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[RP] Sala de orientação e aconselhamento |Énnoia|

Raquel_


Era um bonito dia na primavera de 1465, quando Raquel tomou a decisão de abrir um pequeno e singelo escritório no comércio de Chaves. Bastava uma mesa, algumas poucas cadeiras, pena, tinta, uma pequena caixa de madeira e disposição.

A jovem criara coragem recentemente, após alguns anos em Portugal, a ouvir toda a sorte de infelicidades, conversar pacientemente com camponeses que trabalhavam em suas colheitas, e afastar nem que fosse por ruptura o conflito cultural que encontrou nesta terra tão distante do seu local de origem. Permitiu-se um pouco de aproximação com passantes da cidade, viajantes, pessoas de passagem para Castela.

De certa forma, adquiriu alguma bagagem para que pudesse contribuir mesmo que com pouca coisa para a vida de alguém, mesmo possuindo dificuldades para resolver a sua. "Ora, há problemas quem nem mesmo os provérbios populares ajudam a resolver", pensava Raquel. Estar mais perto de um humano e ter contato com sua emoções e até mesmo com sua breve história era considerado como uma vitória, pois contribuía para o seu auto-conhecimento.

Seu empregado de confiança Ladislau pendurou ao lado da porta de entrada uma placa talhada em madeira:

Quote:

Sala de orientação e aconselhamento Énnoia|ἔννοια
Se tem algum problema não hesite em visitar, ou escrever
Atendimento 1 vez por semana, às segundas-feiras
Preço simbólico de um cruzado

_________________
--Ivone


Era uma tarde de uma segunda-feira, e Ivone passava próximo ao mercado de Chaves, quando avistou uma placa sobre aconselhamento, mas não dizia sobre o quê.
Ela entrou na salinha e viu uma mulher sentada e lendo alguma coisa. Chegou mais próxima dela e perguntou o que aconselhava. A mulher disse que de início poderia ser qualquer coisa, e convidou Ivone a se sentar.

Agradeceu, e começou a falar sobre o seu problema.

- Pois dona moça... o meu vizinho vive falando coisas desrespeitosas a mim quando meu marido sai para trabalhar. Disse que um dia ainda invadiria minha casa e faria bom proveito da minha cama comigo. Não aguento mais passar por isso, e nem digo nada ao meu marido porque senão vai ser pior. Não sei mais o que fazer, por isso nesse momento acho que estou sendo louca de dividir com uma estranha...


Ivone viu que a moça olhava prestava atenção ao que dizia.
Fulgencio
Fulgêncio era um jovem sapateiro de Valladolid. Estava em Chaves visitando parentes. Eram parentes distantes na verdade e sua real intenção ali não era aproximar laços familiares, mas recorrer há um empréstimo para pagar diversas dívidas que tinha em Castela.

Fulgêncio, se vestia de forma elegante quando atravessou a porta da sala de orientação. Estava ligeiramente tímido, carregando o chapéu contra o peito e observando todos os cantos, com certa expectativa e curiosidade. Avistou uma moça linda de morrer sentada e ao lançar um galanteio, foi rapidamente cortado e meio constrangido sentou-se e foi direto ao assunto.

- Bem, cara dama, o que me ocorre é um problema terrível, muito sério e que me causa severa inquietação. O que me acontece, é que tenho problemas sérios com dinheiro. Eu sou um simples sapateiro mas adoro me vestir bem. É um problema terrível pra mim sair a rua se não estiver a vestir um punhado de seda ou veludo. Roupas gastas não suporto se quer olhar. Por conta dessa minha preferência...digamos assim... eu gasto a maior parte dos rendimentos da minha oficina, chego a passar fome algumas noites para comprar uma jaqueta de qualidade superior, principalmente se houver brocado com fios dourados. - Ele colocou a mão na cabeça, coçando-a nervosamente - Ainda estou em dívida com a maioria dos tecelões de Valladolid e por vezes tenho que ficar em casa escondido e nem sequer posso trabalhar, o que agrava ainda mais minha situação. Não que eu esteja te pedindo um empréstimo nem nada, o que não seria de todo ruim, mas não estou me atrevendo a sugerir que talvez se a dama me emprestar um pouco de dinheiro eu iria agradecê-la para sempre. Só que se não tiver jeito, um aconselhamento qualquer que me ajude, será muito útil.

Ele então se abraçou ao chapéu e ficou fitando a moça, expectante.
Raquel_


Raquel prestou atenção ao que aquela moça dizia, era a primeira que havia pedido aconselhamento após a abertura da sala. Ela se compadeceu daquela situação, pois não tinha pedido ajuda a ninguém. Quem sabe o quanto de impropérios aguentou ouvir calada? Havendo empatia instantânea, tratou de pensar uma solução para aquela humilhação, com esperança que pudesse ser resolvido.

- Dona...não sei o seu nome, me desculpe. Pois, a senhora não explicou o porquê de não dividir esse problema com seu marido, mas como não convém ao caso, farei o melhor que puder para te ajudar. Um contratado da segurança do meu irmão irá abordá-lo, para que não volte mais a te importunar.


A mulher se apresentou como Ivone, e agradeceu a ajuda, tirando de um pequeno saco de tecido uma moeda de 1 cruzado. Ambas se despediram, e Raquel voltou ao que fazia anteriormente.
Passado um tempo, entrou um homem vestido suntuosamente que muito bem poderia ser confundido com um nobre, e no primeiro diálogo lançou um galanteio, no que foi imediatamente respondido com uma ríspida recusa.
Não obstante, ao relatar sobre seu problema, o rapaz pediu um empréstimo para Raquel, deixando-a mais irritada, mas seu semblante permanecia o mesmo, até respondê-lo.

- Bem, senhor sapateiro, como vês, é uma sala para aconselhamento, e não um banco. Creio que se realmente quisesse ter um empréstimo comigo, o senhor seria caçado por toda a região que pisasses, e se pretendesse levar ao mundo uma nova geração, ela não seria excluída.
- Ela dá uma pausa e prossegue - Mas como está aqui em Chaves, é a sua chance de arrumar um trabalho digno e passar uns tempos por aqui para planejar como saldar suas dívidas. Posso oferecer até trabalho nos meus campos.

Ela apóia os cotovelos na mesa, e une os dedos, como se estivesse orando.

- Mas se por acaso eu souber que esteve ao encontro de algum tecelão, considere a hipótese de como estivesse realizando um empréstimo comigo... sua consulta não será cobrada, caso queira acerte os pormenores comigo sobre seu trabalho amanhã.

O sapateiro agradece com desconfiança, e se retira da sala.

_________________
--Manoelzinho
O menino avistou a porta da salinha aberta, e entrou afobado. Estava sorridente, com uma cara de arteiro, pronto para fazer uma traquinagem. Olhou para a moça que estava à sua frente, e falou rindo: - Dama Raquel! O meu pai mandou avisar que admira muito a senhora, e a convida pra tomar um chá pra se conhecerem! - Ele fala mais baixo, rindo mais ainda - Acho que ele está apaixonado por você!

Manoelzinho ouve a resposta de Raquel e sai correndo em direção às ruas de Chaves
Maria_eduarda


A pequena garota avistou um menino sair de uma casa, correndo o quanto podia para alcançar as ruas de Chaves. Curiosa, foi até a casa ver se o tal menino não tinha roubado algo, vislumbrando uma oportunidade de conseguir algo de valor também.

Ela chegou na porta, e viu uma placa, mas não sabia ler. Olhou para dentro, já que a porta estava aberta, e avistou uma mulher sentada a ler um livro. "Por que o garoto saiu correndo, se a mulher está tão tranquila lendo um livro?"

A mulher percebeu sua presença, e com timidez Maria Eduarda se escondeu parcialmente. Ela convidou para entrar, e a pequena garota lentamente e desconfiada entrou. Sentou na cadeira que a mulher havia indicado, e a mesma perguntou se estava tudo bem. Maria Eduarda assentiu com a cabeça.

A mulher disse o seu nome: Raquel. Sem cerimônias, ela disse que reparou nas polainas da menina, que já estavam bem poídas e com furos, e perguntou para Maria Eduarda se queria que ajeitasse suas polainas. A menina por um breve tempo ficou indecisa, e ainda desconfiada disse que sim.

Raquel chamou prontamente um senhor, e pediu para que ele fosse na sua casa buscar o estojo de costura; enquanto isso ela passaria no mercado da cidade para comprar pêssegos para a menina se distrair.
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