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[RP] Taverna Ribeirinha do Porto

Maria_madalena
Estavamos no início de Novembro e Madalena não tinha a certeza se era quinta ou sexta-feira. As ruas frias e solitárias do Porto estavam envoltas pela neblina característica daqueles meses de Outono, neblina que lhe toldava a visão e gelava o rosto, nada mais se ouvia além do leve restolhar das folhas no chão e do ocasional piar de uma coruja. Aquele silêncio era o presságio dos meses difíceis que se avizinhavam.

A meretriz estava habituada a passeios nocturnos, contudo não conteve um arrepio quando uma corrente de ar lhe sacudiu a capa negra. Instintivamente apalpou o punhal que ia preso à sua coxa, por baixo da saia, sentiu-se reconfortada, mas não segura. Ajeitando a capa sobre os ombros apressou-se a percorrer aquela rua. Estava no centro do Porto, perto da Casa do Povo e do Mercado e o seu destino era mesmo ao final daquela viela.

Por fim, o edificío de telhado negro erguia-se à sua frente, mesclando-se com o negrume daquela noite. Da janela provinha uma luz alaranjada reconfortante e, agora que estava próxima, podia ouvir gargalhadas. Sem hesitar, Madalena empurrou a porta e foi bafejada por uma onda de calor e bem-estar, os olhos da meretriz brilharam e esta apressou-se a entrar, fechando a porta atrás de si.


- Boas noites. - cumprimentou enquanto retirava a sua capa negra e a pendurava num dos cabides à entrada.
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Gratinado
Gratinado vê a moça entrar e agita uma garrafa de Rum. Com um tom de voz bem-disposto e provocador, como sempre, solta um grande grito:

- Mek ééééé??

Gratinado enche uma caneca com Rum e faz-la deslizar pelo balcão até à ponta do balcão que se encontra próxima da porta. A jovem olha para si e ele pisca-lhe o olho.

- Bem-vinda!
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Dvd
Após se ter instalado na Hospedaria do Porto, David dirige-se para a Taverna Ribeirinha, onde as noites eram passadas a beber e conviver.
Acelera o passo à medida que a chuva cai intensamente e o vento rouba as folhas castanhas das árvores.

Abre a porta e fecha-a rápido, acolhido pelo barulho e pelo ar quente que ali circulava, caminha até à última mesa do canto. Era o seu canto preferido, sempre que podia ia para lá, conseguia observar toda a taverna e isolar-se um pouco do resto das pessoas.
Ao sentar-se vê que na taverna já se encontrava a meretriz. Aquela mulher que lhe roubara e assustara numa noite, assustava-o. Ele, apenas pensava se ela iria repetir os actos e, por isso, decidiu evitá-la, tentando esquivar-se dos olhares que ela fazia ocasionalmente.

Quando o taverneiro se aproxima dele, ele não queria nada, pois, já tinha jantado, mas para não parecer mal educado, pediu uma caneca.


- Queria uma caneca fresca, por favor.
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Maria_madalena
Madalena arregala os olhos ante o grito de Gratinado e depois solta uma gargalhada, agradada com a boa disposição dele. De seguida, uma caneca desliza até à ponta do balcão onde a meretriz se encontrava e esta não hesita em pegar-lhe e molhar os lábios na bebida amarela que veio a descobrir ser rum.

- Obrigada, pela simpatia... - agradece meia debruçada sobre o balcão e já mais próxima dele.

Madalena estava sempre atenta às movimentações e conversas que ali se desenrolavam e, como seria de esperar, a entrada de David na taverna, não lhe passou despercebida. O homem a quem roubara a inocência dirigiu-se para a mesa do fundo, sentando-se num lugar recatado e isolado. A meretriz olhava-o um pouco divertida, enquanto bebericava a sua caneca de rum e notava com agrado o desconforto que lhe causava. Decidida a provocá-lo, a mereriz desencosta-se do balcão e caminhava vagarosamente até à mesa onde David se encontra, sem nunca deixar de o olhar, nem de sorrir.

- Bons olhos vos vejam! - diz-lhe ao tomar um lugar à mesa com ele.
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Dvd
David bebia da sua caneca, um gole daquela bebida fresca e animadora de tempos a tempos enquanto observava a taverna.
Vê Maria Madalena aproximar-se lentamente, começa a ficar nervoso, pois, aquela mulher era, de facto, estranha. Ele sentia-se inquieto e desassossegado perto dela. A cada passo, David olhava para ambos os lados, fingindo que, ainda, não tinha reparado na sua presença.


- Bons olhos vos vejam! - Disse ela sentando-se perto dele.

David fica corado, envergonhado, não sabia o que dizer á meretriz que lhe tirara o que era sagrado.


- Boa n... noite. - Diz com os gaguejos a voltar. - Como tem passado? - Pergunta, não por curiosidade mas por educação, pois, a vida proibida dela não lhe interessava.
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Maria_madalena
Madalena pousou a sua caneca na mesa e recostou-se na sua cadeira, sorrindo ao observar como as faces rechonchudas de David ficaram rubras. Era nítido o desconforto que ele sentia, talvez tivesse vergonha do que tinham feito, talvez tivesse medo dela, talvez não tivesse gostado... A meretriz duvidada desta última hipótese, era uma mulher habituada a lidar com o prazer masculino, toda a vida seduzira homens, para ela não haviam qualquer tipo de enigmas, não fosse a sua profissão entre lençóis. Tinha a certeza que David tinha gostado.

Ante a evidente gaguez dele, Madalena conteve o riso. Não conhecia homem que ficasse tão desconfortável na presença de uma mulher.

- Tenho passado bem, David. - a meretriz lançou um longo e propositado olhar à taverna e continuou - Apesar que estou cansada, estes homens não me têm dado sossego. Não sei se será do tempo frio e da necessidade de calor humano ou se as esposas têm faltado ao seu dever. Ouvi dizer que rezam mais nesta época... - Madalena fez uma pequena pausa e aproximou o rosto de David - Eu também tenho passado bons momentos de joelhos, mas nunca a rezar. E tu? Como tens passado?

Soltou uma pequena gargalhada e ajeitou as mamas no decote avantajado.
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Dvd
"Tenho passado bem, David. [...] Eu também tenho passado bons momentos de joelhos, mas nunca a rezar."

Após ouvir aquelas palavras, David baixa um pouco a cabeça, sabia que ela o estava a ridicularizar. Depois, ela pergunta como ele estava, evitando, novamente, o contacto visual com ela, pega na sua caneca e bebe e, no fim, responde:

- Também, tenho passado bem... Agora só rezo na missa, apenas na igreja estarei seguro. - Faz uma breve pausa e tenta mudar de assunto. - E a cidade invicta? Tem alguma novidade?

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Maria_madalena
Madalena observa com um sorriso a reacção dele. Os olhos de David estão fixos na mesa e o rosto baixado, ele bebe da sua caneca, tentando esconder a humilhação. Por breves instantes, a meretriz sente pena dele e o seu rosto perde o sorriso.

- Bem sei que és um homem religioso. - a meretriz recorda-se de como ele queria rezar em vez de usufruir do corpo dela e sente-se novamente exasperada, tal como naquela noite - A cidade invicta vibra com a perspectiva de um novo rei, um rei portuense. Julgo que o conheces, é o Senhor do Varão. Vejamos como correm as eleições.

Madalena beberrica um pouco do rum na sua caneca e pergunta-lhe:

- O que te trouxe de volta ao Porto?
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Dvd
David ouve a meretriz falar nas eleições reais e no Senhor do Varão, uma estranha associação que o fez pensar:

(Ele tem sangue real? Há cada coisa...)

Madalena interrompe o seu pensamento com uma pergunta:


- O que te trouxe de volta ao Porto?

Antes de responder, murmura baixo para ela não o ouvir:

- Para repetir a experiência é que não foi...

Rapidamente responde:


- Trouxe a Juana, a minha madrinha, está grávida e quer que o filho nasça nesta cidade.

O nascimento da criança era uma coisa que o espantava, não sabia bem quem era o pai, nem como uma pessoa saía dentro de outra. Estava um pouco confuso e ansioso para ver o filho dela.

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Maria_madalena
Madalena observa David a resmonear baixinho e tenta compreender o que ele diz, todavia a sua atenção é dilacerada assim que este lhe diz que Juana está grávida. A meretriz arregala os olhos e abre a boca em espanto ante as novidades.

- A Juana está grávida? Não pode ser! Ainda há dias saiu daqui e ia magra e normal...

Madalena abana a cabeça ferverosamente de um lado para o outro e bebe o que restava na sua caneca de um único gole. O sabor amargo, que lhe queima a garganta, fá-la humedecer os olhos.

- Não pode ser... não pode... Como é que isso foi acontecer?

A meretriz bate com a própria mão na cabeça, pois sabe perfeitamente como aquilo aconteceu. O seu olhar adquire contornos mais sérios e por momentos imagina-se grávida, barriga proeminente e seios intumescidos. Sente-se enojada com tal perspectiva, que as poções nunca lhe falhassem, caso contrário nem saberia quem era o pai.

Desconfortável com os pensamentos, Madalena apodera-se da caneca de David e bebe o que restava.

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Dvd
David observa os gestos da meretriz, estava espantada e assustada desde que falou em gravidez. Após ela beber o resto da sua cerveja, David fica um pouco incomodado e diz:

- Eiii, isso é meu...

David volta a murmurar depois de ver a cena:


- Não bastava roubar-me a pureza no passado, ainda me rouba agora, a cerveja.

Ainda estava com sede, mas não tinha muito dinheiro consigo e não pode beber mais nada. Os boatos sobre assaltos entre o Condado de Coimbra e o Condado do Porto aumentavam e estava um pouco assustado e receoso quanto a viajar com dinheiro.

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Maria_madalena
Madalena lançou um olhar feroz a David quando ele reclamou com ela por ter bebido a sua cerveja. O murmúrio que se seguiu, deixou-a novamente desconfiada, mas a meretriz estava agora concentrada no homem de capuz verde que se aproximava do local onde estavam.

Era um homem alto e magro, rosto coberto por barba do mesmo tom de castanho que os cabelos aparados curtos. Trazia um casaco verde claro e o capuz cobria-lhe a cabeça, a sua presença na taverna era uma constante e Madalena julgava que ele nunca abandonava aquela vida boémia, nem para dormir. Vinha com uma caneca na mão esquerda e caminhava cambaleante na sua direcção.

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Dvd
David arrepia-se quando vê o olhar selvagem, não percebia o que ela queria. As suas ideias macabras e muito duvidosas eram um enigma para ele, apenas sabia que era algo maldoso e depravado.

O habitual homem de verde da taverna aproximava-se, sempre com a sua "boa disposição", vacilando enquanto caminhava até à mesa, onde os dois se encontravam.

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Homem de verde, roleplayed by Maria_madalena
Ele tinha estado a observá-la desde que entrara, os longos cabelos castanhos emolduravam na perfeição o rosto de formas redondas e o olhar vivo. Era costume vê-la por ali todas as noites, movimentando-se entre os homens, sorrindo, tocando e seduzindo. Os rumores corriam rápido na cidade e ele era os ouvidos e os olhos, a alma do Porto, de tudo sabia, tudo conhecia. Conhecia-lhe os vícios e os trejeitos, sabia quais os homens que ela preferia e os que odiava, sabia até das cicatrizes que lhe flagelavam agora as costas. O olhar dela perdera um pouco do brilho. Os seus lábios tocaram a caneca fria e a língua deliciou-se no travo daquele líquido de cor dourada. Estava bêbedo, bêbedo como em todos os dias, como em todas as horas, como em todos os minutos. Tinha dificuldades em lembrar-se da última vez que estivera sóbrio, na verdade, julgava ter nascido embriagado. O álcool tornava-o mais desperto, ou pelo menos assim o julgava.

Foi naquele momento que David entrou na taverna, assim que os olhos dele pousaram na meretriz, houve uma súbita hesitação. Bebeu uma grande gole da sua caneca e soltou uma gargalhada estridente, a noite prometia ser divertida. As acções sucederam-se de forma previsível, não houve espanto quando Madalena se levantou para interpelar David, menos espanto houve ainda quando ela ajeitou as mamas no decote e fez um dos seus sorrisos indecentes. Ele achava aquilo divertido. O contraste de ideias e personalidades, o à vontade dela e o constrangimento dele, o torpor dele e a energia dela, a loucura dela e a pacatez dele. Não havia espectáculo que lhe desse mais prazer.

Estremeceu quando o ambiente murchou e o sorriso que lhe era tão característico, desdenhoso e alegre, assumiu contornos mais graves. Com as mãos trémulas e a visão turvada retirou do alforge uma pequena carteira de pele de porco, gasta pelo tempo, manchada pela bebida. Desajeitadamente virou-a ao contrário e deixou que o seu conteúdo rolasse pela mesa, o tinir de várias moedas fez-se ouvir e ele voltou a sorrir, satisfeito com ruído tão agradável. Pacientemente, contou os cruzados que ali tinha, enganou-se várias vezes, confundiu o valor das moedas e perdeu mesmo algumas que rolaram sobre a mesa e fugiram do controlo dos seus reflexos entorpecidos. A quantia que ali tinha pareceu-lhe suficiente e o homem de capuz verde estalou os lábios e levantou-se. Cambaleou de imediato, o chão parecia ter vontade própria e as pessoas à sua volta movimentavam-se de forma lenta e desconexa, não pareciam mais do que sombras e espectros. Em passos lentos e inseguros caminhou até ao fundo da taverna, levava o olhar fixo na mesa de Madalena e David, a caneca na mão esquerda e a carteira no bolso direito.


- Boas *hips* boas *hips* noites... - balbuciou numa voz embargada assim que chegou ao seu destino.

De imediato apoiou a mão direita na mesa e sentou-se de forma desastrada na cadeira mais próxima. Um suspiro de alívio deixou-lhe os lábios, caminhadas eram complicadas. Molhou os lábios na bebida, não que precisasse de ganhar coragem, mas por sentir saudades da carícia gelada daquele líquido. De seguida, retirou a carteira do bolso e atirou-a pela mesa até bater em David.

- 'Tás *hips* todo *hips* murcho... Tens saudades *hips* da Madalena é? *hips* Muito *hips* jeitosa ela. *hips* - sorriu-lhe de forma cúmplice e esperou.
Dvd
David vê o bêbado atirar a carteira para a mesa, acertando nele, fica um pouco irritado mas decide não dar atenção, pois, o homem de vestes verdes nunca arranja problemas.

Quando é cumprimentado por ele, David sente o bafo alcoolizado que o incomoda. Acena-lhe com a cabeça, não gostava de falar muito com ele, sabia sempre de tudo e deixava o ambiente estranho.

- Tás *hips* todo *hips* murcho... Tens saudades *hips* da Madalena é? *hips* Muito *hips* jeitosa ela. *hips*

David cora mais um pouco, sabia que aquela história era conhecida por todos naquela cidade e talvez no Condado. Apressadamente, nega e volta a negar:


- Não, não tenho saudades, nem estou murcho. A Madalena é jeitosa sim, vocês os dois faziam um belo par. - Afirma, tentando desviar a atenção dele e afastar os dois.
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