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Masmorras do Castelo

Guarda_geraldino


Após algumas horas a gritar, a Rainha do Pacifico cai de cansaço, ou morta, quem sabe, deseja secretamente o guarda que não aguentava mais ouvi-la. Fazia pouco tempo que Ava tinha deixado as masmorras, de cara demasiadamente fechada, sem esboçar um dos seus tipicos sorrisos.

Algo de estranho se passava, ou era apenas um delirio seu, de tão cansado que ficou de ouvir a outra dama a gritar.

Mas chega de pensar nessas coisas, deveria aproveitar o silêncio que agora chegara e aguardar que alguém viesse ao encontro do Prior para últimar os preparativos da sua execução.
--Atilia


Atília foi o mais rápido que conseguiu para o Porto com a finalidade de levar ao prior o traje que Beatrix preparara para ele.
Beatrix preparara a roupa que o prior usaria em seus momentos finais. Era um traje composto por uma camisa de linho bordada de cor branca, com detalhes de renda nas mangas e nos punhos, uma tunica curta de veludo negro com detalhes em seda também escura, bordada de prata que ia até os joelhos. Os bordados formando desenhos geométricos que lembravam o símbolo da ordem. Sobre a túnica ele usaria um casaco também bordado em prata e aberto na frente. O traje também trazia calças e uma capa, todas de tecido negro de veludo, seda e linho com detalhes bordados. A tecelã utilizara nos trajes toda sua arte e os conhecimentos adquiridos em Alexandria ...

Ela entregou o traje pessoalmente em uma visita à cela do prisioneiro.

- Senhor Yochana, vim em nome de Beatrix. Ela queria cumprir sua promessa. Trabalhou o mais rápido e melhor que pode. A morte não é mesmo o fim, como bem o sabemos.

Ela disse com expressão serena e entregou o traje que já havia sido vistoriado pelo guarda. Fez uma vênia ao prior, e em seguida retirou-se.
Imaculada


A Rainha dentro da sua cela, reclamava de tudo e todos á espera de melhor tratamento.


- ISTO NÃO É FORMA DE TRATAREM SUA MAGESTADE REAL EU MESMA! - Barafustava a Rainha do tal sitio

- SOU UMA RAINHA, UMA MAGESTADE! RESPEITO, POR MIM SEUS BASTARDOS, SEUS IMUNGOS! QUERO, QUERO FALAR COM O REI DESTA TÃO BELA TERRA QUE OUVI DIZER QUE ERA UM TIRANO, VEJAMOS SE EL' REI ME TIRA DAQUI!!

SOCORROOOO - Gritava a Rainha

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Nreis


NReis encontrava-se na sua cela à espera da decisão do Juiz, quando ouve a Rainha Imaculada gritar na cela a seu lado. Irritado com a situação de ter sido acusado injustamente, NReis levanta a voz e responde à Rainha, furioso:

- Cale-se, sua histérica! Lá na sua terra ensinaram-na a ser assim, que nem uma peixeira? Veja lá que isto não é lá o Sexo do Burgo ou lá de ontem você vem! Por Jah! Não me bastava esta situação e agora ainda tenho de aturar estas feirantes armadas em Rainhas? Já me chega a outra maluca da outra banda sempre a berrar, agora ainda mais esta!

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Celestis_pallas


Celestis prometera para si que não visitaria mais o seu pai, justamente, para evitar aborrecimentos. Era um lugar sombrio, não lhe despertava os melhores sentimentos. Yochanan também não se alegrava ao ver a filha naquele ambiente, já que fora criada no mais absoluto conforto, mesmo que não fossem, necessariamente, pessoas tão abastadas. Entretanto, logo cedo, lá estava a filha do prior.

Havia uma gritaria completamente desnecessária entre Nreis e Imaculada, certamente, estavam a brigar. Celestis não pode deixar de rir ante aquela balbúrdia e decidiu visitá-los primeiro, em sinal de sua consideração, sobretudo, com Nreis, seu novo vizinho:

- Boas, por acaso necessitam de algo? Paz, talvez? Bem, não trouxe nada, vim de mãos abandando, como diz o populacho. Mas se precisarem, saibam que é só pedir!

Em seguida, dirigiu-se a Imaculada:

- Donzela, és muito bonita, sinto muito pela tua prisão, ainda que tenhas sido justa perante as leis de Jah. Tome estes instrumentos de toucador, é o que costumo carregar! Vais ficar bonita e manterás tua dignidade. É difícil ter dignidade quando se está assim, de rosto desfeito.

Depois, a Nreis:

- Espero vê-lo em breve na vila! É sempre muito pesaroso quando encontramos pessoas tão receptivas e doces como tu num ambiente tão lúgubre! Meus mais sinceros votos de boa sorte.

Finalmente, caminhava para o fim do corredor. Seu coração disparara e uma sensação indigesta pairava em seu organismo. Era como se farejasse algo de insólito, de incomum. O ar estava pesado, o guarda não tirava os olhos de Yochanan, nem dela. Simplesmente recostou as mãos nas grades e nada disse, apenas encarou o pai, à espera de que ele lhe dissesse algo.

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Guarda_anacleto


Anacleto voltara aos seus afazeres na masmorra. Quando acorrera às celas para acalmar Nreis e Imaculada, deparou-se com a bela Dama, filha do Prior. Havendo este pedido para não ser visto por mais ninguém além do padre até ao momento da sua execução, o guarda não hesitou quando agarrou com firmeza o braço da jovem donzela.

Sem dar tempo desta obter a resposta do pai, é encaminhada até ao exterior das masmorras, onde o seu braço é finalmente solto e onde este antevê o pior dos cenários para si.
Celestis_pallas


Vermelha de raiva, a jovem foi agarrada pelo pulso, que lhe ardia até os ossos. Enfim, o guardinha a soltou, deixando-a completamente descabelada. E já fazia algum tempo que ela gastava todas as suas economias para comprar babosa (aloe vera) a fim de deixá-los livres dos embaraços. Deu-lhe um tapa bem dado. E não foi numa das faces, foi bem ao centro do rosto. Por pouco, o nariz do rapaz não sangrou.

- Como ousa? Quem o treinou para reagir de maneira tão truculenta? Minha entrada foi autorizada, tu deverias estar mais informado! Com licença, tenha um péssimo dia, é o que tu mereces!

Saiu ligeira, antes que alguém presenciasse tal desacato a uma autoridade. Já sentia uma ligeira dor de cabeça depois de visitar aquele local horroroso, portanto, foi bom que não tivesse permanecido ali durante tanto tempo. Mesmo que não tenha trocado palavra com o pai, foi-lhe reconfortante poder vê-lo e saber que ainda estava bem. Mas um mau presságio ainda invadia seus pensamentos. Mais uma vez aquela sensação de estarem escondendo algo da jovem Viana a acometeu.

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Narrador....


A manhã da execução de Yochanan seria um dia agitado, bem mais do que quem assistiria a sua morte poderia supor. Muitos preparativos foram feitos para tornar aquele dia único e inesquecível. Era um dia frio e cinzento como tantos outros dias de inverno. A esperança de calor e primavera parecia uma promessa distante. Mas assim são todos os dias do frio inverno, mas ao final, o calor sempre rompe o frio e derrete a neve, contrariando nossa descrença.

Após receber a visita de um pároco para ouvir as últimas confissões do condenado, ele pode arrumar-se e vestir o belo traje que usaria em seus momentos finais. Dentro do traje entre o forro e o tecido, havia algo que não seria tão facilmente percebido, esse item era fundamental à vida do prior. Dentro do acolchoado do traje estava oculto um segredo, quem visse acharia que aquilo apenas serviria para deixar Yochanan mais elegante. Ledo engano.

O carrasco havia sido instruido para utilizar a estrutura do traje, para na hora de pôr a corda no pescoço do condenado, prender a corda com um gancho, que aproveitaria uma estrutura montada por dentro do traje para que a força da queda não quebrasse o pescoço do prior e nem produzisse asfixia, para que assim ele não morresse de fato.

Contudo, no momento pouco antes da execução ele ingeriria o veneno dado por Letícia e qualquer médico que o examinasse atestaria a morte, pois a droga induzia a um estado cataléptico em que a atividade do corpo se reduziria de tal maneira que não seria possível notar batimentos cardíaco ou pulsação. O corpo pareceria frio e rijo como se verdadeiramente afetado pela morte. Quando o corpo do prior pendeu do cadafalso, ninguém suspeitava do que ali havia acontecido de fato, para todos o prior estava verdadeiramente morto.

Após a execução, o médico chamado atestou a morte, sem preocupar-se em conferir outros detalhes, visto que era evidente que ninguém sobreviveria àquela execuação.

Ele deixou o corpo sobre uma mesa pronto para ser levado apenas no dia seguinte para que a família providenciasse os ritos fúnebres.

Esse agora seria o momento, em que a parte de Ava no plano seria essencial.

Como havia sido falado com Leticia, Ava ficara encarregue de adormecer os guardas. Passara a tarde toda na sua padaria fazendo pequenos bolos de Laranja e Canela e assou um pequeno cordeiro.

Enquanto confeccionava, Ava olhara para o pequeno frasco que lhe havia sido dado. Juntou o seu conteúdo nos queques, visto que sabia que os guardas não lhes iriam resistir. Após terminar de arrumar tudo numa cesta dirigiu-se às masmorras e entregou a cesta aos guardas pedindo que fosse entregue a Yochanan para que aquela fosse a sua última refeição.

Aquela hora havia diso escolhida estrategicamente por Ava que sabia que naquele momento o Prior já havia feito a sua última refeição e que os guardas iriam comer o conteúdo do cesto e teria apenas que esperar que Leticia aparecesse para que o plano pudesse prosseguir.
Leticia


O jantar que os guardas comeram pouco antes da execução do prior, fora preparado com um sonífero, feito exclusivamente para garantir que o corpo pudesse ser levado sem resistência e da forma mais discreta possível.

O efeito desejado fez-se sentir e por volta das 22:00 quando todos os guardas dormiam, e o corpo de Yochanan estava sobre a mesa, sem vigilância alguma, graças a isso.

Ava estava ali, aguardando a presença de Letícia, e essa não se fez demorar. Ela surgiu acompanhada de um homem vestido de negro e usando um capuz.

Eles haviam deixado a carruagem onde colocariam o corpo do prior em um local discreto e estratégico.

- Eu estava lá e assisti a tudo. Sabe que quase me emocionei?

Letícia disse com sorriso sarcástico, encarando Ava, e em seguida observou o corpo do prior, disposto sobre a mesa, usando o belo traje da ordem, confeccionado pela prioresa dos Fabri Telae.

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Ava


Ava havia cumprido rigorosamente tudo o que tinha acordado com Leticia, à excepçao de Nreis e Imaculada, que acabaram por comer queques para se calarem de uma vez pot todas.

Enquanto aguardava a chegada de Leticia Ava observava o Prior e fazia um carinho no seu rosto, sentido a sua pele gelada na sua mão que a fez duvidar por momentos que o plano desse certo.

Avs volta à realidade quando ouve Leticia, e faz cara de desdem , aquela mulher causa lhe calafrios.


- O que quer que eu faça? - Pergunta Ava aguardando uma resposta.

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Leticia


Leticia examinou o corpo do prior, notou que havia uma leve vermelhidão no pescoço, mas que ele estava intacto. Aquilo era esperado, mas ela iria certamente ter motivos para torturar um pouco o carrasco desleixado.

- Ele parece mesmo morto, não é. O efeito é incrível. Deve durar pelo menos mais doze horas, mas ele precisa de cuidados, ou o veneno pode deixar sequelas e não queremos isso.


Letícia disse e em seguida respondeu a pergunta de Ava.

- Vai nos ajudar a levá-lo até a carruagem que estacionei perto daqui. Preciso sair pelos fundos o mais discretamente possível e há uma porta de metal. Tem como abri-la para nós?

Enquanto Letícia falava, o homem tirava de dentro de um alforge um saco todo preto, e começava a cobrir o corpo do prior para que pudesse carregá-lo. Assim que terminou, o colocou sobre os ombros como se fosse um saco de batatas. Resmungou reclamando do peso, mas foi fuzilado pelo olhar gélido de Letícia que emendou um sorriso.

- Ele devia ter comido menos queques.

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Ava


Ava havia recolhido todas as chaves que os guardas tinham em sua posse, caso fosse necessário abrir alguma das portas que se situavam nos fundos das masmorras.

- Não sei qual delas será - diz olhando para as chaves. - Só há uma forma de saber. Vamos?

Leticia e o carrasco brincavam com o peso do Prior. Embora Ava permanecesse calada, a verdade é que enquanto esperava por eles, reparou que os botões do traje estavam um pouco justos e que poderiam soltar todos se o Prior por um acaso respirasse.

Permanecendo a divagar nos seus pensamentos, chega à esperada porta e rapidamente começa a experimentar todas as chaves, quando o tão esperado barulho da fechadura a abrir se ouve.

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Leticia


Letícia aguarda que Ava abra a porta dos fundos ansiosa. Ela fica um pouco impaciente com a demora, mas felizmente, sua espera não é muita.

O homem continua carregando o corpo inerte do prior e não demora para que cheguem à carruagem.

Lá o corpo do prior é colocado com cuidado o homem sobe para dentro do coche e oferece a mão para Letícia.

- Sua ajuda foi providencial, assim que ele estiver bem, enviaremos notícias.

Ela entra e se prepara para partir.

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Ava


Após a partida de Leticia com o corpo do Prior, apenas resta a Ava esperar. Esta regressa ao interior das masmorras, devolve as chaves aos guardas e regressa a casa, onde decidir ficar a aguardar por noticias.

Uma vez que é vizinha de Cellis pensa em dar-lhe algum conforto nesta hora e assim se manter mais próxima para saber se algo der errado.

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Leticia


A carruagem de Letícia levando o prior desacordado deixa os arredores do castelo do Porto, sumindo na noite escura.

Quando os guardas despertassem na manhã seguinte, se dariam conta de que o corpo que deveriam entregar a família do condenado havia sido roubado.

Em meio ao bosque que rodeava velhas ruínas grego-romanas, em um cenário distante dali, uma anciã de capa escura receberia a carruagem e seu ilustre ocupante.

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