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[RP] A Biblioteca Flaviense

Leonardodavinci
Todos os livros aqui listados tem apenas pretensão de divulgação, não há interesse comercial.

Os livros são em sua maioria de publicação anterior a 1465.

Todos os livros aqui listados já não são mais protegidos por direitos autorais e, portanto, são de Dominio Público. Isso não significa que pode se fazer com eles o que se bem entender, aconselho que se informem acerca das normas a seguir. No entanto, atesto de primeiro momento que a leitura é livre.

Os livros aqui divulgados foram retirados de fontes como o Project Guthenberg, EbooksBrasil e demais acervos digitais que detêm esses livros em seus servidores.

Aproveitem a leitura




Leonardo Torre Pereira trabalhara durante longas e duras horas na reforma e construção da Biblioteca. O edifício havia sido reaproveitado de um solar abandonado há muito tempo por uma família que habitara a região no passado. A estrutura foi reaproveitada, mas foram necessárias diversas alterações arquitetônicas para adaptar o prédio a residência não de pessoas, mas de livros.

Grande parte das obras ali presentes foram adquiridas e reunidas por ele ao longo de suas viagens, outras ainda oriundas da Biblioteca dos Torre. De fato, não se sentia satisfeito de manter aquelas obras confinadas em algum repositório privado. Por conta disso, negociara com a Casa do Povo de Chaves para que a Biblioteca fosse disponibilizada para utilização da povoação.

O ambiente na biblioteca era amplo e as grandes janelas forneciam toda a iluminação, embora fosse necessário cerrar parcialmente as cortinas por algumas horas para evitar que o calor e os raios solares danificassem os livros. A área onde ficavam as estantes eram separadas da área de leitura e e no andar superior havia uma sala destinada a reunião e discussão.










Além dessas obras acima listadas, a Biblioteca possui uma gama de livros destinados a conhecimentos técnicos e de diversas áreas obtidas em monastérios lusitanos e espanhóis.


O motivo que me levou a reunir esses livros aqui é para que através da leitura dessas obras, os jogadores possam enriquecer seu RP, tanto com o espirito neoclássico, quanto com o acesso a linguagem mais antiga presentes na Ala Portuguesa e nos livros de trovas.

Neste espaço os jogadores são livres para interagir com os livros e com o ambiente, desenvolvendo a trajetória do seu personagem pelas estantes e pelas leituras dessa biblioteca.

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Nicollielo


Estar diariamente ligado a politica, trazia um beneficio a Nicollielo que era a informação. Assim que ficou sabendo que a biblioteca que passava tanto tempo por lá iria ser reformada Nicollielo fica muito animado para ler os livros novos que estariam por lá.

Após um tempo, outra informação chega a seus ouvidos, a de que ja estava pronta a reforma da biblioteca, ele imediatamente vai até lá para ver o resultado e também ler algum novo livro. Estava tudo lindo novamente, bem organizado, nicollielo sabia o livro que procurava, Leonardo havia o recomendado, ele procura a ala grega e então acha o livro Rei Édipo.

A biblioteca estava tão agradável que ele resolve ficar por ali, senta e começa a ler o livro que havia pego. Depois de bom tempo, quando acaba de ler a peça, imaginando os detalhes , então se despede da biblioteca voltando a realidade
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Diácono de Chaves
Assistente de Planeamento de Chaves
Raquel_


Raquel estava muito feliz, pois soube que a biblioteca tinha ficado pronta. A prefeitura tinha se empenhado em disponibilizar esse espaço para os habitantes da cidade, e ficou muito feliz em saber que havia conhecimento disponível para quem realmente se interessava.

Entrou no edifício curiosa como um gato: olhava todos os detalhes, e passeou pelas estantes admirando os títulos dispostos. Tocou em alguns levemente com os dedos, satisfeita com o que via. Logo, se interessou pela ala secreta, e retirou da estante O Elogio da Loucura.

Raquel se encaminhou para uma das mesas, sentou-se e começou a folhear o livro. Pensou que haveria de passar uma tarde bastante agradável, pois há muito tempo desejava ler este livro, que não tinha em sua estante particular. O silêncio da biblioteca a deixava confortável, folheou algumas páginas com cuidado, e logo se prendeu a um parágrafo intrigante:

Quote:

"Quando Plutão pareceu hesitar se devia incluir a mulher no gênero dos animais racionais ou no dos brutos, não quis com isso significar que a mulher fosse um verdadeiro bicho, mas pretendeu, ao contrário, exprimir com essa dúvida a imensa dose de loucura do querido animal. Se, porventura, alguma mulher meter na cabeça a idéia de passar por sábia, só fará mostrar-se duplamente louca, procedendo mais ou menos como quem tentasse untar um boi, malgrado seu, com o mesmo óleo com que costumam ungir-se os atletas. Acreditai-me, pois, que todo aquele que, agindo contra a natureza, se cobre com o manto da virtude, ou afeta uma falsa inclinação, ou não faz senão multiplicar os próprios defeitos. E isso porque, segundo o provérbio dos gregos, o macaco é sempre macaco, mesmo vestido de púrpura. Assim também, a mulher é sempre mulher, isto é, é sempre louca, seja qual for a máscara sob a qual se apresente.

Não quero, todavia, acreditar jamais que o belo sexo seja tolo ao ponto de se aborrecer comigo pelo que eu lhe disse, pois também sou mulher, e sou a Loucura. Ao contrário, tenho a impressão de que nada pode honrar tanto as mulheres como o associá-las à minha glória, de forma que, se julgarem direito as coisas, espero que saibam agradecer-me o fato de eu as ter tornado mais felizes do que os homens."


Um leve sorriso desabrochou no rosto de Raquel, e, submersa em pensamentos, concentrou-se na loucura como sujeito, e aprofundou-se na leitura embalada pelo silêncio, quase como numa meditação.

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Giorgio.


Giorgio adentrou a Biblioteca Flaviense, um espaço amplo e bem distribuído. Caminhou lentamente por entre as estantes que se enfileiravam de forma imponentes no grande salão que servia para repositório da maior parte do acervo. Parou alguns segundos para sentir o ambiente a sua volta. Na mente do jovem genovês, não havia grande diferença entre aquele ambiente e a nave de uma catedral. O silêncio era tão sagrado como em uma cripta de um Rei e a devoção com que se tomava aqueles livros nas mãos era a mesma com a qual se recebia a hóstia. A estranha analogia lhe era divertida, a comparação entre um ambiente centrado na servidão ao divino e outro destinado a elevação do espírito pelo conhecimento.

Na sua mente, circulava o pensamento profano:

"São as palavras de Virgílio, mais eternas que as palavras de Christos?"

Ora, era possível que houvesse diferença no efeito dos dois gêneros sobre o espírito humano e o quanto aquilo poderia ser espantoso. Será que os sacerdotes de Christos caem em seus pecados mais vezes do que os poetas inspirados por Virgílio? Até que ponto é o homem dissociável da influência divina? Um imenso e maravilhoso objeto de estudo, mas que não era para aqueles tempos ainda, talvez ao futuro estivesse delegada aquela tarefa. O rapaz, no entanto, sentia que ali naquele ambiente, mesmo que em silêncio, podia questionar.

Giorgio era um grande apreciador da arte poética, deleitava-se nelas como se flutuasse num rio de leite morno. Para ele, uma obra extensa, técnica e precisa, tentando elucidar um determinado conceito, perderia espaço rapidamente para uma coleção de sonetos tratando do mesmo assunto. Isso é porque a poesia atinge fundo o espírito humano.

Ele tomara consigo o exemplar do Cancionero da Vaticana, que reunia as trovas dos mais diversos autores ibéricos. Ali imerso naqueles finos poemas, esperava compreender um pouco mais da terra que habitava e do povo que a constituía.
Leonardodavinci


Leonardo chegou na biblioteca quando os primeiros raios de sol do dia criavam um gradiente iluminado no céu ainda estrelado. Durante aquela hora, o silêncio era tumular, obscuro e talvez ainda mais místico do que durante o dia. O jovem italiano auxiliado por alguns funcionários da prefeitura, trazia com ele uma gama de novos livros, a maioria cópias obtidas de exemplares de sua própria biblioteca, para preencher as prateleiras.


Após adicionar diversos títulos a Ala Grega e Latina, Leonardo se retira da biblioteca pensativo.

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Vallentinna


Um dia a menos na ignorância



“Deve ser aqui” Pensou consigo mesma ao repousar as mãos ao redor da cintura, encarando o edifício a sua frente. Relativamente grande, o prédio era composto por diversos vitrais que muito lembravam os das catedrais das quais só conhecia por meio das histórias de vida de sua avó. Criada numa cabana em meio a floresta, Vall nunca conhecerá seus pais, vítimas de uma doença que só poupara a menina e sua avó, sobrando para esta a criação e educação da neta.

- Com licença...
– Digo ao adentrar o edifício, recebendo logo de cara um olhar repreendedor, seguido de um gesto de mão pedindo por silêncio de uma senhora atrás do balcão, ao qual logo supus se tratar da bibliotecária do local. – Desculpa... – Apresso-me a responder enquanto realizava curtas e repetidas vênias, seguindo com passos rápidos até uma das seções de livros mais próximos. Apesar de ter vivido isoladamente boa parte de sua vida na floresta, Vall conseguira aprender a ler e a fazer operações básicas de matemática com sua avó, o que poderia ser considerado um verdadeiro milagre uma vez que a senhora já se encontrava praticamente cega quando lhe dera aulas.

- Por onde eu deveria começar... – Tomo o cuidado de falar baixo ao dedilhar a ponta dos dedos sobre os diversos livros enfileirados nas prateleiras, buscando algo que fosse ao mesmo tempo fácil e interessante. Apesar das tentativas nobres de sua avó de lhe dar alguma educação, a verdade é que Vall mal conhecia as coisas que eram consideradas importantes para se viver no mundo, algo do qual a menina tomara ainda mais ciência desde que se mudará para Chaves.

“Vamos ver... Isso parece promissor”
adianto ao puxar uma enciclopédia grossa de uma das prateleiras, folheando as páginas aleatoriamente até me deparar com um esboço de Portugal, seus condados e as principais cidades que os compunham. – Uauu! – Deixo escapar ao observar o mapa, completamente encantada com os traços e as cores que pareciam saltar das páginas do livro. De fato, era a primeira vez que via algo tão bonito desenhado em um livro, bonito o suficiente para não notar o olhar pesado da bibliotecária em minha direção, algo que facilmente foi resolvido quando a mesma pigarreou em minha direção, indagando em seguida.

– Vai ficar aí em pé o dia todo ou vai sentar, querida? – Sua voz era calma, mas, ao mesmo tempo, intimidadora, fazendo-me recordar muito de minha avó quando esta perdia a paciência comigo. Desculpo-me novamente com um rápido aceno de cabeça antes de caminhar até uma das mesas de leitura, atirando a enciclopédia ainda aberta no mapa sobre sua superfície antes de sentar na cadeira, debruçando-me em seguida sobre o livro.

“Se eu estiver certa... Então eu devo estar aqui” Pressiono a ponta do dedo indicador contra o desenho em formato de cidade que levava a palavra “Chaves” em seu topo, concluindo que ela e das demais cidades que ostentavam o mesmo emblema deveriam pertencer ao Condado do Porto. De fato, aquela leitura provavelmente levaria o dia todo de Val, algo do qual a menina não parecia nem um pouco preocupada em perder.


Rp aberto a interações.
Leonardodavinci


Leonardo atravessou os grandes portais de entrada da Biblioteca Flaviense e dirigiu-se ao interior do edifício. Era uma visita breve, pois não tinha muito tempo naquele dia. Era pouco o movimento no local e talvez por isso, a biblioteca ainda contivesse grande parte de seu espírito.

O rapaz visitou as estantes, tomou para si alguns exemplares e se dirigiu num canto para uma breve leitura. O tempo passou e ele se viu absorto naquele mundo de palavras. Uma certa dificuldade para se desvencilhar das idéias que lhe surgiam, conforme progredia na leitura.

Fechou o livro e ficou alguns minutos a pensar no que lia. Era um hábito seu fazer isso. Quando a leitura era boa suficiente, para perturbar sua mente e aguçar suas ideias, fazia este momento de reflexão, que se assemelhava a uma prece. Uma solenidade, dedicada ao poder do saber.

Em breve voltaria ali, para aumentar ainda mais o acervo daquela biblioteca, que para ele era um espaço especial.

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