[RP] Câmara real - aposentos da Rainha Marih

Marih olha para o Duque sem entender nada do que se passa naquela cabeça, em seguida olha para o chef-real a espera que ele transpire menos e diga o que realmente veio fazer na sala..
Se bem que isso não interessa em nada ao Duque pensa Marih, revirando os olhos

Sirman continuando sem reacção simplesmente olha para a Dama Beatrix e vê no seu olhar algo que o deixava a tremer as pernas, algo que nunca sentira.

- "Que Jah tenha dó da minha alma!" Pensou Sirman ao seguir Dama Beatrix

Sem saber com que forças nem com que reflexos, conseguiu então seguir a Dama Beatrix mas sempre com uma certa distância.
Após ter visto aquele olhar, Sirman sentiu aterrorizado do que poderia vir acontecer-lhe.

Sirman chega conjuntamente com a Dama Beatrix, ficando à espera que a mesma a apresenta-se, estando na mesma muito nervoso, suando por todos os lado, com medo por ter cometido aquele erro ao entrar nos aposentos da Sua Majestade Real e o pior, entrar com um convidado que daria um mau aspecto, não só à Sua Majestade Real mas também como ao chefe da cozinha do Castelo da Corte Real.

- Podes apresentar-me e deseja-me muito boa sorte. Diz Sirman esboçando um sorriso de nervos

- Certamente, majestade.

Beatrix fez novamente uma vênia e saiu dali, imaginando que além de dar bronca nos cozinheiros teria também que dar corretivos na guarda pessoal da rainha. Seria um dia agitado, certamente que seria.

Ao retornar, Beatrix dá de cara com o cozinheiro e a pergunta que a rainha lhe faz, ela mesmo está confusa sobre o que ali acontece.

- Eu mesma gostaria de saber majestade. Mas irei conversar com o cozinheiro real e tratar desses assuntos domésticos que não devem aborrecer vossa majestade.

Ela disse fuzilando o cozinheiro com seus olhos verdes e convidando-o a acompanha-la assim como o provador, com sua cara de entojado.

"- Ai meu Jah! Que dia, que dia." - Ela pensa enquanto vai caminhando em direção à cozinha.

O Chefe da cozinha do Castelo Real, Sirman, ficara a pensar no que se tinha sucedido pela manhã na preparação do pequeno-almoço da Sua Majestade Real Rainha Marih e decide entrar nos aposentos reclamando em voz alta.

- Sua Majestade Real precisamos de falar, estou farto dos novatos horri... engole em seco

Sirman, sem saber o que fazer ficou a olhar paralisado para a Sua Majestade Real e para o convidado Dom John. Tentou falar mas por mais esforços que fizesse não lhe saia um único som a passar pela boca, a única coisa que se ouvia era o respirar pesado.

- "Vou levar uma descasca tão grande... Maior do que a descasca de batatas que fiz no último evento..." Pensou Sirman com um toque de ironia

Beatrix acompanhou a rainha até a sala de refeições onde ela desfrutaria do desjejum preparando-se para o cotidiano estafante de suas obrigações reais.

Foi com desagradável surpresa que ela viu que as copeiras ainda não haviam servido o desjejum.

- Ah! Meu Jah, logo no primeiro dia. - ela pensou começando a ficar irritada.

Na sala de refeições estava o provador real e o padeiro que já trouxera o melhor e mais fino pão para a rainha. Mas nada das copeiras reais com o restante do desjejum.

Depois de fazer uma respeitosa vênia à rainha, diante da pergunta desta, Beatrix mal contém o riso que lhe escapa, apesar do esforço em permanecer séria.

- São os novos cozinheiros que estão preparando o vosso pequeno almoço, majestade. Tomara que realmente não tenham incendiado a cozinha, mas o senhor Sirman se esforçava em endireitá-los.

Ao chegar pela manhã para o seu serviço e aproximar-se da ala dos aposentos reais, Beatrix ouviu um barulho tão alto vindo da cozinha que chegava até a câmara real.

Preocupada que aquilo atrapalhasse o sono real e despertasse a rainha antes da completude de seu sono de beleza, Beatrix foi até a cozinha ver o que se passava.



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- Providenciarei amanhã mesmo, majestade. Tenha uma boa noite de descanso.

Beatrix responde diante do pedido da rainha, e vendo que ela deseja recolher-se despacha os criados, deixando os guarda pessoais em vigília diante da porta dos aposentos da rainha e indicando às camareiras que acompanhem a rainha Marih para ajuda-la a despir-se e cuidar das joias reais. Após isso, Beatrix se retira retornando para o seu lar, onde seu esposo Fitz a aguarda com as crianças.

Beatrix apenas aguarda o parecer da rainha quanto às suas escolhas. Estava tranquila pois fizera o melhor possível. Havia outros criados que trabalhavam no castelo, mas aqueles seriam os criados pessoais de sua majestade e era importante que atendessem aos anseios e necessidade da rainha. Assim, ela teria mais tempo para dedicar-se ao que realmente seria importante.

Diante das palavras da rainha, Beatrix concordou.

- Claro, vossa majestade, como preferir. Tentei atender ao básico. Acaso deseje outros criados ou tenha me esquecido de algo, aguardo vossas sugestões. Creio que há muito para planejarmos hoje, imagino.

Lá fora na antessala, a criadagem aguardava. As duas moças que seriam as camareiras eram jovens de cabelos castanhos e ar tranquilo. Uma delas era irmã de Rita que procurara Beatrix para conseguir um trabalho digno para sua irmã mais nova. A outra fora indicada por uma conhecida que atestara-lhe os bons serviços. O padeiro era um senhor grisalho e bigodudo e um pouco baixinho e de barriga proeminente. Ele era conhecido por produzir os melhores e mais gostosos sonhos do Paço. O homem estava nervoso e suava um pouco. O filho era mais alto que o pai, mas mostrava semelhança pelo bigode que ostentava com orgulho.

Os três guarda-costas eram rapazes altos e fortes, o jovem Demétrio que Beatrix indicou, era seu antigo guarda pessoal, que trabalhava agora como mercenário e trouxera dois "colegas de profissão" consigo. Além de bastante fortes e hábeis com armas, eram de confiança. Demétrio era o mais alto dos três, tinha cabelos escuros e possuía olhos azuis penetrantes e uma barba bem aparada. Ele tinha se barbeado especialmente para aquela ocasião. Os três vestiam cota de malha e peitoral de aço e portavam espada, escudo e um deles alabarda.

Com a chegada da rainha o grupo fez vênias à sua majestade real, da melhor forma que puderam.

Beatrix apresentou um a um para a rainha.

Marih estava ansiosa para ver o trabalho da Bea, ela mal podia esperar para entrar em seus aposentos, havia pedido milhões de coisas a sua Camareira- mor e estava receosa que ela houvesse esquecido de algo. Mas paciente como ela era, esquecendo de alguma coisa, com certeza que fará com todo prazer. Marih finalmente adentra em seu tão falado aposento, e eis que seus olhos brilham em ver como tão lindo ficou... Nossaaa, Biaa, ficou lindo, perfeito, eu adorei.. Diz Marih num tom de animação, enquanto puxa a amiga pelo braço para trocarem ideias..

Beatrix estava atarefada naquela manhã, pois precisava preparar tudo para receber a rainha Marih e deixar os aposentos reais prontos para recebê-la.

Por ter alguma convivência com a rainha, a jovem tecelã já tinha uma ideia clara dos seus gostos e por isso, desfez-se de toda a roupa de cama e também das cortinas que outrora adornavam aquele aposento. O que ainda fosse de proveito seria doado para a caridade, depois de muito bem lavado e escaldado, é claro.

Mas agora era preciso preparar o ambiente que receberia Sua Majestade Real, Marih, Beatrice Viana, a primeira de seu nome.

A preferência da rainha era sobre tons claros. Assim, foram providenciados cortinas de renda e tecido brocado em variações de dourado e tons de vermelho a rosa. Uma vez que a primavera se aproximava era bom quebrar um pouco a monotonia e trazer cores alegres àquele ambiente. Poucos móveis tiveram que ser trocados, mas os forros de tecido foram mudados para compôr o estilo elegante que deveria agradar a rainha e recepcioná-la adequadamente.

Para os aposentos reais, Beatrix contratou duas camareiras que cuidariam dos trajes da rainha e lhe preparariam o banho, penteariam-lhe os cabelos e cuidariam de sua toalete diária. Uma rainha precisava estar preparada para a longa jornada que enfrentaria e para isso, uma equipe para seus cuidados pessoais foi providenciada.

Outras providências trataram da contratação de um padeiro real e um grupo de guarda-costas que protegeriam a rainha de forma continua. Até mesmo um provador foi contratado, pois precaução nunca é demais.

Assim, ao final do dia, o aposento real tinha outro aspecto, começando pela cama com um belo dossel de seda até as cortinas que adornavam as janelas. Tapeçarias forravam o chão, e o aposento além de belo estava agradavelmente elegante e acolhedor.

Logo a rainha chegaria e vistoriaria seu trabalho. Beatrix estava ansiosa.

Os guardas pessoais da rainha se aproximam de Komili, cercando-o.

- Com licença, senhor, a rainha não está, peço que aguarde conosco na antessala, para quando ela retornar o senhor ser anunciado.

Marih estava ocupada, escrevendo umas missivas, quando alguém bate em sua porta.. - Pode entrar! diz a rainha ainda de cabeça baixa e sem parar o que estava fazendo. Uma criada entra tímida e anuncia baixinho que sua irmã se encontra na antessala. Marih levanta a cabeça e sorrindo dá um pulo, enquanto sai em disparada até a antessala

Ao ouvir as reclamações da infanta, Beatrix pediu que as criadas afrouxassem um pouco os laços do corpete do vestido. Não havia necessidade de uma menina usar roupa desconfortável em prol da beleza.

- Creio que assim ficará melhor. Não é longe, e a carruagem que as levará já está preparada. Sua mãe está terminando de arrumar-se. Agora que está pronta a levarei até a rainha.

Beatrix respondeu e convidou a infanta a acompanha-la.

No momento em que os laços do corpete ficaram mais frouxos, Maria soltou um pouco a barriga e expirou profundamente, sentindo-se mais aliviada e confortável.

- Uffff... Obrigada, Dama Beatrix! Sinto-me bem melhor assim! Quero logo ver minha mãe e o vestido que ela está a usar! Deve estar mais linda... - sorriu largamente e acompanhou-a.

Cruzou a porta em direção ao quarto da rainha, que ficava ao lado do seu, e entrou quase que saltitante, segurando nas laterais do vestido, exibindo-se.

- Mamãe! Mamãe! Olha como estou!

Beatrix acompanhou Sua Majestade Real até a carruagem e os pajens e guardas reais auxiliaram que subissem e tomassem lugar na carruagem.

Assim que todos os passageiros estavam devidamente acomodados, o cortejo real seguiu para a catedral, onde a cerimônia da coroação teria lugar.