvir que se tratava de uma algo para si mesmo, deu mais alguns passos aproximando-se e recebeu logo ali o documento a si destinado.

- Diz ao teu senhor que agradeço a pronta resposta. - exclamou o Conde Sylarnash após ter visto o selo que lacrava delicadamente o pedaço de papel que fazia de envelope e protegia o conteúdo escrito

Após isso, o mensageiro retomou o seu caminho sobre o seu cavalo e Sylarnash caminhando para o interior da sua residência abriu e iniciou a leitura da carta.



D'O Antigo Tipógrafo Real wrote:

    Amigo Conde,

    Muito me apraz receber notícias suas, já à alguns meses que não ouvia falar de si. Agradeço-lhe profundamente os parabéns que me endereçou pelo nascimento de um novo rebento, a minha esposa e eu estamos radiantes com o nascimento de um rapaz finalmente.

    Fico feliz por saber que alguém aí no Condado de Coimbra decidira abrir uma Tipografia, já à algum tempo que os coimbrenses notaram a falta que uma lhes faz.

    Bem, utilizo diversos materiais, trazidos de diversos reinos, uns mais práticos que outros, mas como é óbvio uns também são mais dispendiosos que outros. Deixo em anexo, uma lista desses objetos. Conheço alguns mercadores que conseguem importar alguns deles, caso precise me contate de volta.

    Desejo que o negócio dê certo aí no condado, e espero que vá dando notícias, sobre o decorrer dos trabalhos e não só.

    Qualquer outro assunto, sabe onde me encontrar.

    Nossos cumprimentos,

    Do seu amigo Tipógrafo


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Sylarnash

Os arranjos foram sendo levados a cabo com imensa precisão e cuidado. Os objetos e a maquinaria foram chegando, e sendo cuidadosamente reunidos na Herdade de Aveiro até que um edifício no centro da cidade fosse adquirido, o que não demoraria muito. O Conde Sylarnash e Rodrigo Capelo já tinham andado a sondar a prefeitura com interesse por um dos seus edifício em específico, faltava apenas demonstrar oficialmente interesse no mesmo, e negociar a sua compra.

A meio da tarde daquele dia solarengo a residência onde repousavam os instrumentos novos, e ainda por estrear, fora deixada para trás, Sylarnash e Rodrigo rumaram à Casa do Povo. O Conde sabia que por aquelas horas o Prefeito Salgueiro, seu primo, estaria envolto dos seus afazeres na prefeitura, e por isso aquele seria o momento ideal para lhe falar sobre o assunto já que poderia ser tratado de imediato.

Ao encontrar Salgueiro ocupado com alguns cofres da Casa do Povo, alguns deles de grande porte, Sylarnash sorriu e interpelou o mesmo.

- Dás licença primo? - Vendo o sinal positivo vindo de Salgueiro, Sylarnash aproximou-se e Rodrigo repetiu o movimento - Então como vão as coisas?

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Salgueiro
Salgueiro estava a fazer o inventário do erário da prefeitura quando o seu primo chegara à Casa do Povo e o interpelara. "Entrem, entrem!", exclamou Salgueiro, pousando o bloco de notas em cima de uma mesinha e indo ao encontro dos visitantes.

"Ainda está tudo de pé e bem vivo!", replicou, sorrindo, nitidamente de bom humor. "Então e convosco, tudo bem? O que posso fazer por vós?", indagou o Prefeito.

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"O fraco nunca perdoa. O perdão é a característica do forte."
Sylarnash
A boa disposição de Salgueiro deixou Sylarnash mais tranquilo e confiante. Uma rapida resolução, e, quem sabia, também um bom negócio poderia sair dali. Ao seu lado o Conde notou que Rodrigo fazia um esforço para fazer uma vénia ao Prefeito após este os saudar. Sylarnash sorriu com a resposta de Salgueiro, e então respondeu.

- Cá vamos andando Salgueiro, cá vamos andando - reproduziu Sylarnash a sua típica resposta, que ora poderia esconder enormes desgostos e dissabores como camuflar momentos de maior alegria.

Sylarnash deu um novo passo em frente em direção ao mapa da cidade esperando ser seguido pelo Prefeito. Já o Capelo manteve-se imóvel desde a sua vénia, como que a recuperar coragem para se mover.

- Procuro adquirir uma nova propriedade aqui na cidade. - respondeu à pergunta anteriormente feita - Todos estes locais assinalados a verde estão livres? - perguntou, após ter ficado indeciso ao ver os locais livres

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Salgueiro
"Sim, estão.", replicou Salgueiro.
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"O fraco nunca perdoa. O perdão é a característica do forte."
Sylarnash
Ouvindo a resposta do Prefeito, o Conde de Óbidos olhou para o Senescal, a sua expressão era clara e cristalina como água, ele perguntava-se se deveria avançar.

- É realmente aquela que tínhamos falado? - questionou Sylarnash deixando a decisão final na resposta de Rodrigo.

O Senescal abanou afirmativamente com a cabeça, demonstrando o seu interesse, mas no entanto disse num tom tímido.

- Julgo ser a melhor opção, tal como já tinha dito, mas a escolha final é sua certamente.

Sylarnash sorriu, olhou agora para o Prefeito Salgueiro que ali ao lado se encontrava e então disse explicou-se finalmente.

- Irei abrir uma Tipografia aqui em Aveiro, irei investir neste negócio devido à tão escassa oferta e enorme procura diária. Tínhamos andado a ver o edifício aqui ao lado da Casa do Povo, pelo que vejo ele está disponível ali no mapa, por que valor final ficará e quando podemos ter acesso a ele para começar a preparar as coisas? - Indagou

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