[RP] Festa de Premiação do Campões - II Torneio Real Justas

Música

Um espaço foi armado em meio às barracas do torneio e dos comerciantes, e ali ergue-se um palanque e um pódio para a entrega das medalhas e dos certificados dos participantes. Além das premiações, seria também um espaço de festa e de baile que agora tomava conta da praça.

Archotes e lanternas foram dispostas de forma a iluminar a praça para a festa que seria àquela noite a céu aberto. A noite estava fria, mas não havia chegado ainda a neve e para espantar o frio da noite, havia algumas fogueiras armadas e distribuía-se vinho quente, com canela e especiarias que esquentava o corpo e animava a alma.

As bandeirolas enfeitavam o céu com cores vivas, iluminadas pelas lanternas.



Em cima do palanque logo um grupo de músicos se organizou para tocar músicas animadas para dança e algumas canções natalinas, pois a época da comemoração do nascimento de Christos se aproximava. Uma época propícia não para guerras e combates mas para promover o amor, a tolerância e a união.

Para distrair o público em outra parte da praça um grupo de saltimbancos faziam malabarismos com fogo.

William estava novamente em Portugal, depois de uma missão que tivera em Castela. Infelizmente, ele chegara demasiado tarde para se inscrever, mas soubera da festa e resolveu comparecer para rever a irmã. Havia recebido notícias preocupantes e queria saber se ela estava bem.

Ao ver uma bela moça ruiva de costas, pensou tratar-se de Beatrix e tocou-lhe o ombro, ao ver que não era ela corrigiu-se.

- Desculpe, senhora, creio que me confundi, pensei que era a minha irmã. Mas se não estou enganada, a senhora é a afilhada dela, não é isso? Beatrix Algrave é sua madrinha?

Anglys tosse de momento e pede desculpas e fica por um momento calada depois responde com prontidão:

-Sim Beatrix Algrave é a minha madrinha, e fico feliz por o conhecer senhor.

- O prazer é meu, senhora, sou William Algrave. Está uma noite fria mas agradável. Enquanto minha irmã não chega, me acompanharia em uma dança?

Ele propõe, faz uma mesura a Anglys e aguarda sua resposta.

Maltese entra na festa com um sorriso. O pouco peso da sua bolsa não o parece preocupar muito. Fartou-se de ganhar dinheiro a apostar no seu primo Mpontes, mas, feitas as contas, perdeu-o todo nos dois últimos combates. Ainda assim, não pode deixar de estar satisfeito. O seu primo conseguiu chegar a duas finais e bateu-se como um bravo. Uma vez mais, a Casa de Albuquerque provou a sua mestria nas armas e, ainda que não tenha conseguido sair vitoriosa, a sua reputação permanece intocável e até foi engrandecida.

Quanto ao dinheiro que perdeu nesse malfadado vício das apostas, Maltese tem uma boa solução:
- Vou beber o suficiente para compensar o meu prejuízo - diz com um sorriso.

Depois, aproxima-se do vinho, prova-o e volta a sorrir. A qualidade do vinho da Coroa é tanta que bastam dois copos para compensar todo o dinheiro que perdeu. Enquanto bebe e ecnhe o terceiro copo, murmura:
- A partir de agora é só lucro!

Bebe-o de um só trago e começa a encher o quarto copo.

O Cavaleiro Azul chegou ao local da festa, onde receberia a medalha por ter conquistado o terceiro lugar na competição do torneio. Ainda que preferisse muito mais uma vitória maior, ao menos ficara entre os três primeiros. Esperava ter um desempenho melhor no próximo.

Assim, ele foi caminhando, com seu traje de batalha cuidadosamente limpo para a ocasião.

A rainha de armas chegou a festa dos campeões. Ela conferiu atentamente que os arautos haviam feito um bom trabalho. Todos se divertiam, bebendo e dançando e alguns dos campeões já estava também presentes animando a festa que trazia um pouco de luz e calor naquela noite, que se preparava para receber o inverno que cada vez mais se aproximava.

A rainha de armas estava usando um tabardo de veludo bardado com as armas da Heráldica Portuguesa. Por conta da noite fria ela vestia também uma capa de veludo com o mesmo motivo. Ao ver que tudo estava pronto para a cerimônia, ela caminhou até o tablado que fora armado para a ocasião. Enquanto caminhava percebeu a precipitação de pequenos flocos de neve que começavam a cair e iam pintado a praça com uma fina camada branca, que em breve se tornaria mais densa.

Uma vez que começara a nevar era imprescindível abreviar aquela celebração ao ar livre. Ao ver que a rainha de armas se aproximava do tablado, ao seu sinal, os músicos cessaram a animada bransle que alegrava os dançarinos.

Os trompeteiros anunciaram com uma fanfarra a hora da premiação. Após isso a rainha de Armas que já se encontravam sobre o tablado, pediu a atenção de todos e anunciou a premiação.

- Caros portugueses, é um prazer para mim celebrar o encerramento do II Torneio de Justas da Coroa Portuguesa e homenagear aos nossos bravos guerreiros que participaram desse evento. Espero que muitos outros torneios aconteçam e que assim, nossos guerreiros portugueses possam exibir sua habilidade e sua força em tempos de paz e prosperidade. Assim, é com grande satisfação que entrego as medalhas e os certificados para os três primeiros colocados de cada modalidade. Mas saibam que todos os participantes estão de parabéns, pelo compromisso, pela coragem em enfrentar desafios. E que possam vencer muitas outras competições e batalhas.

Um arauto traz um estojo com as medalhas da justa com lança e outro da justa com espadas, um terceiro arauto traz os certificados para os campeões de cada modalidade.

- Para o terceiro lugar da justa a pé com espadas, Dom Lavos Viana Massolinni, a medalha de bronze.



- Para o segundo lugar da justa a pé com espadas, Dom MPontes de Albuquerque, entrego a medalha de prata.




- Para o primeiro lugar da justa a pé com espadas, Dom Damien Blake Mondragon, entrego a medalha de ouro e o certificado de Campeão Real Português.






A rainha de armas aguarda que os agraciados recebam as medalhas e o certificado e em seguida prossegue com a premiação para os campeões das justas a cavalo com lança.

- Para o terceiro lugar da justa a cavalo com lança, o Cavaleiro Azul, a medalha de bronze.



- Para o segundo lugar da justa a cavalo com lança, Dom MPontes de Albuquerque, entrego a medalha de prata.




- Para o primeiro lugar da justa a cavalo com lança, Dom Evaísto Próspero, entrego a medalha de ouro e o certificado de Campeão Real Português.







A Rainha de Armas vai entregando as medalhas a cada um dos campeões das justas a cavalo com lança. Por fim ela diz.

- Mais uma vez parabenizo a todos pelo bom combate e por terem dado um excelente espetáculo que enobrece e engrandece a bravura do povo português. O torneio de justas foi uma iniciativa da Coroa Portuguesa e da Heráldica Portuguesa que espero que se repita muitas outras vezes. Alguns não puderam estar aqui nesta noite pois necessitavam retornar com urgência para suas cidades. Esses poderão entrar em contato com a Heráldica por correio, e um arauto irá entregar as insignias pessoalmente. Desejo a todos que aproveitam a festa enquanto o frio da noite e a chegada da neve vos permitir. Uma boa noite a todos e até uma próxima oportunidade.

A rainha de armas termina seu breve discurso e em seguida os músicos retomam seu trabalho em entreter e animar a noite, enquanto que o vinho quente continua a aquecer aqueles que ainda permanecem na festa apesar do frio da noite que começa a se intensificar com a chegada da neve.

Ao ouvir seu nome ser chamado, o Cavaleiro Azul se aproxima do tablado para receber a medalha pelo terceiro lugar na justa a cavalo. Era a primeira premiação do tipo que recebia e estava muito feliz com isso.

Após receber a medalha da rainha de armas, fez uma vênia para a dama e agradeceu ao público que o aplaudiu com outra vênia.

Em seguida, desceu do tablado e ficou no podium enquanto outras medalhas eram distribuídas, aguardando o discurso final.

Assim, que o discurso terminou, deixou o podium e resolveu aproveitar um pouco mais a festa, bebendo do vinho quente e buscando alguma bela donzela para dançar e divertir-se.