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[RP Privado] O Avanço da Raposa

Filipe_3


Filipe decidiu bater todas as casas e pequenas habitações, com a ajuda de dois soldados. De facto, não parecia haver ninguém na zona circundante. Foi procurando por outras áreas e observava-se o mesmo. Até que encontrou o mesmo celeiro que Raquel e deixou os cavalos amarrados a uma árvore lá longe, para se esconder com os soldados nos arbustos. Ouvia movimentações lá dentro:
- Ouçam, antes de saber o que fazer, temos de perceber o que está lá dentro. Manuel, tu és bom nisto, vai até aquela janela que o celeiro tem, usa a escada que está no chão, mais adiante.- ordenou Filipe. Manuel concordou. No entanto, ouviram-se cavalos - eram provavelmente os italianos. Capturaram o rapaz, que ainda ofereceu alguma resistência, e levaram-o. Disparou a sua besta e matou um de dois homens, o outro já tinha levado Manuel para trás do celeiro. Filipe entendeu que tinha de fugir pois se não o mataram queriam informações. Pegou no seu cavalo e foi a galope, o mais rápido que conseguiu por o seu cavalo a correr, avisar Anton e o resto dos seus companheiros. Existiam marcas de animais e pessoas, e havia um pequeno refúgio com tochas acesas lá dentro, parecia que tinha levado Manuel para lá. Apercebeu-se de que estava a ser perseguido. Cinco cavaleiros tinham vindo atrás dele. Enquanto tentavam fazer um círculo à volta de Filipe, este conseguiu abater mais um com a sua besta. O seu colega abateu outro. Continuou a fugir e despistou os outros três quando entrou por uma zona de mato, ainda que tenha sido alvejado na perna. Começou a buscar a família .Depois de os procurar por um bocado, encontrou Jean:
-Dubois! É o Filipe! Nós fomos até um celeiro, e um dos nossos foi ver o que havia lá dentro. No entanto, foi capturado e levado! O que havemos de fazer ? O moço que eles levaram não sabe onde está toda a gente, mas parece-me que há por lá adversários! Ajuda-me ... e o Anton onde está? Olha, eles eram dois, e encontrei pegadas de muita gente e animais, ainda fui perseguido por cinco cavaleiros, devem ser bastantes. Devem haver mais, ou levaram alguém, ou estão noutro sítio ... ou estão dentro do celeiro... E ainda avistei uma casa que parecia ter gente lá dentro, uns metros depois. - disse retirando a flecha da perna. A cota de malha tinha cumprido o seu dever, era um corte pouco profundo, bastavam uns ungentos no momento. O seu cavalo tinha sido ferido no dorso, teve de ir no cavalo do outro soldado e agora ia a pé.
Leonardodavinci


Leonardo acompanhou resignado o grupo de ataque de seu primo. Ele não acreditava que a força física fosse a melhor solução contra Volpone, mas Anton queria assustar os potenciais aliados do assassino e ele entendia o seu estratagema.

Chegaram ao armazém, mas o local estava desguarnecido. Leonardo ficou agitado, sentia que os inimigos estavam a espreita e trocou olhares com Anton, que estava visivelmente preocupado. Sob as ordens de seu primo, os soldados se separaram e vasculharam o local.

O jovem toscano circundava o armazém em conjunto com Anton, um ar de nervosismo pairava sobre eles. Então, Leonardo viu, saindo de um celeiro adjacente ao armazém, um grupo de cavaleiros a galope. Ele pôde reconhecer sua prima pelas vestes, na garupa de um dos cavaleiros. Sentiu um desespero tomar conta de si. Socou o braço de Anton para que ele reparasse no grupo que fugia e atingiu com força o dorso do cavalo com os calcanhares. Em corrida, a visão em torno dele escureceu, movido pelo desespero e a raiva. Precisava salvá-la, a qualquer custo.

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Sir_anton


Anton averiguava um armazém junto com Leonardo quando o jovem italiano chamou sua atenção dando um soco em seu braço.Leonardo correu atrás de um grupo de cavaleiros e logo foi seguido por Anton,que enquanto colocava seu cavalo para galopar assinalou com a mão para três soldados que estavam próximos o seguirem.

Os cinco partiram em perseguição atrás dos grupos de italianos quando um outro grupo de cavaleiros surgiu na estrada,vindo em direção ao grupo de Anton e Leonardo com armas em punhos.Imediatamente,Anton sacou sua espada sendo imitado pelos seus homens,quando os dois grupos se encontraram se deu inicio a um sangrento combate.O lado de Anton começou perdendo tendo dois de seus homens mortos no choque inicial.Porém um dos seus soldados matou um dos italianos,Anton trocou golpes de espada com um dos cavaleiros italianos,conseguindo eventualmente derruba-lo do cavalo.Antes de eliminar o inimigo caído atacou outro cavaleiro,vendo que seu soldado e Leonardo lutavam com os dois outros inimigos.Após algum tempo de combate,o português prevaleceu atrevessando o peito do inimigo com a lâmina.Leonardo e o soldado também alcançaram êxito em combate.

Ao perceber que agora estava sozinho e desmontado,o italiano que havia se derrubado começou a correr pela estrada na esperança de se salvar.Anton sinalizou para os outros dois não se envolverem e pôs seu cavalo para galopar na direção do fugitivo,acertando sua lâmina na nuca dele.

De volta a estrada,os trio tentou voltou à perseguição,porém o combate havia lhes tomado tempo o bastante para os italianos escaparem.Após alguns minutos de cavalgada a silhueta de outra cavaleiro apareceu na estrada vindo de encontro a eles.Anton se preparou para cercar a sua espada porém quando o cavaleiro ja estava perto o bastante reconheceu ele,Jean Dubois:
- Chefe!Um grupo de italianos capturou a Senhorita Raquel!
- Nós estamos os procurando!Você viu para onde foram?
- Sim,eu estava seguindo uma dica de Filipe,e os encontrei no caminho,os segui escondido.Eles a levaram até um casarão afastado daqui.
- Mostre o caminho!
Dubois cavalgou a frente enquanto o grupo o seguia cavalgando o mais rápido que podiam.

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Filipe_3


Filipe seguia noutro cavalo que Jean disponibilizou, e ia mesmo ao lado dele. Tinha também seguido os italianos. O lugar que lhe falara não era muito longe. Foram apenas alguns minutos a galope e já tinham chegado lá:
-É melhor deixar aqui os cavalos para não dar nas vistas. Anton, Jean, algum plano?- disse enquanto preparava a sua besta. Estava preocupado com a sua irmã. Filipe gostava de ir a batalhas mas não podia ver os seus familiares no estado de Leo, ou não aguentava com a angústia de ter a irmã raptada. Demónios antigos, ora pois:
-Estou com vontade de finalizar isto rapidamente ... malditos italianos, malditos!
Leonardodavinci


O grupo seguiu Dubois, o mais rápido que puderam, se aproximaram logo do local para onde haviam levado Raquel. Era uma vasta propriedade, deveria ter sido uma antiga fazenda, mas agora apenas uma vegetação alta e daninha cobria o solo de cultivo. A vantagem ali era clara, o casarão um andar a mais do que o convencional para aquele tipo de habitação ficava no centro da propriedade. Aquilo formava um discreto bastião, que poderia ser utilizado para identificar e matar inimigos que tentassem se aproximar.

Volpone era uma figura ardilosa, previra o contra-ataque e preparara um engodo para surpreender os atacantes. Contudo, não esperava ser seguido até ali, esperava poder ditar os termos para a devolução de Raquel. Devia estar precisando de dinheiro, para pagar pelos soldados e as armas que foram perdidas. O grupo discutiu por algum tempo como deveriam realizar a abordagem do local de forma que Raquel não fosse ferida durante a tentativa deles de resgate. Foi admitido o risco do grupo ser interceptado por flechas, mas uma ideia surgiu e eles a colocaram em prática.

Os cavalos usados pelo grupo haviam sido equipados com uma quantidade razoável de pólvora para poder recarregar os arcabuzes que haviam sido levados. Eles reuniram toda a pólvora dos cartuchos em uma única bolsa e a deram para Filipe. Então, eles avaliaram a direção do vento e iniciaram o posicionamento. Leonardo, Dubois e Anton circundaram a propriedade até ficarem alinhados com o casarão, de forma que a lateral do edifício estava voltada para eles. Filipe por sua vez, ficara responsável por incendiar a vegetação em paralelo ao trajeto que o trio teria que utilizar até se aproximar o suficiente do casarão para que as flechas não fossem um risco. Isso faria de Filipe uma isca, mas o propelente iria permitir uma queima rápida do trajeto que ele teria cruzar e permitiria que ele escapasse das flechas.

O rapaz com sangue frio foi realizando o trabalhando, cruzando alguns metros e ateando fogo na vegetação e assim intercaladamente, mais da metade do trajeto já produzia um nevoeiro de fumaça antes que os homens de Volpone percebessem o incêndio. A pólvora criara uma grande área de devastação ao acelerar a propagação do fogo que ardia em busca de mais material para queimar. Com o vento favorável, uma nuvem de fumaça cobriu o campo e tornavam o grupo quase invisível e com os guardas tentando localizar o incendiário, Anton, Dubois e Leonardo cruzavam o campo com lenços umedecidos cobrindo a face, em meio a névoa enegrecida, eles conseguiram chegar ao casarão sem ter sua presença notada. Filipe havia cumprido sua parte e agora também adentrara o nevoeiro, escapando das flechas que começavam a chover sobre ele.

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Filipe_3


Filipe tinha entrado névoa adentro e pensou a hipótese de combater junto com os seus parentes. No entanto, logo se apercebeu de que iria atrair os adversários para lá e prejudicaria os companheiros. Então fugiu para uns bosques, onde tinham deixado os cavalos. Montou um e só três cavaleiros o continuaram a perseguir. Passados uns minutos, tinha deixado os homens desorientados até mais não. Afastou-se um pouco, e depois voltou para perceber onde eles estavam e acabar com a sua vida. Reparou que estavam juntos, talvez a planear algo. Abandonou o cavalo, subiu a uma árvore, não muito alta mas com uma copa densa que o escondia. Usou alguns resquícios de pólvora para incendiar duas flechas e atirou-as ao grupo, por onde encontrou espaço. Eles ficaram em alvoroço, e o jovem atirador aproveitou para terminar com o que não ficou em chamas. Então criou-se um pequeno fogo que se começou a alastrar, nada demais ,sendo que montou de novo o cavalo e fugiu para um vale. Passado pouco tempo, chegara lá, estava pré-combinado que estaria naquele local. Parou e a sua audição e visão indicaram-lhe que nada o circundava. Pairava a dúvida e a preocupação (mais uma vez) na sua mente. Começou a aperceber-se que os sentimentos pela família ainda estavam lá, e a indiferença depois de tantos anos desaparecido ficava mais fraca. Passado um pouco, prontamente rejeitou a ideia, estava em fase de negação. Entretanto, percebeu que devia ficar atento ao que o rodeava, e não divagar.
Sir_anton


Anton estava escondido junto com Leonardo e Dubois aguardando que Filipe fizesse sua parte.Anton observava todo o terreno,pensando nas possibilidade do que poderia fazer.Teve a impressão de ver um pouco de fumaça subindo,e tocou o ombro de Leonardo chamando a atenção dele.A fumaça aumentava com o tempo,acompanhada por gritos distantes e um tumulto.Era a distração que precisavam.O grupo avançou rápidamente,sem ser percebido.Os guardas estavam ocupados apagando o fogo das plantações e procurando pelo inicio do incêndio,no caminho até o casarão não houveram problemas.

Não havia escada na lateral para subir até a varanda e Anton ficou preocupado que ao circular a construção esbarracem em alguns guardas.Então,os três se auxiliaram a escalar a varanda.

Sorrateiramente conseguiram chegar até o interior da construção,havia guardas e criados correndo lá dentro,quando um criado corria para subir uma escada,Anton conseguiu o agarrar e o levar até um corredor,tapando sua boca e o segurando com a mão esquerda e empunhando uma faca em direção a sua garganta com a direita,Anton sussurou:

- A jovem capturada.Onde está?Tenha em mente que a sua vida depende da resposta.

O criado apontou para cima,se tratava do andar superior.Anton seguiu o mantendo como refém enquanto avançavam.Após subirem para o outro andar o criado os guiou,quando se aproximaram de um corredor,o criado apontou para a uma porta que ficava no fim.Anton sinalizou com a cabeça e Dubois foi conferir silenciosamente.

Se esgueirando entre os movéis Dubois pode visualizar o caminho.Apenas dois guardas entre eles e a porta.Se esgueirou de volta para próximo dos companheiros,sinalizou para Anton que eram dois guardas.Leonardo e Dubois pegaram suas bestas e se dirigiram até uma posição com um ângulo favorável.Cada um mirou em um guarda e abateram os dois alvos.Se aproximaram da porta,Dubois espiou pela fechadura e avistou Raquel dentro da sala e sinalizou para Anton.

- Agradeço a colaboração.-Anton sussurou para o refém antes de tapa sua boca com uma mão e cortar sua garganta com a faca,segurando seu corpo enquanto caia e o largando suavemente no chão para evitar fazer barulho.

Anton se juntou a Dubois e Leo junto a porta,sacando sua espada.Abriu a porta para resgatar a irmã,que de fato estava lá.Mas não estava sozinha...

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Leonardodavinci


Anton abriu a porta de supetão. O grupo entrou como um raio no cômodo como um raio, as armas em punho prontos para um ataque. Raquel estava num canto, amordaçada e com os punhos atados, ao seu lado repousava uma figura sinistra, com um arcabuz nas mãos, mirando direto na direção dela.
Volpone havia demonstrado certa esperteza, ficara num ponto cego que não podia ser visto pela fechadura. O espanto tomou conto do grupo, diante do olhar feroz daquele indivíduo, não foi preciso ameaças para entender que mais um passo de qualquer um deles ocasionaria a morte de Raquel.

- Agere non loqui - disse o algoz, dirigindo-se para Leonardo, uma voz rouca, mas suave saiu de sua boca.

Leonardo se negou a responder. Olhou fundo nos olhos de Volpone, enfrentando dentro de si mesmo o temor que sentia por ter a vida de sua prima em mãos tão vis. A Raposa, como era conhecida, era uma mulher de cabelos cor de ferrugem, amarrados por trás da cabeça num coque. Tinha olho verdes e cheios de argúcia, suas feições eram belas. Sua pele aparentava ser sedosa e macia, no entanto, era profanada por cicatrizes de varíola que lhe subiam do pescoço e consumiam parte do rosto, como um símbolo da corrupção que consumira sua alma.

- Você se tornou muito parecido com ele, Leonardo.
- disse a Raposa, ajeitando o arcabuz. Demonstrava uma frieza desproporcional.

- Não tenho nada de parecido com ele. - o rapaz negou. Irritando-se pela evocação da lembrança.

- Sim, você tem. Ele queria que você se tornasse um condottiero, não é? E aqui está você com uma espada em punho.


Leonardo se perturbou. Sentiu um desejo consumi-lo. Queria avançar e matar a mulher desprezível, mas não conseguia se mover, não podia permitir que Raquel se ferisse. Ele trocou olhares com Anton e Dubois, esperava algum plano, alguma forma de contornar a situação, mas não havia jeito. Era necessário lidar com as coisas à forma italiana.

- O quanto você quer, Volpone? - perguntou, Leo tomando a frente. A mulher reagiu sutilmente, acariciando o gatilho, ao mesmo tempo que abriu um largo sorriso.

- Bom garoto. Cinquenta mil cruzados, pelos soldados e equipamentos que perdi e mais vinte mil cruzados como retribuição pessoal pelos transtornos causados pela sua nova família.


- Você vai ter o dinheiro, mas eu quero garantias de que minha prima ficará a salvo. - Leonardo se aproximou alguns passos.

- Fique parado!

Leonardo estacou e lançou a espada ao chão, erguendo as mãos.

- Eu preciso de garantias.

- Eu não dou a mínima. Traga o maldito dinheiro e eu devolvo sua prima inteira. - A mulher exclamou. A irritação ficou explícita em sua voz. - Não me desafie, Leonardo.

- Eu nunca entendi. Por que você o traiu? - Leonardo indagou. - Ele gostava de você.

- O que? O que é isso agora? - a mulher se irritou.

- Vincenzo. Por que você o matou? Ele te entregou tudo o que tinha, mas você o matou.

- Você sabe que não fui eu que fiz aquilo. Eu nunca quis aquilo. Maldito bastardo, afaste-se! - Ela segurou a arma com mais força, empurrando a ponta da arma na direção de Raquel, fazendo com que Leonardo interrompesse o seu caminhar sutil - Eu não vou cair nesse jogo. Eu vou matá-la!

- Não há mais jogos, Annabella. Você ajudou os Franchini a vencer o último jogo. Você traiu todos nós. Você traiu Vincenzo! Você traiu os Montevani! - Leonardo gritou.

A face de Volpone foi tomada de um vermelho intenso. Os olhos faíscaram de ódio. Ela virou a arma para o peito de Leonardo. O rapaz reagiu precisamente. Num movimento rápido, segurou a ponta do arcabuz e projetou a outra mão até o outro extremo da arma. A mulher puxou o gatilho, o mecanismo do rodete foi acionado esmagando uma das falanges do rapaz, mas uma vez interrompido, a arma não disparou.

- Te verei no Nono Círculo do Inferno, maldita. - exclamou o rapaz, arrancando a arma das mãos dela, chutando o dorso da mulher que caiu distante dele.

Anton correu para se colocar diante de Raquel. Dubois ficara de prontidão, bloqueando a porta, com sua arma em punho. Volpone se arrastou alguns metros, como uma cadela acuada, berrava maldições enquanto buscava alguma forma de escapar. Leonardo a colocara na mira do arcabuz.

- Eu projetei essa arma, sabia? - disse Leonardo, rindo-se. - O mais interessante é que eu nunca usei.

- Me deixe viver, bastardo. Você sabe como sou valiosa. As coisas que eu sei..

Leonardo puxou o gatilho. O peito da mulher explodiu. Volpone se desesperou, arfando, tentando conter o sangramento no peito. Era verdade, os jogos haviam acabado.

O rapaz largou a arma, atônito. Então, correu até a prima. Anton já a havia libertado das amarras e ela ainda parecia assustada. Leonardo se ajoelhou diante dela, segurando seu rosto, misturando as línguas italiana e portuguesa. Querendo saber se estava tudo bem com ela.

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Raquel_


Raquel estirou as mãos, cansada de ficar amarrada e notou hematomas nos seus pulsos. Leonardo num impulso se ajoelhou e segurou seu rosto numa forma desesperada de saber se estava bem. Então Raquel segurou os cabelos de Leonardo e o olhou por um momento, abraçando-o.

Anton depois de desamarrar começou a vasculhar o cômodo enquanto jazia o corpo de Volpone no meio. Leonardo tocava nas extremidades de Raquel para saber se estava machucada e viu seus hematomas. Ele pediu perdão por Raquel ter sido capturada, mas Raquel disse que não precisava se desculpar, que sabia que tudo aquilo acabaria bem. Ela se levantou da cadeira e sentiu um pouco de dores por ficar tanto tempo sentada. Leonardo também se levantou e começou a ajudar Anton, vasculhando por algo, no que Leonardo achou embaixo do tapete um papel. Começou a ler, deu um tapa no documento e mostrou para Anton.

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Sir_anton


Anton abriu um sorriso de satisfação ao ver Leonardo atirando contra a mulher.Ele acreditava no potencial do italiano,mas no fundo,ainda tinha suas dúvidas quanto a ele...Juntamente com a satisfação veio um pequeno alivio no peito de Anton.Ser manipulado como havia sido pela raposa não era algo com que estava habituado.E certamente,não era algo que planejava permitir denovo.

Após soltar a irmã,avaliou rapidamente como a mesma estava,mas logo Leonardo assumiu essa "função" e Anton começou a vasculhar a sala.Procurava por qualquer coisa,que pude-se dar alguma pista sobre o que Volpone pretendia.
Anton notou que o primo havia encontrado algo que o chamará atenção,após ler ele passou para Anton que leu o documento.O semblante do português se fechou quando os olhos passaram pelas palavras.Seu italiano não era muito bom,mas entendia o suficiente para entender um trecho em especifico,que falava sobre um homem chamado Manfredo Godoy que era prisioneiro dos italianos.

- Maldição!Esses italianos não estão de brincadeira...-quando os outros olharam para ele,Anton explicou -Eles tem como prisioneiro Manfredo Godoy.Ele é um velho militar,um dos maiores soldados que eu já conheci,era amigo e irmão-de-armas do meu pai.De fato,ele e meu pai tiveram muitas empreitadas juntos.Eles trabalhavam em algo grande,em algo muito importante,quando meu pai morreu.Ele sabe sobre os projetos do meu pai mais do que eu mesmo.Liberta-lo não é só uma questão de honra,como também é de extrema importância se queremos lidar com esse italianos.

Descobrir que o padrinho de Leonardo e Shokan haviam trabalhado juntos na questão dos arcabuzes,encontrar o assassino de Bartolomeu e descobrir que ele trabalhava para os homens que haviam capturado Godoy.De repente,tudo parecia uma louca teoria de conspiração.Mas não havia muito tempo para perder:

- Nós fizemos de tudo para entrar aqui sorrateiramente,mas o matador aqui disparou um arcabuz.Eu sugiro que nós vamos embora.Agora.

Anton saiu na frente sendo seguido pelos outros.Era claro o som de passos de guardas correndo.Descer as escadas seria suicidio.Anton se aproximou das janelas e identificou que haviam alguns arbustos que poderia ajudar a aparar a queda.

- Vocês preferem uma morte certa ou uma possivel morte com chance de sobrevivência?

Não foram necessárias palavras.E nem havia tempo para elas.O silêncio e os olhos surpresos dos outros foram o suficiente para Anton que foi o primeiro a pular da janela,caindo nos arbustos.Foi um pouso dolorido,mas ele estava vivo e apto para continuar.Logo os outros imitaram,tendo Dubois segurando Raquel quando está pulou para aparar sua queda.

Dois guardas surgiram repentinamente,correndo em direção ao casarão.Deviam estar distantes da casa quando ouviram o disparo.Dubois rapidamente abateu um deles e Anton derrubou o outro e alinhou a lâmina da espada com sua garganta.

- Ultimas palavras?
- Por favor não...
- Ah!Então você fala português!Ótimo!
Anton desferiu um chute contra a cabeça do outro que o deixou inconsciente.Ele precisava de alguém para tirar informações.Dubois o ajudou a carregar o refém enquanto corriam em direção a onde haviam deixado os cavalos.

Era hora de voltar a Vila Torre e se preparar.Anton ja havia entendido que os italianos jogavam de forma diferente.E estava determinado a entrar no jogo.

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Leonardodavinci


Chegaram a Vila Torre ao pôr do sol. Leonardo levou imediatamente Raquel para seus aposentos na vila e pediu para que um físico a examinasse. Anton, Dubois e Filipe, se trancaram em uma sala com o prisioneiro capturado. O italiano ficou por algum tempo com sua prima, deixando as horas da noite passarem até que ela adormeceu, exausta como estava, devido as horas de tensão que passara.

Ele a deixou e foi para seus próprios aposentos, podendo finalmente retirar de si, as roupas manchadas de sangue. Tirou de um de seus bolsos uma pequena carta, que encontrara no escritório de Volpone e que escondera de seus primos, devido ao símbolo que estava gravado sobre o papel. O brasão da família Davinci.

Ele abriu a carta e leu seu conteúdo. Ficou alguns momentos refletindo, fitando o horizonte pela janela de seu quarto. Sentiu um estranho alívio, ao mesmo tempo que uma grande agonia. Não sabia como lidar com aquela situação.

Messer Davinci estava morto. A carta era do assassino, comunicando Volpone do cumprimento de seus planos. Leonardo odiava o seu pai, mas a morte dele significava algo mais, um movimento a mais no jogo sombrio que ele havia entrado. Um misto de sensações o consumiu e naquela noite ele não dormiu.

Leonardo era um jogador e estava na hora de entrar de cabeça no jogo. Era a hora de voltar a Florença.

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Raquel_


********** Fim do capítulo **********

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