HOSPEDARIA PORTINHO. Aqui você encontra Cama, Pão e Vinho.

_________________

=) A Maioria das brigas ocorre pela incapacidade de interpretar texto. Sim! Eu faço RP. Os reinos não é VR!

_________________

_________________

Depois que todos os clientes já foram embora, Sr Angelo chama a D.Jacinta e a Dona Diva para ambos deixarem a hospedaria em ordem. A Senhora Rosângela não estava na cidade mas nem por isso a hospedaria tem que ficar com teias de aranha, pensa Sr Angelo.

Finalmente o Mariscal aportara em terras portuguesas. Ao invés de rumarem diretamente a Alcobaça, Amber pediu que o esposo, Goblins, os levasse primeiro ao Porto, cidade à qual "devia" uma visita há algum tempo.

Depois de quase 5 meses de viagem marítima e apenas quatro descidas em portos internacionais, finalmente o aroma de Portugal a acometia. E, de fato, trazia mais rubor às suas faces. Mas as tormentas que acometeram a viagem de ida, ficaram longe da embarcação na volta. Talvez fosse a presença da Duquesa de Beja, SAR Myrnia de Avis, dentre a tripulação. Talvez fosse apenas uma mãozinha divina ajudando seus filhos a encontrarem seu rumo com facilidade.

Decidido que ficariam alguns dias na bela capital portuense, afim de encontrar velhos amigos e fazer novos, o casal de Condes desceu do barco. Primeiramente cumprimentaram o gentil capitão do porto, Dom Shyido Von Elric, Barão de Fornelos, em seguida foram procurar uma hospedaria acompanhados de Dama Myrnia.

A caminhada não foi longa. Logo em frente à Praça da Ribeira avistara um bonito casarão, cuja placa dizia "Hospedaria Portinho - Cama, pão e vinho".

- Pois me parece que é exatamente do que precisamos, amor. Cama, pão e vinho. - comentou a Condessa de Cantanhede com um sorriso.

- Hmmm...vinho...e umas bjekas!! - completou o Conde de Arganil, brincalhão.

Sorridentes, os nobres adentraram a charmosa recepção.

- Bom dia! Gostaríamos de três quartos para três pernoites, por favor. Os mais arejados que tiver! - pede Amber. - Ahh, e seria possível que um deles tivesse três camas de solteiro, por favor? Os demais com camas de casal, mesmo. Obrigada!

Gracinha estava cuidando de Liberalis, acompanhada de Svetlana. E para os três seria o quarto triplo. Já a Duquesa de Beja estava ainda no barco, não havia descido com o casal.
_________________

Tão logo foram atendidos, a família dirigiu-se aos quartos reservados. Um para SAR Myrnia, um para o casal Flandres e um para Svetlana, Gracinha e o pequeno Liberalis. Um outro quarto foi destinado, ainda, ao chefe da segurança, Dionísio e os três soldados que o auxiliavam na guarda da família.

Após se refrescarem, desceram para uma bela refeição, momento em que Amber recebeu uma missiva.

- Carta do meu amigo Yochanan, amor. Ele soube de nossa chegada e nos convida a visitá-lo no Paço. Que tal? Ele convidou Aristarco também!! - disse sorridente.

- Adoro quando sorris dessa forma, querida. Infelizmente eu terei de tratar dos reparos do barco pela manhã. Mas vá, meu amor, vá visitar seus amigos!

- São 12 horas de viagem, querido. Dificilmente eu conseguiria voltar no mesmo dia.

- Hmm, então leve Svetlana e Dionísio consigo. Acredito que Svetlana e a filha de Yochanan regulam em idade, não? Como ela chama mesmo...?

- Cellestis. Ótima ideia, meu amor. Levo Laninha e Dionísio comigo. Gracinha e Liberalis ficam com você!

Mais tarde, foram repousar, após uma longa viagem e se preparar para as 12 horas de cavalgada.
_________________

Pajem Carlos chega a Hospedaria com um recado há ser dado.

Vê dona Jacinta e pergunta:

-Com licença, a Condessa de Cantanhede e sua família se encontram?

Dona Jacintha responde que a Condessa e sua família não estão presentes.

Carlos então entrega o bilhete para dona Jacinta.

_________________

_________________

David cansado e nostálgico, acaba por arrumar todas as suas roupas naquele quarto arrendado. Aproveita para descansar um pouco, deitando-se na cama confortável e pensar no que iria fazer a seguir.

Umas horas depois, ouve um ruído vindo da porta... *toc *toc *toc

- Sim? Pode entrar. - Diz, enquanto se levanta da cama e recompõe-se.

Vê entrar uma criada com um apetitoso jantar, David quase sentia o sabor do vapor que via, era um belo pedaço de carne, com alguns vegetais e muitas batatas.

A mulher diz que foi entregue a pedido da Juana, para que ele ganhasse forças. David agradece e, prontamente, inicia a sua refeição e pensa:

(No fim, visitarei a cidade, ver as novidades e as tavernas...)
_________________

Madalena aproveitou o resto do dia para descansar. Pelo fim da tarde, levantou-se da sua cama e aprumou-se para a noite com David, começou por colocar um dos seus vestidos vermelhos, justo e com um decote bastante generoso, as mangas eram cobertas de renda vermelha, na cintura um laçarote do mesmo tom, prendeu os cabelos castanhos num rabo de cavalo alto, sendo que as pontas lhe tocavam no fundo das costas, por fim, passou pó de arroz no rosto e pintou os lábios de um tom escuro.

Abandonou a sua casa discretamente com o corpo e rosto cobertos por uma capa negra. O percurso até à Hospedaria Portinho foi feito sem qualquer tipo de percalço, mas a meretriz levava um punhal preso à liga de renda. Não voltara a ousar sair de casa desprotegida desde aquele fatídico dia. Chegada ao interior do afável edifício, Madalena despiu a capa e deixou-a pendurada num dos cabides da entrada. Passou as mãos pelos cabelos, certificando-se que não havia nenhum fio solto, depois procurou pelo quarto número sete e bateu à porta duas vezes.
_________________

Madalena sorriu ante os olhares indiscretos de David para o seu decote. Com a ponta do dedo indicador tocou-lhe no queixo, fazendo-o olhar nos seus olhos cor-de-mel.

- Sou a última prenda da Juana...

Colocou a outra mão no peito dele e empurrou-o para o interior do quarto, fechando a porta com o pé.
_________________

Madalena revira os olhos perante a gaguez e vermelhidão aparente de David.

- Sim, acredito que sim, coisas muito, muito importantes não tenho dúvidas... - disse enquanto se aproximava dele, reduzindo a distância entre os corpos a meros centímetros - Fui paga para te manter neste quarto a noite toda, lamento, mas os amigos terão de esperar.

A meretriz desliza a mão pelo tronco dele, sorrindo de forma indecente.
_________________

Madalena ri ao ouvir a proposta de David.

- Jogar Ramponneau? - o olhar incrédulo estava estampado no seu rosto.

A meretriz deixou de o tocar, afastando-se alguns passos e olhando em volta.

- Tens aqui um belo quarto... - disse ao mesmo tempo que passava a mão pela madeira escura da cómoda, apreciando o trabalho feito pelo habilidoso carpinteiro. Sorriu-lhe gentilmente e foi até à janela fechando as cortinas e escurecendo o quarto, depois sentou-se na cama passando as mãos pela coberta macia, o corpo a deslizar suavemente, até estar completamente deitada. - Anda, vamos jogar aqui.
_________________

Madalena suspira ao ouvir o novo comentário de David. Já com pouca paciência a meretriz senta-se na beira da cama.

- Talvez assim seja uma posição mais adequada...

Num gesto lento e propositadamente explícito, a meretriz sobe o vestido, revelando as pernas esguias e bem torneadas, no cimo da coxa direita uma liga de renda prendia um punhal. Madalena sorriu para David, deliciando-se com a sua cara de espanto e descoberta, retira o punhal e coloca-o em cima da mesa de cabeceira.

- Acho que não vou precisar disto esta noite.

Ainda não tinha acabado de falar e a meretriz já estava a movimentar-se na cama, ajoelhando-se ao pé de David, toca-lhe levemente com os dedos no rosto e depois beija-o nos lábios, um beijo calmo e suave.
_________________

Assim que o beijo terminou, David encheu-a com perguntas sobre o seu punhal.

- Não é uma adaga, é um punhal. E comprei-o no mercado a um dos muitos ferreiros que por lá estão.

Ainda Madalena não tinha acabado de lhe explicar onde comprara o punhal e já David a bombardeava com novas questões.

- Tarde? Ainda nem escureceu totalmente lá fora. Tem medo do escuro, é isso?

No momento seguinte, ele estava já ajoelhado no chão, com os antebraços apoiados na cama, rezando em voz baixa. A meretriz suspirou novamente e passou, irritada, as mãos pelos cabelos, soltando alguns fios.

Com dedos hábeis e rápidos, Madalena desapertou-lhe os botões da camisa, deixando-o em tronco nu, depois empurrou-o para o chão, prendendo-o debaixo de si. Os seus lábios voltaram a encontrar-se com os dele para um beijo selvagem e frenético.
_________________

Assim que Madalena sentiu o corpo de David relaxar, os seus beijos tornaram-se mais meigos e a meretriz esforçou-se por colocar algum tipo de sentimento no contacto. Tantos anos de treino teriam de servir para alguma coisa e, verdade seja dita, David não lhe era totalmente desconhecido, por diversas vezes tinham conversado em tabernas.

Apesar do súbito aceitamento dos beijos, David continuava imóvel, com os braços estendidos ao longo do corpo. Madalena não estava habituada a tanta timidez e inexperiência, pelo que, com cuidado, colocou as suas mãos magras e delicadas sobre as mãos rechonchudas de David, arrastando-as até às suas coxas. Não parou de o beijar com medo de que ele tentasse escapulir-se aos seus avanços.
_________________

No momento em que David separa os lábios dos seus, Madalena fica preocupada.

- A cama? Sim, sim, parece-me muito melhor... mais confortável, é bem verdade. - quando acaba de falar ele já não está debaixo dela.

A meretriz permanece alguns momentos ajoelhada no chão e antes de se voltar para encará-lo suspira profundamente e pede paciência ao santo padroeiro das meretrizes. A noite não seria fácil...

Ao vê-lo comer, Madalena não sabe se ri ou se chora. Os setenta cruzados que Juana lhe dera começavam a parecer uma quantia ingrata. Furiosa com a situação, mas disposta a levar a sua avante, Madalena volta a colocar-se em cima dele e dá uma dentada no pão na extremidade oposta à que ele está a comer.

- Hum... É... um bom... pão... - elogia de boca cheia - Mas não se deve comer na cama, as migalhas fazem comichão - dito isto atira o pão para o chão e faz um falso ar de arrependida - Ups...
_________________

Madalena sorri.

- Parece que vais ter de comer outras coisas...

Dito isto, a meretriz ergue-se ligeiramente e puxa o vestido lentamente, tirando prazer das caras estranhas que David faz. Quando por fim fica nua, atira o vestido para o chão, caindo este em cima do pão de David. Não lhe dando tempo para reagir, Madalena desaperta as calças daquele estranho homem.
_________________

Madalena impede-o de vestir as calças, mas também não as consegue retirar. Quando ele se oferece para lhe ir buscar uma manta a meretriz diz de forma autoritária:

- Não, não quero manta alguma. Vais ser tu que me vais aquecer... - dá-lhe um pequeno beijo nos lábios e depois olha-o por momentos, pensando no que fazer a seguir.

A meretriz segura as mãos de David sobre a cabeça deste, impossibilitando-o de a afastar ou de fazer grandes movimentos. Apoia então o corpo dela sobre o dele e beija-o com muito carinho, esperando que deste vez ele não pense em sandes de cabrito.
_________________

Finalmente David pareceu render-se aos seus encantos. Madalena não suspirou de alívio, nem lhe deu tempo para mudar de ideias. Dali o contacto e os carinhos só aumentaram. A meretriz foi meiga e preocupada, afinal não havia muito tempo desde que fora mutilada e também ela se ressentia. Ele não pareceu importar-se com as costas marcadas por cicatrizes dela, mas também houve um momento em que ele se deixou de importar com o que quer que fosse.

Não sabia se aquela noite o mudaria ou se David era um caso perdido, mas pelo menos cumprira a sua tarefa e fizera valer o dinheiro que Juana lhe dera. Quando o calor do momento terminou, Madalena aconchegou-se ao corpo robusto e mole dele, tirando conforto do calor humano. Não tardou para que adormecesse...
_________________

Madalena acorda sobressaltada com um enorme peso sobre si.

Abre os olhos e depara-se com David a dormir profundamente, o corpo dele totalmente apoiado no seu. Tinha dificuldades em respirar, sentia-se esmagada. A meretriz começa a estrebuchar, com dificuldades, batendo-lhe no rosto com as mãos e gritando o nome dele repetidas vezes.

- David! David! Seu desgraçado! Estás matar-me!!

Tem em si a esperança de que ele acorde.
_________________

Quando ele sai de cima dela, Madalena permanece deitada com as mãos no peito a recuperar a respiração que lhe faltava. Envergonhado ele pede-lhe desculpas, mas pelos motivos errados.

- Não é isso, seu tonto! - diz-lhe um bocado chateada - Estavas a sufocar-me...

A meretriz chega-se para a outra ponta da cama e cobre-se bem com os cobertores.

- Vê se ficas desse lado da cama. Não vais querer pagar-me o funeral.
_________________

As horas passaram e Madalena não voltou a dormir, permaneceu de olhos fechados, aguardando apenas a chegada da manhã. Quando os primeiros raios solares espreitaram por entre a cortina escura, Madalena levantou-se e apanhou as suas roupas do chão, voltando a vesti-las. Não prendeu os cabelos, limitando-se a penteá-los com os dedos.

- David? - chamou, aproximando-se da beira da cama - Tenho de ir, a minha tarefa aqui está concluída.

Sorriu amigavelmente e esperou por uma resposta.
_________________

Madalena ri-se e abandona o quarto.

David era um caso perdido.
_________________

_________________

_________________

_________________

_________________

Quando a Dona Jacinta lhe pergunta se queria companhia, David responde imediatamente:

- Não, estou bem assim, sozinho. Apenas quero um quarto e umas refeições, companhia, tenho-a depois, na taverna.

_________________

David retorna à Hospedaria depois de uma longa corrida pelas ruelas da cidade. Ofegante e exausto, atira toda a roupa para a mala, saí do quarto apressadamente e entrega um saco de moedas à Dona Jacinta para pagar a sua estadia e para agradecer a hospitalidade demonstrada.
Coloca as suas malas na carroça e, juntamente com a sua madrinha grávida, Juana, e os seus amigos, parte em direcção a Aveiro.
_________________