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[RP] O Tâmega e a Ponte de Trajano

Leonardodavinci


O grande Rio Tâmega nasce na Serra de São Mamede na Galiza, ao Norte do Condado do Porto. Cortando a terra diligentemente de norte a sul, até desaguar no Douro. O grande corpo de água entra em Portugal atravessando searas, trigais, vinhedos e centeais. Todas as culturas agrícolas encontram a margem desse rio um recanto próprio. Até chegar em Chaves atravessa os bosques e pomares com graciosidade própria, enriquecido pelo material de suas margens, torna-se as vezes lodacento.





Na altura da cidade de Chaves, o Tâmega passa com fortes correntes, largo e muito acidentado. Para que fosse possível conectar o Leste e o Oeste do Condado do Porto, foi construída diante da povoação a imponente Ponte de Trajano. Passagem obrigatória para os visitantes e moradores que desejam ascender à cidade, é ela quem acolhe a todos e que se despede deles sempre mui saudosa. A mais antiga ponte de Portugal tem resistido as turbulências e cheias do rio a mais de mil anos, sendo o mais notável legado dos antigos nestas terras. A relação quase amorosa entre o rio e a ponte é de grande beleza, as colunas seguram o rio contra a correnteza quando os ventos o agitam e os arcos de volta redonda que sustentam a ponte, ao pleno estilo românico, se refletem e se completam no rio em grandes círculos harmônicos quando este está calmo.

Exatamente ao centro da ponte, estão os marcos miliários em cujo as inscrições mui antigas apontam a tradição longínqua de sua construção. Está intimamente ligada ao imaginário popular da cidade, sendo que diversas lendas e mais bizarras histórias cercam a existência da ponte e sua relação com o Tâmega.





                  Rio Tâmega

                  Rio Tâmega, teu nome
                  Não é só de perfeição;
                  Tens beleza e fealdade,
                  Humana contradição.

                  És belo se te insinuas
                  Entre oliveira e choupal;
                  Lento, largo, vigoroso,
                  Orla de praia estival.

                  És belo se não afogas;
                  Se não levas na corrente,
                  Varado de sete bala,
                  O corpo resistente.

                  És belo se não enredas
                  Quem do mundo se amofina;
                  Se não cobres de vergonha
                  O teu rosto de neblina.

                  És belo se natural
                  Aos olhos do curioso;
                  Se não inundas a terra
                  Com tua baba de lodo.

                  És belo nos teus segredos,
                  De povo em povo a correr.
                  És alegria e tristeza,
                  Conforme a onda quiser…


                  In “Poemas Transmontanos” – Edgar Carneiro






Este tópico acerca da ponte e o rio é espaço público da cidade, todos os moradores e viajantes podem interagir com os esses dois elementos. Podem narrar suas impressões, suas memórias, podem dar pontos de partida para novas histórias e tudo o que a criatividade em termos de Role-Play permitir.

Meus votos de boas histórias.

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Barqueiro_Cristobo, roleplayed by Leonardodavinci


Na proximidade da ponte romana, um pequeno píer improvisado, um grupo de barqueiros humildes taramelavam acerca dos assuntos mais desconformes. Geralmente o assunto que predominava era sempre as novidades, levavam um viajante de um ponto a outro do rio, frequentemente embriagados, mas sempre muito atentos as novas histórias para compartilharem com os colegas.

Por conta desta mobilidade, eram sempre os primeiros a saberem das fofocas e notícias que chegavam do Tâmega a cima e a baixo. Por vezes as novas se desencontravam e viam-se diante da mesma história contada de formas diferentes. Não temiam de adicionar fatos fantasiosos em suas histórias de forma a transformá-las em mais verossímeis. Pelo menos, eram homens de grande criatividade.

Nesse grupo, Cristobo Fajardo era o maior e mais expedito dos barqueiros. Isso não se devia justamente ao seu talento com os remos, mas sim pela necessidade que tinha de pagar as dívidas constantes que contraía na taverna, após uma rodada de jogos. Sabia que não devia extrapolar os dez canecos de cerveja antes de começar a jogar, mas sempre reclamava que a brincadeira não era a mesma sem a embriaguez.

Cristobo era de ascendência galega, teria chegado a Portugal ainda pequeno, trazido pelos pais que vieram em busca de sustento e trabalho digno nas terras férteis que cercavam Chaves. O homem, em sua aparência, é baixo, mas de faces muito magras, toma sempre o remo com grande habilidade e apesar de muitas vezes distantes da sobriedade, é de fato muito habilidoso.

O Tâmega é um rio de forte corrente, lodoso, acidentado e por conta disso, muitas vezes imprevisível, estes fortes barqueiros, onde em suas fileiras se encontra Cristobo Farjado, são mui hábeis experientes no manejo deste rio. É recomendável aos viajantes que ao usar este caminho fluvial, se utilize dos serviços desses senhores.

É possível em horas tranquilas do dia, obter sempre um passeio muito belo.



Os barqueiros da ponte estão sempre a disposição dos viajantes para interações. Podem se comunicar com eles e exercitar a imaginação com a personalidade faceira destes homens.

Disponibilizam passeios de barco pelo rio, viagens, serviços e ainda contam-te histórias.

Meus votos de boas histórias.
Leonardodavinci


Um vento gélido varreu a praça da cidade de Chaves e Leonardo apertou sua túnica contra o peito. O fim do mês de janeiro marcava um período de intensificação do inverno na região. Era possível dizer que uma nevasca se aproximava e o vento frio, cada vez maior reforçava que não seria uma tempestade ordinária. Justamente, devido a essa expectativa que o jovem alcaide decidira realizar suas compras naquele dia, afim de aumentar o estoque do domicílio de sua prima, caso a nevasca se estendesse por alguns dias. Gostava ele mesmo de fazer suas compras, sendo sempre um ferrenho negociante.

- Filhós! Filhós quentinhos para vos aquecer neste frio dos diabos! - berrava um padeiro em sua barraca, agitando-se de um lado a outro em frente de seu forno ao ar livre. Atiçava o fogo para resistir a frialdade ao mesmo tempo que chamava os clientes.

Leonardo se aproximara da barraca, deixou algumas moedas e tomando um dos filhós da bancada, mordeu-o. Pode ver a parte em que seus dentes haviam rasgado a massa, emanar uma fumaça branca translúcida.

- Senhor, o filhó custa duas moedas a mais
- alertou o comerciante, revirando as moedas na palma de sua mão.

- E quanto custa um filhó mordido, caro senhor? - indagou Leonardo, com uma sugestão de sorriso no rosto.

- Ora, mas o senhor é mesmo um espertinho, não é mesmo?


- Sou um italiano, signore - riu Leonardo, lançando as duas moedas que faltava sobre a bancada e virando as costas para o padeiro.

Foi então que viu a confusão que se formou do outro lado. Várias barracas foram derrubadas e os comerciante gritavam e caiam no chão, empurrados por quatro homens encapuzados em mantos negros. Carregavam algumas trouxas de tecido, que Leonardo julgou que estariam cheias de moedas ou mercadorias. Os homens correram como se fugissem do demônio em pessoa.

- Acuda! Acuda! Ladrões! - gritou uma feirante caída debilmente na neve.

Alguns milicianos estavam no encalço deles, mas foram atrasados pela confusão e pelas barracas e mercadorias que se espalhavam pelo chão. Leonardo largou o filhó e se lançou em perseguição, correndo em companhia dos milicianos. Os criminosos correram pela cidade, atravessando algumas vielas e conseguiram tomar alguma vantagem em relação aos perseguidores. Um dos rufiões esbarrou em um dos camponeses que andavam na rua e sendo a barreira mais alta que ele, acabou por derrubá-lo e cair junto. Não demorou para que fosse deixado para trás por seus colegas e imobilizado por alguns milicianos. O chão escorregadio pela neve dificultava a perseguição e rapidamente os homens estavam distantes.

Apesar disso o grupo continuou a correr, pela direção que tomavam, os criminosos deveriam estar correndo em direção a ponte romana, tentando sair da cidade onde deveria haver comparsas os esperando. Alguns dos homens da lei se cansaram rapidamente, não sendo um grupo militar formal, não estavam preparados para uma corrida tão intensa e o frio roubava o fôlego mais rapidamente dos voluntários da patrulha.

Quando chegaram a beira do Rio Tâmega onde a umidade intensificava ainda mais o frio, puderam ver o pequeno píer com alguns dos barqueiros caídos e um dos barcos subtraído do cais. Passando por baixo de um dos arcos da ponte, era possível ver a barcaça com três criminosos que remavam freneticamente sem sequer olhar para trás.

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Barqueiro_Cristobo, roleplayed by Leonardodavinci


Cristobo estava descontente naquele dia. Na noite anterior a mulher mais uma vez o acertara violentamente com um cabo de vassoura, após ele chegar bêbado em casa e como de costume, sem dinheiro. Um pequeno galo latejava em sua cabeça, no ponto onde a madeira havia atingido o crânio do pobre homem. Além disso, o frio parecia ainda muito pior do que nos dias anteriores e ele fora obrigado pela mulher a vir trabalhar junto com outros dois barqueiros tão desafortunados quanto ele. Isso piorava ainda mais a concorrência para os pouquíssimos viajantes ou mercadores dispostos a se arriscar nas frias águas do poderoso rio.

O barqueiro sorvia as últimas gotas de uma garrafa de vinho, buscando alento no alcool para vencer o frio. Notou então a aproximação de três senhores bem agasalhados que pareciam muito apressados. Viu então a oportunidade do serviço que precisava para voltar naquele dia com alguns cruzados para casa e se adiantou aos outros dois barqueiros que distraídos lançavam pedras ao rio.

- Olá, senhores! Estão com pressa? Sou o barqueiro mais rápido desta cidade e o que mais habilmente domina este rio! Venham para o meu barco e não se desapontarão! O preço é o mais justo do píer!
- disse o barqueiro com um largo sorriso no rosto, feliz por ter passado para trás os outros dois palermas.

Foi então que viu um borrão preto acertar-lhe a face em cheio. Ele foi então arremessado para o lado e chutado diversas vezes no chão. Nem mesmo teve tempo de pensar e já estava com a cara afundada na lama gelada da várzea. Tentou se reerguer e foi novamente chutado nas costelas por um dos rufiões. Decidiu então, assistir deitado a ação. Em seguida, viu os criminosos renderem com uma adaga os outros dois barqueiros que fugiram como loucos do píer, deixando para trás os barcos. Os criminosos então subiram em um dos barcos e se lançaram no rio.

Chegaram vindo de cima, alguns milicianos. Os piques que carregavam e o manto com o brasão da cidade e de Portugal os denunciavam. Determinados eles correram em direção aos outros barcos. Foi então que Cristobo sentiu um forte puxão em suas roupas trazerem-no para cima.

- Está tudo bem com o senhor?
- perguntou um jovem que lhe era familiar com sotaque estrangeiro que ele reconhecera como Leonardo Torre.

- Sim, sim...- respondeu, com a face coberta de lama tentando recobrar a postura.

- Então você vai me ajudar. Venha!

O barqueiro foi puxado pelas roupas até chegar a um dos barcos restantes. Leonardo entregou a ele um dos remos que sobrara. Instintivamente o barqueiro colocou o remo na água e se juntou a perseguição.
Leonardodavinci


As barcaças rasgavam o gélido rio, sendo açoitadas por uma forte e cortante ventania. O rio naquela época do ano ficava mais intenso, mais cheio e caudaloso. O fluxo de água era torrencial e os ventos aumentavam em demasia o poderio do rio. Era uma analogia interessante associá-lo a metal fundido, pois a água era tão fria que ardia ao mero toque. Era o metal que descia do Ourense até o Douro, sendo levado para forjar os mares da costa lusitana.

Navegar naquele rio era muito perigoso e tarefa para hábeis barqueiros e corajosos homens. Leonardo no mesmo barco que Cristobo, estava confiante de que conseguiriam alcançar os criminosos e rendê-los. O barco que os acompanhava na perseguição, tinha três milicianos sobre eles, que mesmo remando vigorosamente, ganhavam menos distância a cada remada. Um dos guardas no barco, munido de um arco simples, tentava acertar flechas nos bandidos, mas o balanço das águas e o pobre treinamento do arqueiro lhe rendiam apenas flechas na água. Leonardo notou que na margem direita do rio, um dos milicianos perseguia o grupo em um garrano, mas pouca coisa também podia fazer para alcançar a velocidade necessária no terreno lamacento e com a rústica montaria.

O jovem sabia que não poderiam seguir longe demais no rio, não era seguro. Se a nevasca os pegasse longe demais da cidade, iria ser difícil retornarem. A sorte então parece ter virado para o lado de Leonardo, quando um dos criminosos, perdendo a força da remada, acabou deixando escapar o remo que flutuou até o barco que os seguia no encalço. O italiano o pegou não sem sentir a água gélida lhe queimar os dedos. Colocou-se então a remar e o impulso extra os permitiu alinhar o barco com o dos criminosos, que enfrentavam dificuldade na direção pela irregularidade do rio.

- Rendam-se!
- ordenou Leonardo.

Em resposta, um pedaço de madeira voou em sua direção e passou rodopiando por cima de sua cabeça. Cristobo e Leonardo então direcionaram o barco para bater na traseira da barcaça dos rufiões. O impacto foi forte e se espalhou por toda a estrutura de madeira. Eles perderam parte da estabilidade e o barco quase virou sobre o rio. No entanto, para os criminosos o impacto fora muito pior, pois perderam completamente o controle da embarcação. O terceiro barco, dos milicianos, chegou perto o suficiente para que usassem a lança, na tentativa de se levantar e afastar o pique, um dos criminosos acabou espetado pela arma e caiu do barco. Os dois restantes tentaram se afastar, jogando o barco contra a margem, mas foram abordados pelo miliciano a cavalo e apenas então se renderam.

O criminoso que caíra do barco foi encontrado algumas centenas de metros depois do ponto onde caíra, agarrado no galho de uma árvore que havia sido curvada pelo vento e apontava para o rio. Quando conseguiram retirá-lo de lá, com auxilio de uma corda, foi possível ver que ele estava agarrado ainda com o pacote que roubara.

- Os pães, os pães, os pães...- ele soluçava e repetia as palavras enquanto era puxado da margem pelo lamaçal da várzea. - os pães...

Leonardo abordou o homem, tentando retirar dele o manto molhado. Era um homem em seus quarenta anos, a pele muito queimada de sol e os cabelos ligeiramente grisalhos, tinha os olhos azuis como o do céu, mas o olhar estava perdido, como se estivesse demente. Um dos braços agarrava a trouxa próximo ao corpo, tentando se aquecer e proteger os itens roubados. Os dentes dele batiam repetidamente, com força como se tentasse quebrar uma pedra e o corpo dele tremia como se estivesse possuído pelo demônio.

- Pobre homem, teria sido melhor que se afogasse - comentou um dos milicianos, fazendo o sinal da cruz.

Leonardo chegou perto do homem e tocando lhe a pele notou que não tinha calor algum, como se fosse um defunto de horas e horas em putrefação. Os ventos uivavam como lobos famintos e a sensação fez o um frio subir direto pela espinha do rapaz, apesar da espessa cobertura de couro e lã.

- Descanse homem, em breve encontrarás o teu Senhor - sentenciou o rapaz, metade da religiosidade fingida.

- Os pães..os pães... Estão molhados, estão molhados... - o criminoso delirou. - minha família...Por favor, por favor, entregue os pães a eles, mas estão molhados, os pães estão molhados.

Leonardo retirou com muito esforço a trouxa de tecido dos braços do bandido, para então, ver que em seu interior, havia muitos pães, encharcados na água fria, agora praticamente disformes e imprestáveis. O homem ficou inconsciente em seguida e embora tenha sido colocado em um cavalo e levado de volta a cidade, morreu antes que pudessem passar pelos portões.

Leonardo então, se viu forçado a questionar a sua própria justiça. Olhou para cima, para a neve que caía. Pensou então consigo:
"Fiat iustitia et ruat caelum "*

*“Faça-se a justiça, mesmo que desabem os céus”

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Leonardodavinci





O jovem toscano sentou-se a beira do rio Tâmega. A primavera chegava timidamente a Chaves, trazendo o ar fresco das folhas verdes das muitas árvores que se proliferavam a ribeira. Muito diferente do ar pesado e viciado das minas, de onde ele retornava após um dia de trabalho cansativo. Sempre que retornava, tinha as roupas sujas de terra e as botas enlameadas. Mesmo que já há algum tempo, não se dedicasse ao trabalho braçal, mas a parte estrutural da mina, de onde coordenava reparações para evitar que ela desabasse. No entanto elas sempre deixavam sua marca nele. Parte do contrato, acreditava.

O rio trazia uma calmaria a sua alma e incentivava a contemplação. Alguns problemas complexos e até mesmo os mais simples, ele resolvia ali, largado ao lado do rio. Seus olhos capturavam e absorviam o máximo que ele podia daquela imagem serena. Os raios de sol do fim do dia, tocavam-lhe a pele, quase incapazes de aquecer.



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Angellyna
Abro meus olho e vejo as estrelas, o céu está lindo e um vento gostoso bate no meu rosto. Sinto meus pé na água...

Onde eu estou??? é o primeiro pensamento que me ocorre.

Me sento e vejo a bela ponte de Chaves ao meu lado. Confusa, envergonhada e assustada tento me lembrar como cheguei aqui. Mas o menor movimento faz minha cabeça girar e continuo deitada na grama e confusa.

Lembro que ontem na Taverna abri as cartas de Tarot e vi um imprevisto. De fato acordar na beira do rio embriagada se enquadra em imprevisto.

Que vergonha, espero que ninguém me veja aqui. Vou me jogar no rio e me afogar se alguém aparecer nessa ponte...

Tento organizar os fragmentos de memória que dançam na minha cabeça sem estabelecer nenhuma ligação ou logica entre si...

1º Eu lembro de soluçar, nunca fiz isso antes...devo ter bebido muito!
2º Lembro de ver um imprevisto quando perguntava as cartas sobre a viagem...
3º Lembro de um anão...
4º Alguém falando da ponte
5º Canecos, canecos e mais canecos...isso explica muita coisa.

Aparentemente eu tive um surto de imprudência e resolvi me embriagar pela primeira vez numa cidade desconhecida, longe de casa...e sem considerar que terei que viajar em poucas horas. Mas ao invés de estar irritada ou frustrada, quando penso na noite, ou melhor, nos fragmentos que tenho dela, me sinto imensamente feliz. Parece que esperei a vida toda para descobrir que a felicidade é acordar desorientada na beira de um rio.

Começo a rir baixinho, mas a risada se transforma numa gargalhada embriagada que faz minha cabeça doer...

- Aiiiiii....

Tento me levantar mas vejo que possivelmente se ficar de pé cairei de cabeça no rio. Ainda rindo e profundamente envergonhada me arrasto até a lateral da ponte, me sento com as costas na parede da ponte e fecho os olhos novamente.
Adormeço mais uma vez pensando que Chaves me faz feliz de uma maneira muito humilhante.
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