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[RP] O escritório da bibliotecária.

Beatrix_algrave


O scriptorium de trabalho da bibliotecária ficava em uma espécie de antessala da biblioteca heráldica. Para lá foram transferidos os materiais de trabalho da arauto, pois ela teria mais facilidade em desempenhar suas novas funções e vistoriar o processo de organização pelo qual passava o acervo da heráldica.

O espaço era amplo e arejado, com paredes altas e janelas com vitrais que garantiam uma boa iluminação natural.

Havia no local um candelabros de teto e dois castiçais, para prover a iluminação do local durante a noite. Além de duas grandes estantes de madeira, havia baús de materiais heráldica e uma grande escrivaninha e um armário para tintas e demais artigos para desenho. Com a chegada de novos móveis e materiais no prédio a sala estava bastante movimentada. Um dos pajens depositara um pacote enorme de livros recém confeccionados sob encomenda da heráldica. Antes de serem colocados na biblioteca eles deveriam ser devidamente catalogados.

Quando Beatrix adentrou o espaço e percebeu o pacote, imaginou que aquele fosse o motivo do rei de Armas tê-la chamado. Na verdade aquela situação era providencial, pois ela necessitava muito falar com ele. Mas a conversa precisaria ser privada e não às vistas dos pajens.

Beatrix aproximou-se do Rei de Armas, fez uma vênia e aguardou que ele dissesse primeiramente o motivo de tê-la chamado.

- Bom dia, o senhor me chamou?

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Yochanan


- Ahhh Senhorita Beatrix, a estava esperando. - disse o Rei de Armas vestindo o tabardo do oficio sobre as vestes negras da Ordem de Azure. - Chegou-nos alguns livros que encomendamos, mas há aqui alguns volumes que não me lembro de haver solicitado. Sabes algo sobre isso?

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Beatrix_algrave


Beatrix ouviu as palavras do Rei de Armas forçou a memória para recordar-se o que poderia ser.

- Creio que são os livros que o senhor John Rafael indicou. Ele fez três indicações e eu coloquei a solicitação sobre a vossa mesa, talvez tenha assinado sem se dar conta. Era um dia atribulado, de muito trabalho. Mas são excelentes aquisições, garanto-lhe.

Ela respondeu e em seguida propôs.

- Será que o senhor disporia de um tempo para conversarmos? Tenho um assunto importante a tratar em particular.

O olhar de Beatrix era preocupado, não parecia ser algo referente a Heráldica. A expressão dela estava diferente e mais tensa.

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Yochanan


Yochanan assentiu, se recordava agora daqueles livros que deveriam ter chegado semanas atrás e que ele já dava por entregues. Se vê que houve algum atraso somado as atribulações diária que por vezes enchiam os corredores de Sintra de movimento fez o assunto escapar da memoria do Rei de Armas.

- Acredito que possa dispor de algum tempo senhorita Beatrix. Que é o que lhe preocupa? Algo me diz que não tem a ver com os assuntos que normalmente tratamos entre as paredes do Colégio... - intuiu Yochanan.

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Beatrix_algrave


- Não, não é, senhor prior.

Ela disse a última palavra em tom baixo. A forma de tratamento era um indicativo do teor do assunto que ela tinha a tratar. Não que fosse segredo que Yochanan presidisse a Ordem de Azure, mas ela não costumava misturar os assuntos da Ordem com os da Heráldica Portuguesa.

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Yochanan


As palavras de Beatrix foram claras quanto ao teor que teria aquela conversa.

- Deixem-nos - pediu o Rei de Armas aos Pajens que ali ainda estavam, e entre o barulho de papeis sendo apilhados nas estantes e mesas e onde houvesse espaço os pajens deixaram o quarto. Uma vez que o quarto esvaziou-se Yochanan tomou assento em uma das cadeiras indicando a outra a Beatrix. - Vos escuto Dama Algrave.

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Beatrix_algrave


Beatrix agradeceu a cadeira, mas preferiu ficar de pé. Assim que foram deixados a sós ela começou a conversa difícil.

- Senhor Prior, creio que após a partida de Nicole, alguns assuntos necessitam de esclarecimentos. Afinal, até que ponto o senhor era ciente das coisas que Nicole fez, pretendia fazer e qual a vossa relação com William Casterwill?

Ela fez as perguntas diretamente, encarando Yochanan nos olhos com firmeza. A presença altiva de Yochanan não a intimidava. Havia nele uma certa familiaridade que lembrava um pouco a Beatrix a figura de seu irmão William, a única figura paterna que ela tivera. Os cabelos de William eram escuros como os da mãe, ele tinha a pele bronzeada assim como o prior, mas era mais alto e mais velho que ele. William tinha os olhos verdes como os de Beatrix. Essa ligeira semelhança fazia com que ela tivesse simpatia pelo prior e transferisse a ele uma imagem paternal, contudo, depois das desilusões com Nicole, ela se tornara mais desconfiada e precavida. Não se deixaria mais levar por sentimentos de simpatia.

Enquanto aguardava as respostas ela engolia em seco. Não sabia o que esperar mais das pessoas em quem confiara.

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Yochanan


O Viana se limitou a sorrir discretamente. Esperava a que aquelas perguntas fossem feitas em algum momento, apenas não esperava que fosse tão cedo, mas era algo que sabia ser inevitável.

Ele se levantou e caminhou até uma das estantes novas, as mãos unidas em suas costas, respirou profundamente passando as pontas dos dedos na madeira nova e retornou até ficar de frente a Beatrix, e então disse:

- O objetivo da Ordem é manter o Equilibrio Beatrix, mesmo que para isso tenhamos que fazer olhos cegos para algumas disputas pessoais dos egos dos homens. - Ele fez então uma pausa e olhou pela janela, naquele preciso momento uma pesada nuvem cruzava diante do sol, permitindo por breves momentos observar o disco solar. Algumas vezes profunda deve a Sombra para que a Luz possa verdadeiramente brilhar sem nos ofuscar. Quanto a minha relação com Lord Casterwill, apenas lhe pergunto, como achas que vocês três sobreviveram tanto tempo à caça de Lady Casterwill?

Ele fez uma longa pausa, para que Beatrix pensasse nas suas palavras, e então perguntou: - Algo mais Beatrix? sua voz era calma como sempre.

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Beatrix_algrave


Beatrix ouviu as palavras do Prior estarrecida. Ela estava realmente surpresa, mas não devia. Ela sacudiu a cabeça como se tentasse espantar os pensamentos que tomaram conta da sua mente. Como foi que ela conseguiu viver tanto tempo alheia, naquele torpor de inocência tola. Todos os demais deviam perceber, apenas ela que não, e talvez rissem por suas costas. Que tola ingênua, essa Beatrix!

Ela apoiou as mãos sobre a cadeira como se quisesse buscar ali naquele móvel de madeira aparentemente tão sólido, o apoio que lhe faltava, como se temesse que o chão lhe fugisse sob os pés.

- Então foi sempre uma barganha? E para quê? Eu lhe pergunto, senhor Yochanan. Para daqui a dez anos, ou quem sabe bem menos, possamos ser nós, eu, Maria e Eduarda, a alimentarmos as caçadas de Lorde William Casterwill, ou quem sabe de sua nova Lady Protector? Sim, pois agora ele está satisfeito, mas em breve o gosto do sangue irá embora das suas bocas, e vão querer mais. O apetite das trevas às vezes é insaciável, senhor Yochanan.

Ela disse e não foi embora, ignorando o gesto de Yochanan de dar-lhe as costas, em uma indicação que o assunto estava encerrado. Sua pergunta trivial soava como um retorno à normalidade, que Beatrix não aceitou tão facilmente.

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Yochanan


Ele respirou calmamente ainda sem responder, nenhuma expressão cruzava seu rosto. - É entendível que não alcances compreender algumas coisas que acontecem no mundo a sua volta Dama Beatrix, ainda, mas algum dia o fará. E entenderá que há forças que apenas podem crescer na paz, por precária que seja, enquanto outras somente florescem em meio aos sacrifícios da guerra. - O Viana fez uma pausa. - Não espero que entendas as minhas decisões Dama Beatrix, apenas lhe peço que tenha um pouco de fé nelas.

Yochanan então começou a sair da sala dando por terminada aquela conversa, mas antes de cruzar a porta e ainda olhando para fora disse - A luz pode por vezes ser mais cegadora e terrível que o apetite das trevas Dama Beatrix, seu irmão sabia disso...

E antes que ela pudesse lhe responder, ele já havia cruzado a porta e enervado pelos corredores de Sintra. Quando ela o fosse buscar novamente ele já haveria partido em direção ao Paço dos Arcanjos...

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Beatrix_algrave


Beatrix ouviu aquelas palavras sem nenhuma surpresa. Afinal, era evidente que o prior não iria se explicar ou se justificar para ela. Deveria considerar-se muito acima dela. Era fácil a um médico dizer tenha calma e isso passará ao doente de quem amputava a perna, pois não era ele quem era submetido à dor. Assim como não era o pescoço do prior que estava em jogo. Ela era uma insignificante peça, um peão sem importância.

A última frase que o prior proferiu afetou Beatrix com mais intensidade e lançou-lhe uma dúvida cruel.

- Como assim sabia? Meu irmão está vivo. Tem que estar.

Ela tentou chamá-lo para uma explicação, mas o prior escapulira feito areia por entre seus dedos.

Aquela era a única pergunta que valia a pena, a única para a qual era verdadeiramente necessária uma resposta, e ele fugiu deixando-a na escuridão da dúvida.

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Fitzwilliamdarcy


O Sr. Fitz resolveu encontrar com a Dama Beatrix. Ela o convidara a uns dias para que este a fizesse uma visita. Em meio aos seus trabalhos e as complicações do dia a dia ele então não poderia por um minuto sequer de lembrar dos bons momentos vividos junto a Dama.

Após descer de sua carruagem ele direcionou-se até o Escritório da Biblioteca. Lá chegando ele ficou deslumbrado com um lugar tão charmosos e aconchegante. De fato havia um equilíbrio, apesar de aconchegante era um lugar iluminado, arejado e com uma amplitude que permitia um trabalhar sossegado. "De fato, uma artista precisa de um lugar assim".

Por um momento ele ficou a olhar as janelas e perdeu-se nas estantes e nos trabalhos que por lá tinham, observando também os baús e a decoração do lugar.

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Beatrix_algrave


Após a partida do prior, Beatrix ficou ainda um tempo parada na sala, sozinha e sem saber o que fazer.

Talvez ela tivesse se precipitado em suas ideias. Ela ainda estava nervosa por conta dos acontecimentos envolvendo os Casterwill e tinha muito receio que os membros restantes de sua família corressem perigo. Em especial o seu irmão Gui.

Ela sentou-se um pouco, procurando a calma e o equilíbrio que lhe faltavam. Foi quando percebeu a figura de um homem parado, na entrada da sala, observando o espaço. À princípio ela não reconheceu a silhueta contraluz. Mas era um homem de estatura mediana, entre 1,78 e 1,80 m.

Somente quando aproximou-se suficientemente, viu o rosto familiar de FitzwilliamDarcy e ficou deveras surpresa, pois apesar de ter dito que ele poderia visitá-la, não imaginou que ele dispusesse de tempo para tanto.

- Senhor Fitz, que surpresa agradável. O que o traz até a Heráldica Portuguesa?

Ela disse, cumprimentando-o com um sorriso, esquecendo a discussão que tivera a pouco com o prior.

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Fitzwilliamdarcy


O Sr. Fitz então ouviu a doce voz da Dama Beatrix. Ele virou-se e a viu diante dele. Como de costume ele automaticamente ficara tenso e sem jeito.

Ao ouvir a pergunta da Dama ele quase respondeu...

- Olá! Dama Beatrix. Eu precisava vê...

Torce o Sr. Ftiz.

- Eu precisava, perdão. Eu precisava conhecer este espaço. Ouvi muito falar e de fato é um lugar muito agradável.

- Como está senhorita Beatrix? Como tens passado?

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Beatrix_algrave


- Eu tenho passado bem. E o senhor?

Ela perguntou, mentindo um pouco sobre a primeira parte, mas focando a atenção para Fitz. Não havia por que envolvê-lo em seus problemas pessoais.

- Então veio conhecer apenas a biblioteca da Heráldica?

Ela questionou em seguida, parecendo um pouco desapontada, apesar de lançar um olhar para as estantes em volta, que de fato fariam valer a pena um visita.

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