[Cerimónia] Investiduras dos Nobres

Ainda mal refeita da surpresa, Beatrix ergueu-se e recebeu suas armas e em seguida fez uma reverência respeitosa à rainha e ao barão Yochanan Viana.

Ela postou-se novamente em seu lugar para que a cerimónia prosseguisse com a homenagem institucional. Certamente muitos olhares a fitariam, alguns com respeito e carinho, muitos outros com desdém e desprezo, mas apenas o seu próprio julgamento e o de Jah lhe interessavam verdadeiramente.

Fez nova vênia ao Barão Yochanan e após pedir a um dos pajens que guardasse suas armas, a representante da Heráldica solicitou com o olhar para que a rainha desse prosseguimento, uma vez que ela já havia feito o anúncio.

- E agora a entrega das Comendas da Coroa Portuguesa.

Pensa em replicar, mas a verdade é que até o momento o que a entristecia não era a perda de um título, mas que duvidassem do seu caráter e lhe atribuíssem um crime que não cometeu. Então, diante de todos se manifesta.

- Eu poderia recusar novamente, e o faria de bom grado, mas creio que com isso eu apenas perpetuaria e legitimaria a injustiça que sofri. Por isso vou atender o pedido de Vossa Majestade Real. E se algum dos presentes tiver algo contra isso, que traga provas concretas de que realmente cometi algum crime, de que disse alguma mentira ou que adulterei informações. Sabem bem onde me encontrar e os tribunais estarão abertos para acatar os vossos pedidos, se realmente tiverem provas de alguma coisa contra mim.

Sendo assim, se ajoelha diante da rainha e presta seu juramento.

Eu, Beatrix Algrave Nunes Henriques, juro obediência a Rainha Marih Beatrice Viana, a reconheço como a legitima Rainha de Portugal, juro defender ao Reino e as Leis que o regem, a proteger as instituições que o conformam e a contribuir sempre ao seu desenvolvimento próspero ainda que em detrimento próprio e jamais alheio.
Comprometo-me a lutar contra a malícia e a tirania, com todas as minhas forças, a usar humildemente o meu título, promovendo a paz no Reino e defendendo o povo das ameaças tanto internas como externas, sempre cultivando a nobreza de espirito, base para qualquer nobre.

Apresenta a Comenda da Coroa Portuguesa e a oferece para a que a rainha a entregue ao líder e representante do Exército Real Português.

A monarca que ja se encontra de pé, diz:

"Eu, Marih Beatrice Viana, rainha de Portugal, perante Jah e meu povo, aceito o teu juramento Dama Beatrix Algrave Nunes Henriques e de hoje em diante, lhe outorgo o direito a usar o título de Baronesa do Paço da Figueira e a gerir em meu nome as terras que lhe são de direito."

Um pajem aproxima-se com uma almofada, sobre a qual repousava uma coroa, enquanto outro trazia uma peça coberta por um tecido.

O monarca tomando a coroa em suas mãos a deposita sobre a cabeça de Beatrix Algrave Nunes Henriques e retirando a tela que cobria a peça, revela as armas do nobre para todo o público, dizendo:

"Agora ergue-te Dama Beatrix Algrave Nunes Henriques, Baronesa do Paço da Figueira e contempla as vossas armas "

Após as palavras da rainha a representante da Heráldica então fez uma vénia ao nobre Viana e apresentou a ele as suas armas trazidas pelo pajem e as entregou ao nobre para que as recebesse e se afastasse, retornando ao seu lugar. Apesar de feliz pela homenagem que o seu estimado amigo prior recebera, a Rainha de Armas se sentia exausta, mas procurava não demonstrar. Ela esboçou um sorriso ao imaginar que logo a cerimónia se encerraria.

A Rainha de Armas continua de pé, próxima da rainha aguardando seu pronunciamento pois sabe que esse é o momento da entrega das Comendas da Coroa Portuguesa.

- A nobreza é antes todo um carácter do espirito do ser humano, e é sem desistir de seus sonhos que o nobre avança, cultivando a nobreza de Jah em suas virtudes para além da nobreza terrena e passageira. Assim é Dom Yochanan Flavius Viana , que agora recebe o título de Barão de Portela.


A representante da Heráldica então fez uma vénia ao nobre e aguardou a Rainha que já se achava de pé enquanto um dos arautos trazia para ele, sobre uma almofada, a coroa que seria depositada sobre a cabeça do nobre. Assim, um dos pajens reais trouxe as armas do nobre Yochanan, ainda encobertas por uma peça de tecido de veludo.

Sb estava de mãos dadas com a filha e percebia a inquietude nela. A cerimônia era bastante importante, mas a ausencia do pai e do irmão era latente, tanto em Sb como na filha. Assim, a marquesa de Valença procurou o olhar da rainha para pedir permissão discreta para deixar a cerimônia.

Outrora Sb e SMR, Marih Beatrice, foram amigas suficiente para entenderem-se por olhares. Quando ainda era apenas a tia de seu irmão - por matrimônio - divertiam-se trocando risadas nos jantares da família, assim, fitou a rainha na esperança de que ela entendesse...

A Condessa de Sabugosa sorri agradecida para SMR e aproveitando a movimentação de Dama Ava, levantou discretamente e deixou a sala com a filha Charlote seguindo-a.

- A nobreza é antes todo um carácter do espirito do ser humano, e é sem desistir de seus sonhos que o nobre avança, cultivando a nobreza de Jah em suas virtudes para além da nobreza terrena e passageira. Assim é Dama Ava Frias Ribeiro Mondego , que agora recebe o título de Baronesa da Torre de Vila Cova da Lixa.


A representante da Heráldica então fez uma vénia à nobre e aguardou a Rainha que já se achava de pé enquanto um dos arautos trazia para ela, sobre uma almofada, a coroa que seria depositada sobre a cabeça do nobre. Assim, um dos pajens reais trouxe as armas da nobre, ainda encobertas por uma peça de tecido de veludo.

Após as palavras da rainha e da coração da nobre, a Portugal Rainha de Armas prosseguiu a cerimónia com a apresentação das armas da nobre Dama. A representante da Heráldica então fez uma vénia à nobre e apresentou a ela as suas armas trazidas pelo Pajem e as entregou à nobre para que as recebesse e se afastasse, retornando ao seu lugar.

A monarca se levanta e diz:

"Eu, Marih Beatrice Viana, rainha de Portugal, perante Jah e meu povo, aceito o teu juramento Flor de Liz Miranda Carvalho de Monforte e de hoje em diante, lhe outorgo o direito a usar o título de II Condessa de Soure e a gerir em meu nome as terras que lhe são de direito."

Um pajem aproxima-se com uma almofada, sobre a qual repousava uma coroa, enquanto outro trazia uma peça coberta por um tecido.

O monarca tomando a coroa em suas mãos a deposita sobre a cabeça de Flor de Liz Miranda Carvalho de Monforte e retirando a tela que cobria a peça, revela as armas do nobre para todo o público, dizendo:

"Agora ergue-te Dama Flor de Liz Miranda Carvalho de Monforte , II Condessa de Soure e contempla as vossas armas "

- Papai, eu... contraí um noivado enquanto pensei estar morto! Desculpa se o desapontei, mas já está consumado, sob as bênçãos de minhas tias! Teu sobrinho, Raphael, naturalmente não quis assumir, pois quase sempre gosta de meter-me louca! Diz que era para esperar a ocasião de tua chegada, mas não sei muito bem se era isso...

Yochanan ouviu a confidência de sua filha com interesse e uma expressão de carinho no rosto. - Sim minha filha, eu sei. - ele disse finalmente após as palavras de sua filha, em voz baixa para não interromper a cerimônia que decorria mais adiante. -Em nada me desapontaste e se tuas tias abençoaram esta união então nada eu tenho a opor. Vosso coração sempre a guiará pelo caminho correto, confie nele quando qualquer duvida vos assolar minha menina. - ele completou com um sorriso. - Raphael é desconfiado, e talvez eu tenha minha parcela de culpa no comportamento dele, mas ele não faz por mal, ele apenas se preocupa muito contigo. És mais próxima dele do que as próprias irmãs o foram, e ele se vê no papel de irmão mais velho, tenha-lhe paciência. - ele concluiu, ficando em silêncio para ouvir o próximo fazer seu juramento e a aceitação da Rainha.

O Príncipe Real, sentado e bebendo sua taça de vinho, observava o desenrolar da investidura. Parecia um grupo interessante de pessoas agraciadas e, afinal, considerou que Portugal era formado por diferentes visões, consequentemente trazendo formas variadas de ações, as quais cada qual achava justa, correta ou sensata. Porém, mesmo com tamanha diversidade, todos estes contribuíram para formar Portugal em um lugar melhor, e isto era fabuloso!

Terminando a taça de vinho (que estava particularmente delicioso, precisava perguntar de qual região haviam trazido, se bem parecia do norte, talvez?), o príncipe chamou um dos servos e rapidamente requisitou mais uma taça cheia, não podia resistir. Olhando SMR, desejou poder oferecer a ela algo de beber, havia um bom tempo que estava a aceitar juramentos, algo que era parte da cerimônia. Contentou-se em pedir ao mesmo garoto que lhe trouxe nova taça que ficasse com um copo de água a postos, caso SMR precisasse de limpar a garganta.

Quando foi anunciado o nome do próximo agraciado, um sorriso surgiu nos lábios do príncipe. Afinal, conhecia a próxima a apresentar o juramento. Ao vê-la, fez um aceno discreto, tomando um gole do vinho e assistindo o continuar da cerimônia,

Ao ser anunciado seu nome, Flor de Liz se levanta e caminha em direção ao trono, faz um aceno discreto ao príncipe e começa seu juramento

Eu Flor de Liz Miranda Carvalho de Monforte , juro obediência a Rainha Marih Beatrice Viana, a reconheço como a legitima Rainha de Portugal, juro defender ao Reino e as Leis que o regem, a proteger as instituições que o conformam e a contribuir sempre ao seu desenvolvimento próspero ainda que em detrimento próprio e jamais alheio.
Comprometo-me a lutar contra a malícia e a tirania, com todas as minhas forças, a usar humildemente o meu título, promovendo a paz no Reino e defendendo o povo das ameaças tanto internas como externas, sempre cultivando a nobreza de espirito, base para qualquer nobre

Depois da nobre Dama Charlote ter retornado ao seu lugar na assistência, a representante da Heráldica deu continuidade à cerimónia. Notara a chegada da Dama Flor de Liz Miranda Carvalho de Monforte que receberia o título de II Condessa de Soure, título que lhe foi dado em herança de seu falecido esposo. Era uma perda igualmente dolorosa mas que já contava com o espaço de alguns anos. Mas cada um sabia o tempo do luto em seu coração.

Desse modo, a representante da Heráldica achou por bem chamá-la conservando a lista original, apesar dos pequenos atrasos a cerimónia continuava célere. Era difícil no entanto não ser cansativa pela quantidade de juramentos que se realizavam. Assim, a Portugal Rainha de Armas prosseguiu chamando a próxima nobre que prestaria seu juramento.

- Dama Flor de Liz Miranda Carvalho de Monforte, II Condessa de Soure é chegado o momento de fazeres o vosso juramento de nobre.

Dom Evaisto Próspero, Baronete da Fidelidade Divina, chega para as cerimónias bastante atrasado.

- Espero que ninguém repare o quanto atrasado estou... Murmurou Evaisto

Charlote sorriu timidamente a Beatrix quando foi chamada, tinha estima pela sua pessoa e a achava sempre de uma cortesia admirável. Sem delongas tomou seu lugar e prestou o juramento

- Eu,Charlote Ferreira de Queirós Silva e Sagres, juro obediência a coroa, e reconheço como legitima a rainha de Portugal, juro defender ao Reino e as Leis que o regem, a proteger as instituições que o conformam e a contribuir sempre ao seu desenvolvimento próspero ainda que em detrimento próprio e jamais alheio.
Comprometo-me a lutar contra a malícia e a tirania, com todas as minhas forças, a usar humildemente o meu título, promovendo a paz no Reino e defendendo o povo das ameaças tanto internas como externas, sempre cultivando a nobreza de espirito, base para qualquer nobre.

Celestis estava orgulhosa da posição do pai, Yochanan. Conseguira dar a volta por cima, enfrentar as adversidades com destreza. Agora, era agraciado com um título de barão. Ajeitava as vestes de renda negra, com detalhes em roxo e vermelho no saiote. No cabelo, um arranjo de plumas. A ocasião pedia requinte, de modo que a jovem não fez questão de economias. E falassem o que quisessem, mas a filha de um barão, sobrinha de vossa majestade, Rainha Marih, tinha o direito de ostentar se assim preferisse.

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Ava estava ao seu lado, literalmente. Desconfiar de sua vizinha e amiga teria sido um grande erro, mas felizmente agora sabia que ela nada tinha a ver com a suposta morte de seu pai. Pelo contrário, fez de tudo para poupar sua vida.

Para o alívio de Beatrix, tudo corria de modo organizado, salvo alguns atrasos. Celly assistia à entrega das armas de Charlote, filha de Sbcrugilo. Não se davam muito bem, a jovem parecia ter ciúmes de Celly por também ser prima de Sissi Edelweiss. Bobagem desnecessária entre miúdas que aspiravam um dia ser mulheres. Mesmo com a suposta rivalidade, Celestis sentia-se um pouco emocionada ao reparar que Charlote ainda guardava luto por suas recentes perdas. Tinha ela também conhecido o pai e o irmão da futura nobre quando esteve em sua casa.

Não sabia bem por onde começar. Poderia desenrolar diversos assuntos com o pai, agora finalmente ao seu lado. Mas apenas um povoava sua mente: seu recente enlace com Lockee, dos Torre. Era certo que ele já soubesse, tinha informantes por todos os recônditos do reino e foi sempre um pai muito protetor. Mas sentia que ele precisava ouvir de seus próprios lábios.

- Papai, eu... contraí um noivado enquanto pensei estar morto! Desculpa se o desapontei, mas já está consumado, sob as bênçãos de minhas tias! Teu sobrinho, Raphael, naturalmente não quis assumir, pois quase sempre gosta de meter-me louca! Diz que era para esperar a ocasião de tua chegada, mas não sei muito bem se era isso...

Depois da nobre Dama Dinaman ter retornado ao seu lugar na assistência, a representante da Heráldica deu continuidade à cerimónia. Notara a chegada de alguns membros da família Sagres, entre eles a Dama Charlote que estava na listagem dos nobres que prestariam seu juramento naquele dia e receberia o título de cortesia ofertado por sua mãe. Dama Charlote e Dama Sbcrugilo portavam luto, pela dolorosa e recente perda que haviam sofrido na família.

Uma vez que a ordem da lista tivera continuidade não seria justo fazê-las esperar. Assim, a Portugal Rainha de Armas voltou o chamamento para a jovem Dama que chegara há pouco no Paço da Ribeira.

- Dama Charlote Ferreira de Queirós de Silva e Sagres, Baronesa da Torre é chegado o momento de fazeres o vosso juramento de nobre.

A representante da Heráldica Portuguesa apresentou à nobre Dama as suas armas trazidas pelo Pajem e as entregou à nobre para que as recebesse e se afastasse, retornando ao seu lugar. As armas da baronesa eram obra da talentosa, Roselyn.

Assim, a cerimónia continuaria. Apesar do grande número de nobres a jurarem naquele dia, a cerimónia seguia célere, sem grandes delongas e espera. Claro que para aqueles que aguardavam serem chamados, a ansiedade devia ser grande.

Dhanniel chega com Katharinna a cerimonia e tentam furar pelo meio da multidao para conseguir um lugar quando ele escuta uma voz esganicada.
Ao olhar na direccao do som repara que foi a rainha que comecou a discursar.
Ele para, segura na mao da sua linda princesa e ambos ficam atentos ao desenrolar.

Maltese recebe as armas que, em tempos, também o seu pai havia envergado e, após uma vénia à Rainha e um aceno cortês à representante da Heráldica, retira-se para o seu lugar.

Encaminhado a uma bela cadeira, almofadada e com ornamentos muito belos, o príncipe senta-se. Suavemente, beija a mão da rainha e continua a assistir a cerimônia que acontecia.

Vendo um dos que ajudavam a organizar o tudo, o príncipe pede para si uma taça de vinho, não poderia deixar de beber em uma ocasião tão bela, seria quase como transgredir toda aquela beleza, um ato de devoção por assim dizer.

Maltese ouve o seu nome ser convocado e ergue-se. Ao aproximar-se do trono com solenidade, não consegue conter um sorriso à sua tia Gwen. Depois, ao tocar na sua espada, recorda com amargura um outro juramento, proferido há muitos meses e numa noite em tudo diferente. Tinha acabado de regressar a Portugal e dirigira-se ao acampamento do seu primo, o Rei Dom Pedro, para prestar a sua vassalagem e jurar lealdade. Os rostos estavam fechados e, em vez das vestes luxuosas que todos envergam hoje, só se viam armaduras e couraças. A música também não era sacra ou sequer palaciana, mas antes os tambores e cornetas do regimento.

Ao chegar junto ao trono, Maltese ajoelha-se perante a Rainha Marih e, no seu característico tom marcial, profere o seu juramento:

Eu, Maltese de Albuquerque, juro obediência ao legítimo Monarca de Portugal, juro defender ao Reino e as Leis que o regem, a proteger as instituições que o conformam e a contribuir sempre ao seu desenvolvimento próspero ainda que em detrimento próprio e jamais alheio. Comprometo-me a lutar contra a malícia e a tirania, com todas as minhas forças, a usar humildemente o meu título, promovendo a paz no Reino e defendendo o povo das ameaças tanto internas como externas, sempre cultivando a nobreza de espírito, base para qualquer nobre.

O próximo da lista seria Dom Leomion, mas ao ver que o nobre Visconde de Ariz ainda não estava presente na cerimónia, a representante da Heráldica chama a presença do nobre Dom Maltese de Albuquerque, III Visconde de Britiande para o juramento. A lista seria retomada sem prejuízo assim que o nobre se apresentasse, de forma que a cerimónia não se atrasasse.

- Dom Maltese de Albuquerque, III Visconde de Britiande é chegado o momento de fazeres o vosso juramento de nobre.

Chegando um pouco atrasado, o Príncipe ainda consegue ver as entregas de armas ao Duque de Bragança.

Observando, vê que muitos já prestaram o juramento e envergavam novas armas. Novos nobres, ou nem tão novos assim, cada qual com méritos próprios e uma longa história, esta que estava inclusa nos registros históricos do Reino de Portugal. Era, pois, um dia de festa.

Tomou um lugar para admirar a cerimônia que ainda transcorria, deixando para depois os cumprimentos e gracejos.

Após o juramento de John Martins de Almeida Miranda e Sousa Coutinho perante a Rainha de Portugal, a representante da Heráldica diz repetindo o protocolo que homenageia a cada um do nobres presentes.

- Damas e Cavalheiros, povo de Portugal, é hoje um dia auspicioso, pois homenagearemos aqueles que muito fazem pelo Reino. O Nobre sonha, todo nobre é um sonhador, ele sonha com um Reino melhor, com um Reino mais forte. Não há nobreza sem sonhos. A nobreza é antes todo um carácter do espirito do homem e é sem desistir de seus sonhos que o nobre avança, cultivando a nobreza de Jah em suas virtudes. Assim é John Martins de Almeida Miranda e Sousa Coutinho, que agora recebe os títulos de Duque de Bragança e II Conde de Leiria.


A representante da Heráldica então faz uma vénia ao nobre e aguarda a Rainha que se ergue enquanto um dos arautos traz para ela sobre uma almofada, a coroa que será depositada sobre a cabeça do nobre. Assim como foi feito antes, um dos pajens reais traz as armas do nobre, ainda encobertas por uma peça de tecido de veludo. Só que dessa vez são duas coroas e duas peças encobertas, por tratarem-se de dois títulos que o nobre receberá na cerimónia.

A monarca se levanta e diz:

"Eu, Marih Beatrice Viana, Rainha de Portugal, perante Jah e meu povo, aceito o teu juramento Marquês de Pomares e de hoje em diante, lhe outorgo o direito a usar o título e a gerir em meu nome as terras que lhe são de direito."

Um pajem aproxima-se com uma almofada, sobre a qual repousava uma (coroa/coronel do titulo), enquanto outro trazia uma peça coberta por um tecido.

O monarca tomando a coroa de marquês em suas mãos a deposita sobre a cabeça do Marquês de Pomares e retirando a tela que cobria a peça, revela as armas do nobre para todo o público, dizendo:

"Agora ergue-te Marquês de Pomares e contempla as vossas armas "

Após o juramento de Dom Vega perante a Rainha de Portugal, a representante da Heráldica diz:

- Damas e Cavalheiros, povo de Portugal, é hoje um dia auspicioso, pois homenagearemos aqueles que muito fazem pelo Reino. O Nobre sonha, todo nobre é um sonhador, ele sonha com um Reino melhor, com um Reino mais forte. Não há nobreza sem sonhos. A nobreza é antes todo um carácter do espirito do homem e é sem desistir de seus sonhos que o nobre avança, cultivando a nobreza de Jah em suas virtudes. E assim é Dom Vega de Camões, Marquês de Pomares.

A Portugal Rainha de Armas então faz uma vénia ao nobre e aguarda a Rainha que se ergue enquanto um dos arautos traz para ela sobre uma almofada, a coroa que será depositada sobre a cabeça do nobre Dom Vega de Camões, Marquês de Pomares. Um dos pajens reais traz as armas do nobre, ainda encobertas por uma peça de tecido de veludo.

Vega ergue-se solenemente e aproxima-se do local indicado pelos guardas. Aclara a voz e relembra-se de todos os Monarcas, Príncipes e Regentes que ostentaram a Coroa de Portugal. Em pequenos flashes recorda os nobres que tantas vezes o inspiraram a trabalhar pelo seu Reino e em prol daqueles que mais necessitam. O silêncio foi quebrado quando ele pronuncia o seu juramento honrando e atestando as suas responsabilidades e deveres para com a Coroa actual e os seus representantes futuros.

- Eu, Vega_adc de Camões, juro obediência ao legítimo Monarca de Portugal, juro defender ao Reino e as Leis que o regem, a proteger as instituições que o conformam e a contribuir sempre ao seu desenvolvimento próspero ainda que em detrimento próprio e jamais alheio.
Comprometo-me a lutar contra a malícia e a tirania, com todas as minhas forças, a usar humildemente o meu título, promovendo a paz no Reino e defendendo o povo das ameaças tanto internas como externas, sempre cultivando a nobreza de espírito, base para qualquer nobre.

Depois faz uma pausa.

A Monarca entra, senta-se e faz um gesto ao arauto para que a Portugal Rainha de Armas prossiga com a cerimónia

Prestes a sentar-se após a entrada do capelão, Dinaman ouve o anunciar de outra ilustre e não ousa sentar-se

Dinaman ali sentada, mantinha-se meio resguardada do calor, a sede ainda não lhe tinha chegado, mas ao ver anunciado o capelão, imediatamente sentiu a boca seca. Desejou ter trazido algo para beber, talvez uma cidra da sua quintarola.

Dinaman levanta-se à espera que o capelão se faça ver!

Gaspar, trajado de Batina, estava vestido com uma Longa Alva com uma Belíssima Renda repleta de Símbolos Aristotélicos, e em meio à tudo isso havia uma Linda Cruz, ornada de dois Ramos.

Na Cintura, havia um Cíngulo Branco e Dourado, onde uma borla de cada lado pendia e quase tocava o chão.
No Antebraço esquerdo, um lindo manípulo encontrava-se, com uma Cruz Dourada de um lado, e do outro o símbolo do Papa.
Usava também, uma cruz aristotélica Dourada com detalhes prateados no pescoço, estava devidamente vestido para aquela Cerimônia.

Após um som emitido, viu que sua Presença era enfim solicitada.

Calmo, como sempre, passou pelos Grandes Frontões, e em meio à Nobreza Portuguesa, andou em passos Solenes, até chegar ao Palanque, onde subiu vagarosamente e pôs-se frente aos Nobres, ao lado Direito da Rainha.

Fez uma breve vénia e um curto aceno em forma de respeito, em seguida abaixou a cabeça, aguardando a Entrada da Rainha.

A Portugal Rainha de Armas e seus arautos supervisionavam tudo que decorria. Depois de uma breve espera para a chegada dos convidados, enfim havia chegado o momento. Assim, o pajem real subiu ao pódio por um pequeno lance de degraus num dos lados, e fazendo um sinal aos trompeteiros, esses tocaram uma breve fanfarra, em seguida o silêncio se fez em meio ao público que aguardava a cerimónia. Logo em seguida, o pajem real disse em voz solene:

- Representando a Santíssima Igreja Aristotélica, o Capelão convidado, o Diácono Gasppare Pio Viana.

Os presentes aguardaram que o Capelão se manifestasse e tomasse o lugar.

A porta da carruagem de Gwen abriu-se, deixando a marquesa sair para um dia soalheiro e ameno. As insígnias dos Albuquerque e Monte Cristo entrelaçavam-se , deixando-a saudosa dos dias em que cavalgava à desfilada sem outra preocupação na vida que não fosse esporear o cavalo e ir à luta.

Como o tempo passara...

Apoiada no braço do marido, sorriu-lhe com amor. Aquele homem alterara de forma irremediável a sua vida e, embora tivesse saudades dos tempos em que marchava pela vida fora, também não era menos verdade que o amor dele lhe enchia os dias e preenchia o coração de uma forma que só ele sabia fazer.

Foi conduzida ao lugar reservado à família, mas antes, parou para falar com os presentes. Conhecia-os a todos e de uma forma ou de outra, os seus caminhos tinham-se cruzado de forma indelével.

Por Jah, hoje estou saudosa!, pensou divertida.

Nada que uns canecos não resolvesse, ponderou e depois olhou para o sobrinho e nele reviu o seu irmão. Dos quatro irmãos, Harkonen fora sempre o mais parecido consigo e o companheiro de inúmeras brincadeiras, bebedeiras e rios de cabelos brancos na cabeça dos pais. Maltese não era Harkonen, por muito que se parecesse com ele, mas também não recusava uns canequitos.

Depois de três semanas de férias na sua única e bela Serra do Açor, Serra que adoptara como nome, David chega a capital do Reino. Depois passear pelo mercado, assinar uns documentos importantes para o Conselho de Lisboa e sobretudo verificar que o Fura (sim era de facto o seu mensageiro mais precioso, mas nos tempos livres tinha a mania que era Vice-Comandante do exercito Alea Jacta est) não tinha feito debandar o exercito todo, este decide assistir a cerimonia de investidura de alguns nobres do Reino. Alguns viriam de terras distantes para jurarem obediência e lealdade a Rainha, algo que não podia deixar de fazê-lo sorrir. "Ainda bem que não me calhou nenhum titulo na rifa, senão nem quando as galinhas tivessem dentes e os porcos voassem eu me apresentaria na cerimonia, mas tinha que ser os dois ao mesmo tempo", pensara ele divertido, "Ah! E que as vacas tussam e os bois espirrem, nunca se sabe!" .

Desce a encosta do castelo a pé e chega ao Paço, ao ver o aparato que ali se tinha erguido, usa a desculpa de ser Conde de Lisboa para passar por aquela multidão toda. Consegue ver algumas famílias importantes ali presentes e reconhece mesmo alguns nobres e lacaios, entre eles vê a família Camões. "Tenho que lhes mandar uma missiva" pensa. "Ou talvez não, quem foi queimado, foi queimado, não há nada a fazer, ainda aparece para ai uma reencarnação deixa-me lá estar calado!" suspira e segue caminho a ver se avistava algum Sagres, pois esses também precisavam, não de uma, mas de algumas missivas. Solta um gargalhada e pensa "Coitados". Com um sorriso na cara continua o seu caminho. Lá consegue passar pela multidão e entrar no recinto fechado. Depois de muito olhar, encosta-se a um canto a espera do inicio da cerimónia.

Bento estava furioso, os olhos faiscavam tal como relâmpagos e a sua face escarlate transparecia claramente a raiva que fervia lentamente dentro de si.

- Malditos sejam! Bestas de um Diabo! Haviam de morrer dolorosamente, os membros separados do corpo enquanto ainda respiram! - Vociferou de um tomo só, cuspindo no chão enquanto caminhava apressadamente.

Oh, mas que perda de tempo, mas que dor de cabeça! Claramente, não estava interessado nas mordomias e trâmites daquelas cerimónias reais, tão maçadoras e falsas quanto a generalidade dos nobres que por lá andavam, fingindo importância, inteligência e integridade. Por outro lado, temia que não fosse a tempo de ver o seu amor, resplandecente e esbelto, envolto numa aura divina de perfeição por culpa daqueles animais que não sabem conduzir carroças e muito menos sabem resolver as peripécias da vida com celeridade.

Respirou fundo e passou as mãos pelo traje, desvincando as dobras, antes de entrar no Paço Real. E foi então que os seus olhos a viram e as suas pernas tremelicaram, tal era a emoção de partilhar aqueles instantes na sua presença régia. Estava bonita como ela o sabia ser, os cabelos doirados conferiam-lhe um ar angelical, mas no seu rosto havia a determinação de alguém que levou a sua vontade avante. Daquele vez, não se sentou, encostou-se a um canto e continuou a observa-la, o seu coração negro batendo ansiosamente no peito.

O olhar terno da Rainha não lhe passa despercebido e um sorriso vibrante desenha-se de imediato no seu rosto. Afinal, aquela viagem não havido sido em vão e os infortúnios que o atrasaram pareciam agora insignificantes. Talvez a primeira troca de palavras estivesse para breve, talvez...

Depois de cumprimentar alguns conhecidos, e agradecer a colaboração dos pajens e da arauto, Beatrix também se retira já bastante cansada, toma uma carruagem para casa ansiosa por tirar o tabardo e descansar os pés, depois de ter ficado horas em pé durante a cerimônia.