[RP] Vamos escolher um padroeiro

O padre Viriato abriu mais um pequeno gavinete para acolher as propostas (OOC rp por favor) para a escolha de um Santo padroeiro para Avis.



Depois cola-o no vidro da porta

O padre ouviu o sr. Prior. Com certeza ficara aqui guardada sua proposta, esperemos. Então deixa ficar a ideia do Prior na bandeja que tem na secretaria para que se veja.

Mateus percebe o anuncio do Padre e vai em seguida fazer uma indicação:

*São Sebastião.



*São Mateus

Aristarco ao passar alguns dias em Avis, soubera daquelas prosas na velha praça sobre temas relevantes à vila, onde os súditos avaliavam situações, colocavam cousas em dia e até mesmo resolviam pendências, feliz a vila que assim houvesse participação, bem se sabia.

Mesmo ele não sendo natural da boa vila, inda era um bom lusitano, não lhe cabia algo tomar parte na decisão por conta de saber seu próprio lugar e mui respeitar os naturais do lugar; assim mesmo algo poderia contribuir indiretamente e sentia que talvez isto ajudasse um pouco, não boa intenção que jamais se deve olvidar ou pô-la ao lado.

Enquanto estava na estalagem, preparou um documento antecipadamente (enquanto dava respiro para trovas e cantigas), a deslizar sua pena sobre um pergaminho com um conteúdo relevante para tentar ajudar n’algo a questão que estava à praça.
Em verdade era uma cópia d’um original que há muito fora colocado na praça condal, mas que infelizmente o tempo já o havia levado, como se fazia bem guardar registros, pensava lá consigo Aristarco, e assim talvez com sorte poder ser aproveitado n’algum outro momento futuro.

E o futuro se transformara presente, aqui e agora, e o trovador apanhou o pergaminho que fora escrito na noite anterior (mas inda com boa letra e forma), assim como pediu um punhado de pregos e martelo ao mestre-estalajadeiro assim que saíra de seu quarto.
Dirigiu-se para a praça e onde havia ali um punhado de árvores em que as pessoas colocavam anúncios e congêneres, também fez as vezes de um tipo de arauto, oras, vejais só uma cousa dessas (se tem cabimento).

E assim estava escrito no pergaminho:




Em seguida, aproveitou para sentar-se ao banco ali próximo d’alguns meninos que brincavam com seus divertimentos, entretidos aplicadamente que estavam em sua meninice, oras, vejais como são os homens, enquanto os pequenos ficam a se entreter com os brinquedos que lhes apetecem, ao lado ali ficam os homens feitos a resolver seus outros assuntos (ou brinquedos...) que a necessidade impõe.

Já lembrava o trovador d'uma anedota do velho filósofo de Éfeso na antiga Jônia, quando já mencionava que o homem continuava a fazer-se em sua "natureza", com seus "jogos" em movimentos na sua vida, mas que cousa interessante...

O padre viu a lista que Aristarco deixou e deu-lhe uma vista de olhos.

Muito agradecido Aristarco.- Diz o padre ao seu velho amigo.

Entretanto quero só acrescentar que tambem são validos Santos Portugueses com a sua historia, eu penso que em Leiria é o S. João, isto é só um exemplo, uma vez que estámos em PT podiamos tambem optar por um Santo tradicional Portugues alguns tambem figuram no estrageikro.
Eu até achava bem que todas as vilas e cidades celebrassem por exemplo o S valentim, não importa que sejam todas no memso dia, isto pode dar a opção de qualquer pessoa poder ir passar o S valentim a outra vila ou até pode estar de viagem nesse dia e como cada vila vai celebrar da sua maneira todas serão diferentes dependendo do empenho de cada CP ou padre. Mas é sempre um prazer ver vocÊ por cá.

Aristarco, que observava os acontecimentos naquela praça, notou que acabara de chegar o bom e velho pastor d’almas da região, o estimado amigo padre Viriato. Não teve dúvidas: levantou-se prontamente (a deixar os meninos ali ao lado com seus brinquedos) e foi à direção do bom amigo para saudá-lo; cumprimentou-o com um forte aperto de mão e o ouviu naquela questão importante para Avis.
Em seguida, coçou o queixo pensativo, afinal as palavras do bom padre eram mui pertinentes e sábias.
Por fim respondeu:

- Meu bom amigo, sobre estas cousas que a generosa Igreja Aristotélica permitiria ou não, infelizmente pouco (ou nada) poderia ajudar; já ouvi falar de casos no Oriente em que alguns santos são apreciados mesmo sem autorização, sabes como são as gentes e costumes...*

Aristarco colocou suas mãos atrás de si e inda pensativamente disse:

- Mas também compreendo perfeitamente acerca disto, d’um santo ou padroeiro que estivesse a todas as vilas e cidades; aliás, já temos um: São Jorge de Lydda (ou Dióspolis), nosso patrono lusitano, com seu dia 23 de abril.
O que não quer dizer que um S. Valentin ou outro santo pudesse ser comemorado em todas as vilas.

Respirou fundo e disse:

- Quando estive em Coimbra (vila), fui lá visitar a Igreja de Pedro Canísio, quando por lá celebram seu dia em 21 de dezembro.
Seria ótimo para a vila de Avis, haver seu santo protetor, seja por comover população em uma procissão, alguma missa especial (na Igreja ou mesmo campal), festas e quermesses e tudo o mais: muitos lisboetas, e aqui me incluo sem dúvida, cá viríamos felizes para passar temporada de festejos e reverências ao santo.

Sorriu ao clérigo amigo avisense e completou:

- Já temos um 23 de abril para o próximo ano, a comemorar São Jorge... Ficaria mui contente em cá vir para os festejos de uma segunda data santa, a depender decisão desta boa gente avisense.

Enquanto observava o desenrolar das cousas, já um pouco desanimado, voltou-se mais uma vez para o banco ali próximo dos pequeninos (entretidos em seu mundo), para finalmente se sentar e se entreter com outro tanto (de seu mundo), quando as cousas dos homens se resolveriam d’alguma forma ou de outra, quem sabe...

Apanhou um pequeno objeto envolto por um lenço castanho, que sempre trazia consigo das bandas distantes de al-Gharb al-Ândalus, repleto de motivos mouriscos em tonalidades douradas e verdes, com algumas inscrições daquela grafia mui típica.
Era uma pequena lembrança mui especial que guardava consigo.

Aristarco foi lhe retirando as camadas de pano até finalmente ficar visível um cachimbo de cor clara, feito de marfim e madeira africana, resistentes que só vendo. Pouso-o ao colo e tirou outra pequena bolsa de couro, com uma minúscula fivela na abertura. Fazia isto tudo mui lentamente...

Tirou a erva para fumar, apenas um pouco, pois era mui cara e difícil de conseguir (exceto aos portos dos litorais), e preparou o fornilho. Em seguida, guardou tudo e ficou como a esperar que alguém viesse com fogo, por um motivo qualquer.
Em verdade estava a repetir um hábito sem se dar conta, enquanto sua cabeça andava a matutar qualquer cousa sobre aquele assunto de santos...