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[RP] Tri Martolod - O nascer de uma taverna

Martinho






Martinho ainda encurvado só podia ver o chão de madeiro escuro em seu campo de vista, certamente que estava corado, a parecer sangue tomar-lhe a face.
Quando repentinamente uma moeda caiu ao chão fazendo um estalo de contato, e vindo a rodar jeitosamente até esbarrar em sua bota; em seguida rodopiou pelas bordas até repousar, com aquel’ típico ruído de metal...

O aprendiz (para todos os efeitos, trovador) soergueu levemente uma sobrancelha, oras, como aquela cena tão limitada lhe ganhara cor, enquanto a própria cor vermelha da face já ia lhe abandonando (felizmente)...

Curvou-se um pouco mais, como quem “aumentasse o agradecimento” em “vênia dobrada”, afinal um rendimento surgira e como se bem sabe, quaisquer rendimentos lícitos devem ser mui bem apreciados e valorizados, quando para já os de outra natureza, ser razão de vergonha e acanhamento (ou antes nunca feitos).

Aproveitou e apanhou a moeda, também pudera, com corpo tão encurvado já haveria dali mesmo aproveitar duas ações em uma, pelo visto seria seu único dinheiro para aquela hora do dia, convinha logo tomá-lo posse, antes que algum “rato” fosse mais rápido (tanto para o imprestável bicho de gran dentuça, quanto para um ladino de leves dedos).

E assim que o fez, virou-se discretamente de lado, quase a dar as costas para os convivas na taberna, sem que alguém notasse seu movimento: levou a moeda à boca e deu-lhe uma mordida; como um imprestável bicho de dentuça...
Então sorriu, podia-se bem logo notar o fito do jovem, ainda que mestre Aristarco lhe avisasse que dinheiros dos populares jamais deveriam ser questionados, diferentemente dos taberneiros quando algum se arrojava a querer levar vantagem.

Um pouco hesitante d’onde estava, ficou a comemorar “pequena vitória” com a moeda, já pensando em sua alimentação à bretã que tão logo estaria a desfrutar, pois acerca do acordo, logo iria ter com a menina que voava como passarinho d’um canto ao outro (bem notara, enquanto cantava); ah sim, os dias eram difíceis para se ganhar o pão (no caso, desjejum bretão) como um trovador (no caso, um aprendiz), mas nem tudo era dificuldade, ora pois, mesmo por que conseguira fazer soar melodia das terras mais do norte com improviso de rimas, a valer mais do que quaisquer outras cousas.
Não duvidais que para tais gentes destes ofícios, poderia se ficar dias sem comer (melhor a dizer, um ou dois, por favor), porém jamais sem fazer um rima ou deixar de criar cantiga que o valha; se isso acontecesse, era como "viver mortamente", um corpo ambulante sem alma...


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OOC:
Logo logo a Auren responde! Deve só estar um pouco ocupada
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